Resenha: “That’s The Spirit” (2015) – Bring Me The Horizon

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Há alguns anos atrás, você poderia relacionar o Bring Me The Horizon com um som pesado, com influências diretas do metal ou deathcore, mas com a chegada de “That’s The Spirit” no dia 11 de setembro deste ano, tudo isso ficou para trás. Ao examinar a trajetória da banda desde seu surgimento, podemos perceber muitas mudanças em sua sonoridade. Na estreia de “Count Your Blessings” em 2006, o grupo ficou conhecido por sua agressividade quase selvagem e polêmica, com direito a muita gritaria. Mas em cada trabalho, vinham mostrando sinais de amadurecimento, trocando as músicas de revolta por algumas mais melódicas, e com “Sempiternal” em 2013, foram aproximados a um estilo mais voltado para o rock alternativo.

Mas é “That’s The Spirit” que marca uma mudança definitiva de som. Mesmo com todas as pistas que indicavam um novo rumo, o efeito surpresa foi inevitável. Ao ouvir o novo trabalho, é quase impossível ligar os vocais de Oliver Sykes a toda àquela gritaria de alguns anos atrás, o que acabou abrangendo um público bem maior. Elementos eletrônicos foram somados aos instrumentos tradicionais, criando canções marcantes que podem preencher uma arena facilmente. Olhando por esse lado, o grupo foi inteligente em seguir esse caminho, pensando mais adiante em sua carreira.

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Logo no início de “Doomed”, nos deparamos com um estilo completamente diferente, com sintetizadores e sons eletrônicos que formam uma perfeita canção de synthpop, mas o refrão cresce com a versatilidade de Sykes, com vocais mais altos e marcantes. “Happy Song” começa com gritos de líderes de torcida, opostos a um instrumental mais obscuro e pesado, abusando de ironias em sua letra.

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“Throne” lembra de cara o Linkin Park, se assemelhando a junção de elementos e sons praticada pelos americanos. A letra traz um pouco a rebeldia dos discos anteriores, mas focando no sentimento de tristeza trabalhado em todo o álbum. Já “True Friends” é a mais agressiva e, mesmo sendo difícil comparar, é o mais perto do som dos primeiros dias da banda, com alguns poucos trechos gritados próximos ao refrão.

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“Follow You” segue um caminho totalmente oposto, sendo mais leve e melódico, um exemplo perfeito do pop/rock romântico com um refrão do qual você vai se pegar cantando por ai. O instrumental de “What You Need” merece bastante destaque, principalmente os acordes de guitarra próximos do fim da música, com uma energia contagiante.

Os sons eletrônicos voltam em “Avalanche”, desta vez criando uma harmonia entre o pop e o rock, tratando de temas como tristeza e depressão através de alguém que procura desesperadamente por uma forma de se livrar disso. Esse sentimento começa a ser superado em “Run”, trabalhando de forma incrível os sintetizadores que vão crescendo a cada verso.

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“Drown” foi primeiramente divulgada no fim de 2014, mas recebe algumas modificações aqui. O single descreve perfeitamente o novo Bring Me The Horizon e sua capacidade de criar hinos poderosos e cheios de energia. Este é com certeza um dos pontos altos do álbum.

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Penúltima faixa, “Blasphemy” toca em um assunto delicado, falando sobre fé e blasfêmia, reforçada pela voz marcante de Sykes que se encaixa perfeitamente, provando que ele pode cantar tão bem quanto gritar. “Oh No” é responsável por encerrar “That’s The Spirit”, com sons eletrônicos mais aparentes e uma vibe que está entre diversão e melancolia.

O novo som pode ter assustado alguns dos fãs mais antigos e fiéis do grupo, mas isso não significa que seja ruim, e realmente merece uma atenção de todos os admiradores do estilo. A banda não perdeu sua identidade, mas criou uma nova, marcada por um álbum que com certeza não será esquecido, com seu charme, qualidade e maturidade incontestável. É ouvir para crer!

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Tracklist:
01. Doomed
02. Happy Song
03. Throne
04. True Friends
05. Follow You
06. What You Need
07. Avalanche
08. Run
09. Drown – New
10. Blasphemy
11. Oh No

Nota: 9

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