Resenha: “III” (2015) – Maglore

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A banda baiana Maglore chamou os holofotes para si em 2015 com um novo álbum, lembrando o motivo de ser considerada a revelação da música brasileira. Nascido em 2009 na cidade de Salvador, o agora trio divulgou em junho o disco “III”: o número 3 que representa os membros Teago Oliveira, Rodrigo Damati e Felipe Dieder; 3 do terceiro álbum da carreira e; 3 – o número mágico (e acabei de citar 3 motivos). O grupo apresenta mudanças não só no line-up como também em seu som, procurando encontrar seu espaço e seu próprio estilo buscando inspiração em músicas dos anos 70, ao rock, pop e clássicos do MPB.

Desde a estréia “Veroz”, o vocal de Teago se encaixava perfeitamente em todos as variações de suas canções, sendo elas otimistas e divertidas, como também sérias e melódicas – criando uma sonoridade tipicamente brasileira impossível de resistir. Com tantos adjetivos, o convite para a apresentação no Lollapalooza 2016 não foi nenhuma surpresa, sendo a oportunidade perfeita para os baianos mostrarem ainda mais seu trabalho.

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Logo na abertura, somos animados com “O Sol chegou”, carregado de otimismo e embalada por uma batida contagiante. A música anuncia momentos de luz que estão a caminho, com um toque psicodélico e muita energia – definindo bem a sonoridade do grupo. Essa luz está presente mesmo nos momentos tristes do disco, como em “Se Você Fosse Minha”, onde o instrumental quase choroso lamenta gostar de alguém que não pode ter.

“Invejosa” possui um tom mais reflexivo e sério, em uma melodia impecável onde o vocalista se perde em meios a seus pensamentos e lembranças. Abraçando o pop, o single “Mantra” é o equilíbrio perfeito entre uma música radiofônica que ainda agrada os mais exigentes dos ouvintes. O “la la la” intercala uma composição inteligente e bem trabalhada. A melancolia da letra de “Ai Ai” se deixa preencher com otimismo e muito gingado, em um ponto onde Caetano Veloso se encontra com Arctic Monkeys e música pop.

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Toda em espanhol, “Serena Noche” é calma e… serena. Com poucas palavras, é o instrumental o grande protagonista da canção, trazendo uma sensação incomparável que vai levemente se acabando. Assobios começam o carro-chefe de “III”, encerrando bruscamente o silêncio da anterior. “Dança Diferente” é tomado pela procura da felicidade em meio a tantos problemas, criando um single irresistível, dançante e contagiante – sem dúvidas um dos pontos altos do CD.

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Com sons conectados a faixa anterior, “Aconteceu” é puramente romântica, sem ser clichê, celebrando todos os tipos de amor. A chama da paixão expressada por Teago pode ser sentida inclusive nos acordes que guiam toda a canção. Ainda embalado pelo romantismo, “Tudo de Novo” propõe um pouco de tranquilidade através do melódico toque do teclado, que se mantêm até o fim. A brasiliedade está presente em um amor inocente na simplesmente bela “Café com Pão”, encontrando demonstração de carinho nas pequenas coisas, como no nosso típico café da manha.

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O encerramento do disco fica por conta de uma história entre uma humana e um ser mítico. “Vampiro da Rua XV” narra o reencontro do vampiro com a garota que tanto amava. Mesmo sem um final feliz, os singelos acordes de violão vão se apagando, fechando o álbum com um mesmo sentimento, fazendo com que o Maglore alcance maior visibilidade e abra espaço para crescer ainda mais no nosso cenário musical.

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