Entrevista Exclusiva: Bruno fala sobre “Nova Era” e planos para o futuro da banda Malta

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Depois de estourarem no programa Superstar e com o disco “Supernova” em 2014, a banda Malta deu sequência a sua jornada iniciando – literalmente – uma nova fase em sua carreira. Em entrevista exclusiva a Nação da Música, o vocalista Bruno nos contou um pouco mais do disco “Nova Era”, lançado em outubro de 2015, sobre os planos para o futuro da banda e deixou um recado especial para os fãs. Confira abaixo:

Perguntas: Andressa de Oliveira / Entrevista: Felipe Santana

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Leia na íntegra ———————————————————————————————————

01. No ano passado vocês lançaram o seu segundo álbum “Nova Era”. Como está sendo essa nova fase? É uma nova era para a banda?

Esse novo disco representa realmente uma nova era porquê é um momento em que a Malta consolida seu trabalho. Eu acho que o primeiro disco é muito fácil de fazer, o duro é o segundo sempre né? Os artistas passam por esse momento ai que é a hora de você comprovar o que você fez no primeiro, mostrar que aquilo não foi uma mera coincidência, um golpe de sorte. Então pra gente, o segundo CD foi essa consolidação, mostrar realmente que o trabalho da Malta é aquele trabalho que foi apresentado no primeiro disco, que a gente tem uma identidade. E nosso som é baseado nisso, é um lance romântico, que mistura os componentes de rock, e a gente sabe que as bandas que a gente gosta muito – Whitesnake, Guns N’ Roses, Van Halen – se você traduzir as letras estão falando exatamente as mesmas coisas que nós, fala de amor, de relacionamento. E as vezes as pessoas tem um preconceito aqui no Brasil de “ah, a banda só fala de amor, romântico”, só que o cara não percebe que ele escuta lá, o Whitesnake, e fica emocionado lá em casa é exatamente a mesma coisa, o cara ta falando de um mesmo assunto.

02. Como foi o processo de composição e produção para esse disco?

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A maioria das composições desse disco já estavam prontas, eu tenho muta composição, muita música guardada, tenho uma biblioteca boa de ideias aqui, então toda vez que a gente vai fazer o processo de repertório, de novo disco, eu já trago de volta essa biblioteca e a gente vai catando ali cacos de ideias, vai misturando com outras idéias e sai as canções. Mas o processo dificilmente você faz na hora, eu acho que quando você faz na hora nunca sai um negócio… é uma coisa mais… com tempo necessário pra ser feito, aquilo ali sai com certeza muito melhor né?

03. O que o Superstar representa na carreira de vocês?

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O Superstar foi um programa muito bacana pra gente, já foi. Agora a gente ta num outro momento, buscando outras coisas, o Superstar foi muito importante pra gente poder mostrar o nosso trabalho, mas a gente agora deu continuidade a carreira e esse novo disco é realmente nosso foco.

04. O que mudou desde o começo até agora? Como tem sido a jornada de vocês?

A Malta foi uma banda que surgiu muito, assim digamos, não diria no susto, mas foi uma banda que surgiu muito naturalmente, foi muito rápido, tudo aconteceu muito rápido. A gente formou a banda, todo mundo com o intuito de fazer música autoral, e quando a gente viu, a gente já estava em rede nacional, foi tudo muito rápido. Lógico que a gente já tinha muitos anos de carreira, anteriormente a Malta, cada um dos integrantes, muitas outras experiências. Mas eu acho que a Malta realmente foi a fusão, a química certa pra que a gente tivesse uma explosão como foi, tudo muito rápido. Então a gente vem evoluindo em todos os sentidos possíveis, tanto na convivência, de banda, no respeito com o outro, na ideias de cada um, a gente ta muito mais entrosado hoje do que era no começo – tanto musicalmente como de ideias, muita coisa a gente nem precisa mais perguntar pro outro se o cara topa fazer, a gente já sabe o que o cara acha legal. Então acho que o que mais mudou mesmo foi o entrosamento da banda, tanto no palco como em estúdio.

05. O que você acha do cenário de rock nacional?

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Eu acho que o cenário do rock tem muitas bandas boas. Eu acho que infelizmente o Brasil não abre o espaço que deveria abrir para as bandas de rock nacional. A gente sabe que infelizmente cara, a grande massa, o grande público do Brasil, não é que não gosta de rock, mas o cara não tem uma oportunidade de ouvir uma boa banda de rock porque a mídia não abre espaço pro cara – a gente sabe que isso é uma realidade. Então eu acho que muita gente diz que no Brasil ninguém gosta de rock, não é que não gosta, o cara não tem a oportunidade de ouvir. O cara liga a televisão, ta passando a mesma coisa de sempre, então o cara não consegue nem dizer se ele gosta ou não gosta. O que mais a gente vê em nossos shows, é gente falando “pô cara, eu não gostava de rock, mas ai depois que eu escutei a banda Malta comecei a gostar de rock”,  eu acho que pra nós é uma alegria muito grande você poder ser uma porta de entrada, pro cara falar, “pô, a Malta tem um som mais maneiro, não é um som mais porrada, mais pancada”, mas eu acho que a gente é uma porta de entrada pra outras bandas assim né? Eu comecei ouvindo Red Hot pra chegar até o Pantera, eu acho que é um caminho, e infelizmente o Brasil não abre esse espaço. Tanto que a Malta, a gente bateu disco de ouro, disco de platina, platina duplo, lançou um CD novo, disco de ouro de novo, duas indicações ao Grammy, e você não vê isso em lugar nenhum. A gente percebe que um artista, o cara vai no mercado, abaixa, aparece a calcinha e sai em cinco canais diferente. Então não tem jeito, infelizmente o povo abraça o que a mídia mostra, e nem sempre são as bandas de rock.

