Resenha: “The Endless River” (2014) – Pink Floyd

Mais uma novidade na Nação da Música: agora, às terças e sextas-feiras, você vai conferir a resenha de um disco recém-lançado feita pelos editores. A resenha pode introduzir na sua vida um álbum que pode se tornar seu preferido, então acompanhe sempre e compartilhe!

De primeira, vamos falar do lendário Pink Floyd, que retorna 20 anos após “The Division Bell” (1994) para se despedir. “The Endless River” trata-se de um álbum predominantemente instrumental, lançado oficialmente no dia 10 de Novembro e construído com materiais “excluídos” da produção do álbum anterior. Ocupando a lacuna deixada por Roger Waters, que deixou a banda em 1985, estão a esposa de David Gilmour Polly Samson e o músico Guy Pratt, além da contribuição de Richard Wright, tecladista e compositor falecido em 2008 e também homenageado com a obra.

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“The Endless River” possui 18 faixas em sua versão oficial, sendo divididas em 4 partes. O chamado “primeiro lado”, composto pelas faixas “Things Left Unsaid”, “It’s What We Do” e “Ebb And Flow”, flerta com sons dos mais recentes álbuns em alguns momentos, porém também traz elementos do Pink Floyd dos anos 70 e a pegada progressiva, além do new age. Belíssimos momentos instrumentais promovendo o início da viagem que a banda sempre propõe com seus álbuns.

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A parte dois do disco, o “segundo lado”, começa com “Sum” dando início ao uma viagem interplanetária. Em seguida, “Skins” é conduzida por uma espécie de jam session inspirada de Gilmour, Wright e Nick Mason, que aplica seu histórico e experiência de membro desde a formação da banda em 1965. “Unsung” é uma faixa curta e serve para introduzir uma das mais belas do disco, “Anisina”. Bela introdução que ganha maiores proporções com a união do saxofone e do piano, tornando-a uma das melhores do álbum.

“The Lost Art of Conversation” abre o terceiro lado, que é dividido em sete partes. Ela revela uma boa composição de piano e traz na sequência “On Noodle Street”, faixa com pegada jazz que conduz para a sinistra “Night Light”. A partir daí, um flerte fatal com o disco “The Division Bell” é fácil de ser observado, com as belas “Allons-y (I)”, “Autumn ’68” e “Allons-y (II)”, verdadeiras obras do rock progressivo. Assim como “Talkin’ Hawkin’”, composta de solos de guitarra inspirados e frases do físico Stephen Hawking sobre a comunicação humana. Assim como “Keep Talking” do disco anterior, a frase final é a mesma “All we need to do is making sure we keep talking”. Uma prova que a obra do Pink Floyd se baseia nos simples atos de falar e ouvir, apreciando todos os sons do mundo.

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O quarto e ultimo ato de “The Endless River” se inicia com “Calling”, que vai em uma crescente de sons de órgão e piano e pitadas da guitarra de David Gilmour até “Eyes to Pearls”, mais uma faixa com ares misteriosos e noturnos. O ápice dessa parte está em “Surfacing”, outra das melhores faixas do disco que possui um solo de guitarra fenomenal. “Louder Than Words” é a ultima faixa do ato, a única cantada e a mais radiofônica de todo o trabalho. Não pode-se deixar de salientar que a voz de Gilmour continua em forma e que a faixa é um apanhado de toda a carreira da banda, portando-se como uma despedida mesmo que discreta.

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A despedida na verdade torna-se a eternização de toda uma obra. Pink Floyd não se resume a músicas independentes umas das outras e sim a uma experiência aproveitada por completo, seja cada disco ou todo um histórico. “The Endless River” bebe (muito) da fonte do rock progressivo e não deixa a modernidade influenciar o que é belo e o que é a marca de uma das grandes bandas das história da música mundial.

Tracklist:

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Lado Um
1. “Things Left Unsaid”
2. “It’s What We Do”
3. “Ebb and Flow”

Lado Dois
4. “Sum”
5. “Skins”
6. “Unsung”
7. “Anisina”

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Lado Três
8. “The Lost Art of Conversation”
9. “On Noodle Street”
10. “Night Light”
11. “Allons-y (1)”
12. “Autumn ’68”
13. “Allons-y (2)”
14. “Talkin Hawkin'”

Lado Quatro
15. “Calling”
16. “Eyes to Pearls”
17. “Surfacing”
18. “Louder Than Words”

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Nota: 9

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Carioca, turismólogo, louco por música, tecnologia, viagens e metido a jornalista aqui na Nação da Música. Também um tanto maníaco por shows e festivais.