Com exclusividade para a Nação da Música nesta terça-feira (27), a cantora e compositora Giovanna Moraes lança a apresentação ao vivo “Baita Momento Peculiar”, produzida por ela mesma e pela sua equipe.
Em março deste ano, Giovanna divulgou, de maneira independente, o álbum “III”. Como foi lançado em plena pandemia e isolamento social, o disco não ganhou uma turnê e foi a partir daí que nasceu a ideia de organizar o material da apresentação “Baita Momento Peculiar”.
Gravado no espaço BarraCo // WeSampa, o pocket traduz a energia do que seria o disco ao vivo. Com uma vibe puxando mais para o rock n’roll, que Giovanna já vinha construindo desde o registro de “Rockin’ Gringa” (2020), ela adiciona uma guitarra a mais na sua banda, num cenário que remete a uma nave espacial, utilizando um jogo de luzes que ajuda a criar ainda mais o ambiente do que seria sua apresentação ao vivo.
O vídeo, que você pode conferir com exclusividade no final da matéria, foi produzido e editado pela própria cantora. De “III”, entram as músicas “Baile de Máscaras” e “Rosalía”, além das inéditas “Poucas”, “Espaço” e “It’s Not Fair/Injusta”. Em sua música “Poucas”, Giovanna reflete sobre como ao longo da sua vida incomodou muita gente – homens principalmente – que tentaram carimbar nela a “fama de chata” ou pedindo que ela se diminuísse para se encaixar mais no padrão “mulher”, caracterizando seu poder criativo e de realização como algo que precisasse ser medicado com “Lexotan” e outros remédios.
“Uma mulher forte incomoda muita gente – ameaça, e muitas vezes já sobrei pra Geni (da música Geni e o Zepelim de Chico Buarque). ‘Poucas’ nasce de uma conversa com meu pai, com ensinamentos de como lidar com esse tipo de situação, fazendo um papel e tendo o jogo de cintura para lidar com todas as projeções que a mulher sofre ao longo do caminho”, pontua Giovanna.
Em seu trabalho, a cantora e compositora tenta sempre redefinir o papel da mulher como coadjuvante (tanto na música como no music business), explorando um gênero musical, como o rock, e uma indústria historicamente dominada por homens. Artista independente, ela procura sempre não orbitar em torno de ninguém.
“Nós mulheres muitas vezes ficamos presas em relacionamentos que nos limitam e minha música ‘Espaço’ fala sobre isso – sobre como o que precisamos é um espaço – distância – ou um local com zero gravidade – para poder ter o protagonismo que desejamos na nossa vida” , complementa.
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