Resenha: “This Could Be Heartbreak” – The Amity Affliction (2016)

The Amity Affliction

Formado em 2003, e pipocando no universo do metalcore desde 2008, o The Amity Affliction é uma daquelas bandas que veio crescendo junto da sua sonoridade ao longo do tempo. Conterrâneos do Parkway Drive, um dos nomes mais importantes da sua cena, o grupo lançou em 2016 o seu quinto disco, “This Could Be Heartbreak”, talvez o seu registro mais emotivo até agora.

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Esse é o primeiro lançamento do grupo após a saída do guitarrista – e um dos membros fundadores – Troy Brady. E conforme muitas pessoas reconheceram, a troca de membros não afetou em nada o trabalho executado pelo grupo. Logo em sua faixa de abertura, “I Bring The Weather With Me”, esse aspecto fica evidente.

Ao contrário de muitos materiais, esse já começa no ápice. A música – que também é single do registro – é uma das melhores que compõem o álbum. Todas as cartas do The Amity Affliction são jogadas na mesa nessa canção. Apesar de a banda ser um apanhado de todos os clichês possíveis do metalcore, ainda é possível, com o auxílio de canções como essa, sentir alguma emoção com o estilo.

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Na sequência somos apresentados a canção que dá nome ao álbum, “This Could Be Heartbreak”, que também é um dos singles do material. Apesar da construção da música como um todo ser interessante, o refrão não acaba transmitindo aquela mesma pressão que é esperada pra uma música dos australianos.

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Abrindo o caminho para as canções inéditas temos “Nightmare”, uma música que aborda uma sonoridade que vem sendo bastante explorada pela cena ao longo dos últimos anos, o que parece estar cativando cada vez mais o público. Em alguns momentos lembra bastante algumas músicas que compõem o último disco do Bring Me The Horizon.

“Tearing Me Apart” vem logo na sequência e é mais um dos exemplos da bela produção que esse disco teve. A música alterna – mais do que normal – momentos de calmaria e caos nos vocais. É interessante, e cativa facilmente na primeira audição com a ajuda de seu refrão. Apesar de interessante no primeiro momento, é uma música que apresenta os mesmos elementos que muitas do restante do material.

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“O.M.G.I.M.Y.” ou uma sigla para Oh My God I’m Missing You, é a quinta música do álbum e pode ser considerada uma balada em meio ao contexto. Apesar de reduzir um pouco a atmosfera que o disco vinha pregando, é uma boa música. Acredito que por trazer elementos diferentes, faz com que você não se sinta ouvindo a mesma música à cada faixa.

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O ápice da calmaria do álbum chega em “All Fucked Up”, uma música que tem utiliza uma abordagem acústica raramente vista pra bandas como o The Amity Affliction. Acaba que os elogios pra essa faixa são os mesmos da anterior. É interessante perceber uma banda sem medo de abordar sonoridades novas, e a surpresa é muito bem vinda.

Para acordar aqueles que não curtem muito calmarias chega “Fight My Regret”. A canção é uma das primeiras, depois da faixa de abertura, que de fato conseguiu chamar minha atenção sem precisar apresentar uma fuga da essência por parte da banda.

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“Some Friends” volta a apostar nos riffs que caracterizam-se no material e que são uma forma de marca registrada para diferenciar o The Amity Affliction dentre tantas outras bandas de sua cena. Aqui, a fórmula de combinar o vocal sujo com o vocal limpo funciona melhor que em outras músicas do álbum, casando-se bem com os breakdowns da canção.

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“Wishbone” abre a porção final do material, trazendo uma atmosfera um pouco mais pesada e abusando dos breakdowns. Na sequência surge “Note To Self”, que mais parece uma cópia exata de metade das músicas do álbum do que outra coisa. “Blood In My Mouth” é, definitivamente, a melhor música da parte final do disco. A atmosfera criada pela banda na canção com mais de 5 minutos é interessante. É quase como um suspiro final de esperança pro material.

O The Amity Affliction é uma daquelas bandas que estão se destacando ao longo dos últimos anos na cena metalcore, e uma das responsáveis por tornar a aceitação do gênero melhor entre os fãs de sons mais pesados. O problema é que, como muitos representantes da sua cena, ainda briga pra encontrar um norte e fazer materiais mais sólidos. “This Could Be Heartbreak” não é, necessariamente, um disco ruim. Mas divide-se numa porção de boas canções e outras composições que parecem ter sido colocadas ali apenas pra completar um número limite de faixas no registro.

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O disco é uma boa porta de entrada para quem quer começar a conhecer mais sobre o gênero, mas passa longe de ser uma obra arte. Apesar dos pesares, a excelente produção ajuda a disfarçar algumas falhas na construção das composições. A maior decepção em ouvir “This Could Be Heartbreak” foi gerada pela expectativa, levando em conta que o disco antecessor, “Let The Ocean Take Me” de 2014, aparentava trazer um futuro bem mais promissor pra banda.

Tracklist:

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01. I Bring The Weather With Me
02. This Could Be Heartbreak
03. Nightmare
04. Tearing Me Apart
05. O.M.G.I.M.Y.
06. All Fucked Up
07. Fight My Regret
08. Some Friends
09. Wishbone
10. Note To Self
11. Blood In My Mouth

Nota: 5

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Avatar de Vicente Pardo
Vicente Pardo: Editor do Nação da Música desde 2012, formou-se em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas em 2014. A música sempre foi sua paixão e não consegue viver sem ela. É viciado em procurar artistas novos e não consegue se manter ouvindo a mesma coisa por muito tempo. Também é um apaixonado por séries de TV e cultura pop.