
Com exclusividade para a Nação da Música, o Projeto Corredeira divulgou nesta sexta-feira (05) a nova música “Banho” nas plataformas digitais.
Esta é a estreia em gravação do estúdio do projeto, que é encabeçado por Pedro Barsa, e a faixa conta com Diogo Nazareth no vocal. O disco “Corredeira” tem previsão de lançamento para março e conta com a produção de Nazareth, além da participação de Graciela Soares dividindo os vocais com Pedro em sete faixas inéditas. O trabalho contou com incentivo da Lei Aldir Blanc de emergência à cultura.
“Banho”, enraizada em referências nacionais – intensificadas pela formação musical de Pedro, baseada no estudo da linguagem popular em voz e violão -, mescla a sonoridade tipicamente brasileira com influências com elementos do LoFi hip hop em contato com instrumentos orgânicos como Talking Drum, Violão e Trompete.
“Essa canção traz um refrão em língua Iorubá: Omi Aye, quer dizer ‘a água do mundo’, ou ‘mundo-água’”, pontua Barsa. “Ao mesmo tempo que saudamos o conhecimento ancestral de uma relação humano/natureza respeitosa e saudável, denunciamos – através dos versos – a nossa relação utilitária e destrutiva para com os recursos hídricos nos dias de hoje”, continua. Você pode ouvir “Banho” na plataforma de sua preferência ou no player do Youtube no final da matéria.
O Projeto Corredeira nasceu durante o ano de 2019, através da vontade de realizar um show de canções que mergulhassem na hidropoética musical, traduzindo relações da humanidade com água e misturando essa questão com poesia e som. Pedro e Graciela se uniram com uma banda potente para realizar o primeiro show. Em seguida, as coisas foram tomando corpo e, no último ano, uma turnê que seria realizada pelo interior de São Paulo foi reformulada e virou um show documental, dirigido por Diogo Nazareth, gravado à beira do Rio Tietê, em Botucatu.
“A partir de então, nos moveu a vontade de reunir um repertório semelhante para trabalhar em estúdio”, conta Diogo. “O álbum autoral, independente, sul-americano, genuinamente brasileiro, no meio de um furacão político, sanitário e econômico, que encerrou a vida de muitos e marcará para sempre a de todos nós”, completa. “O processo de gravação, especificamente esse em particular, foi único e proporcionou experiências que eu e Diogo levaremos para o resto de nossas vidas, com certeza”, pontua Pedro.
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