Conversamos com o guitarrista do Phoenix, um dos destaques no primeiro dia do festival

A banda Phoenix se formou na França, em meados dos anos 90, quando os integrantes Thomas Mars, Deck d’Arcy e Christian Mazzali, se reuniram na garagem de Mars para fazer música. Contudo, o sucesso demorou mais de dois anos para chegar: foi somente após o lançamento de seu primeiro álbum, “United”, em 2000 que o grupo passou a ser reconhecido. Desde então, foram cinco discos de estúdio gravados e um Grammy de Melhor Banda Alternativa, recebido após o lançamento de “Wolfgang Amadeus Phoenix”, álbum mais famoso dos franceses.

Depois de ser destaque do Lollapalooza no exterior, o grupo agora se prepara para tocar na versão brasileira do festival, que acontece dia 5 de Abril. E enquanto sábado não chega, o Nação da Música conseguiu uma entrevista exclusiva o atual guitarrista Laurent Brancowitz, que você pode conferir a seguir.

- ANUNCIE AQUI -

Entrevista por: Gabriel Simas (realizando as perguntas) / Thais Carreiro
Entrevistado: Laurent Brancowitz (Guitarrista do Phoenix)

A última passagem de vocês no Brasil foi em 2010, com a turnê do “Wolfgang Amadeus Phoenix”. Além do álbum novo, o que os brasileiros podem esperar nessa nova passagem por aqui?
Laurent Brancowitz: Estamos muito animados por estarmos de volta aqui e isso basta. Os fãs podem esperar o que nos der na telha no dia, carregado com muita energia. Estamos se preparado para esse show, eu espero que os brasileiros estejam também.

- ANUNCIE AQUI -

O review da NME sobre “Bankrupt!” cita vários nomes dos anos 80, como Bowie e Prince, como elementos inspiração do álbum. Vocês teriam outros nomes que inspiraram na criação deste disco?
Laurent Brancowitz: Temos muita influência de cantores italianos, por incrível que pareça.

Nos primeiros álbuns, vocês soam bem underground. Mas nos dois últimos, vocês apostam no rock com batidas mais eletrônicas. O que motivou essa mudança?
Laurent Brancowitz: Sempre deixamos a porta aberta para mudanças internas na banda. Seguimos nossos instintos e desenvolvemos. É o prazer de se criar, fazendo música, novos caminhos. Mas no fundo se você for ver a nossa música parece a mesma do inicio. Somos variados, sem limites, mas com prazer. E eu diria que o sintetizador é nosso amigo.

- ANUNCIE AQUI -

Em entrevista a Rolling Stone, Thomas disse que você já estavam preparando as primeiras ideias para o sucessor de Bankrupt!. Vocês se sentem mais inspirados para escrever quando estão em turnê ou esse é um caso especial?
Laurent Brancowitz: A gente não gosta de escrever em turnê, preferimos não fazer. Gostamos de nos reunir no estúdio com os instrumentos e deixar a mágica acontecer. As coisas acontecem quando a gente se junta.

Ainda sobre turnê: Nesses 15 anos de banda, vocês já rodaram o mundo com shows. Qual foi a situação mais inusitada que vocês já viveram?
Laurent Brancowitz: Definitivamente na Dinamarca… Um casal fez sexo durante o nosso show, bem na frente da gente tocando.

- PUBLICIDADE -

Recentemente, vocês postaram no site que são a favor do “fair use” das músicas do Phoenix. O que motivou vocês a adotar esse discurso?
Laurent Brancowitz: Liberamos para as pessoas fazerem coisas criativas com elas. Desde um vídeo no Youtube até um mundo mais moderno. Temos que ser livres para dividir nossa criatividade e receber a dos outros também. As pessoas criam coisas incríveis com as nossas músicas. A gente ama.

Vocês tiveram algumas “colaborações-surpresa” em shows, uma com o Daft Punk no Madison Square e com o R. Kelly no Coachella. Se vocês tivessem a possibilidade de convidar algum artista brasileiro para subir ao palco do Lollapalooza com vocês, quem seria?
Laurent Brancowitz: Eu amaria convidar a Bebel Gilberto. Eu a amo e amo a música brasileira.

- ANUNCIE AQUI -

Lorde vai tocar no mesmo horário que vocês no Lollapalooza. Isso te preocupa? Que as pessoas possam ir assistir ela por ser a novidade do momento e deixar o show de vocês de lado pois já tocaram aqui antes?
Laurent Brancowitz: É uma coisa que a gente não gostou, preferimos tocar no mesmo horário que bandas ruins tocam. Dividir o slot com alguém forte é ruim (risos). Mas é um festival, acontece. Durante o dia inteiro isso vai acontecer e é inevitável que as bandas não toquem na mesma hora. Eu acho a Lorde talentosa.

Qual show você não vai perder no Lollapalooza Brasil 2014?
Laurent Brancowitz: Definitivamente o do Julian Casablancas, ele é o festival inteiro em um só.

- ANUNCIE AQUI -

Obrigado pelo seu tempo e tenha um bom show no Lollapalooza esse fim de semana.
Laurent Brancowitz: Sem dúvidas teremos, estamos com um pressentimento muito bom sobre esse show. Agora me responde você, qual show você vai assistir? O nosso ou o da Lorde?

Eu vou assistir o de vocês, pois lembro bem do último show que vi no Planeta Terra Festival e foi incrível. E a Lorde me dá um pouco de medo. (risos).
Laurent Brancowitz: (risos). Te vejo lá então! Obrigado!

- ANUNCIE AQUI -

Inscreva-se no canal da Nação da Música no YouTube, e siga no Instagram e Twitter.

Avatar de Redação
A redação é comandada por Rafael Strabelli, Editor Chefe e Fundador da Nação da Música, que existe desde 2006. O site possuí mais de 20mil publicações entre notícias, shows, entrevistas, coberturas, resenhas, videoclipes e muito conteúdo exclusivo.