06. E que bandas do gênero você recomendaria pra galera ouvir?

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No rock nacional, existem as bandas do underground, eu sinceramente não sou tão fã do estilo da onda do hardcore, não é muito minha vibe. Eu sou de uma onda mais Hard Rock, Rock Clássico, sempre gostei mais do Black Sabbath, Led Zeppelin, a velharada ali. Eu sempre gostei mais dos Hard né? Tipo AC/DC, Guns, Poison, e também gosto muito daquela onde flashback anos 90, que eu acho que formam grandes cantores, Phill Collins, Michael Bolton, aquela rapaziada tipo Lionel Richie, acho que muitos cantores bom são dessa época. E eu acho que de underground aqui do Brasil sinceramente eu não tenho uma banda que escuto, não tem ninguém pra eu falar “eu sou fã de tal pessoa”, mas eu acho que as bandas de rock nacional que existem, que se mantêm, que merecem respeito são as de sempre, não tem muito segredo, é o Capital Inicial, é a Paralamas, é os caras que tão ali ha 200 anos, remando muitas vezes contra a maré, e os caras não se deixam abater, continuam fortes, e ai eu acho que graças a eles que o negócio não ficou pior ainda pra falar a verdade.

07. Vocês estão fazendo vários shows pelo Brasil. Tem algum artista com quem vocês gostariam de fazer uma colaboração?

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Cara, a gente quanto a esse lance que você ta me falando, a gente é muito cabeça aberta. A gente não tem preconceitos, não tem limitações. A gente faz participações desde o Kiko Loureiro, que é amigo nosso, um cara muito bacana, até o Wesley Safadão. Essa é a grande maneira de fazer o rock chegar ao público popular, se a gente ficar assim “não me toque. Só vou tocar se for com o fulano que saiu na revista de guitarra”, ai meu amigo você vai ficar o dia inteiro, pro resto da vida no underground. Então a gente quer sim tocar com músicos diferentes, e mostrar pra essa galera. Já que muitas vezes não se tem esse espaço em mídia, o que inclusive a Malta até teve, a gente teve esse chance que raramente as bandas tem, a gente teve essa chance de estar na mídia grande né? Eu acho que uma grande oportunidade pra isso é uma parceria, você pegar um músico popular, um cara do meio popular e fazer uma participação. Por exemplo, o Victor e Léo, que a gente fez uma participação no DVD, isso foi legal demais, somou muito pra nossa carreira, o que a gente viu de público diferente chegar e falar: “pô cara, eu sempre ouvi sertanejo e agora eu comprei o CD da banda Malta, que eu vi vocês la”, então eu acho que isso que é o legal, se a gente ficasse com frescura a gente não ia ter chego nesse cara.

08. E se você pudesse escolher qualquer artista pra fazer uma parceria – inclusive gringos – quem você escolheria, qual seria a participação dos seus sonhos?

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Parceria do meu sonho? Eu acho que eu gostaria muito… O meu vocalista preferido – não de banda, o trabalho em si – mas como cantor, o meu cantor preferido é o Michael Bolton. Eu acho o cara excepcional. O cara tem um range vocal incrível, o timbre, o cara chega com as extensões vocais de 8 a 80 e sempre com a qualidade de timbre né? Sem virar aquele falsetinho mequetrefe que a gente vê ai as vezes os caras… o cara alcança a nota la na casa do chapéu mas ta fazendo aquele falsetinho meio… sabe qual é?… Mc… Bixo, não rola. Eu acho que o Michael Bolton é um cara que um range rocal, um alcance fudido e não perde a qualidade, então seria o Michael Bolton.

09. Como está sendo o ano de 2016 até agora? O que vocês esperam para os próximos meses?

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A gente ta muito feliz com nosso trabalho agora. Acabamos de lançar o clipe novo, da música “Nada Se Compara”, ta no Youtube já. E a gente ta trabalhando esse novo disco. A ideia é a gente trabalhar um bom tempo esse novo disco até pensar em um outro disco porque o disco “Supernova” foi muito rápido cara. O disco foi lançado em um mês, e depois praticamente não deu nem um ano já tava lançando outro porque o consumo do disco foi muito pesado. Pelo fato da gente ter tocado todo ele no Superstar antes dele existir, quando a gente lançou a galera já tava meio de saco cheio das músicas, os caras já “meu, eu já escutei essas músicas umas 500 vezes, eu quero um outro disco”, então a gente atendeu esse pedido e começamos a fazer um outro disco. Então agora a gente quer manter um pouquinho desse disco ai antes de começar a pensar em outra coisa.

10. Gostariam de deixar algum recado para os fãs da Banda Malta?

Eu gostaria de agradecer essa rapaziada ai, agradecer vocês também pelo espaço. Agradecer essa molecada que acompanha a gente porque os fãs da Malta não são ouvintes, são ativistas. O negocio é sério, a rapaziada a gente vê, a molecada no Youtube e no Facebook, se você falar mal da banda eles caem em cima mesmo, eles vão pra cima. Então a gente fica muito orgulhoso de ver uma molecada que valoriza o trabalho do artista porque a gente fica em estúdio, a gente dedica nossa vida a isso, e você vê uma pessoa vivendo aquilo com essa intensidade tão bonita junto com você, pô cara, acho que é digno de todo gratidão. Então, agradecer essa rapaziada ai.

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