Resenha: Taking One For The Team (2016) – Simple Plan

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Depois de muita espera e suspense, o Simple Plan finalmente divulgou seu novo álbum em fevereiro deste ano. De “#SPalbum5”, o nome do disco foi para “Taking One For The Team” e sucede “Get Your Heart On” de 2011 – com uma diferença de 5 anos entre ambos. Essa longa pausa serviu para a banda tentar se (re)encontrar e voltar as origens. E foi assim que nasceu o álbum, com um pouco de “No Pads, No Helmets… Just Balls” (2002), “Still No Getting Any” (2004) e “Simple Plan” (2008).

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Fica difícil definir a sonoridade de todo o trabalho, porém mais de 15 anos de estrada trouxeram maior confiança e liberdade criativa ao grupo, que passeia por variados estilos com tranquilidade, seja pop, punk, rock e até reggae – sem perder aquele toque característico da banda. O resultado é um álbum pop, divertido, rebelde, adolescente e maduro ao mesmo tempo, dando voz a nova geração de fãs e agradando em cheio seus antigos e fiéis seguidores.

A rebeldia começa com “Opinion Overload”, sendo inevitável não ter aquele sentimento de nostalgia com lembranças do início dos anos 2000, que tinha músicas como “Addicted” e “Shut Up” como trilha sonora. O vocal de Pierre Bouvier soa extremamente familiar, com um grande pancada de evolução e confiança. A letra não podia ser mais Simple Plan, gritando por liberdade em trechos como “Estou fazendo as coisas exatamente como quero”. A mesma sensação continua em “Boom!”, divulgada em 2015. A bateria e a guitarra embalam uma canção romântica com letra chiclete que te faz sair cantando por aí. Uma de minhas favoritas do disco.

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“Kiss Me Like Nobody’s Watching” tem uma vibe puramente divertida e romântica, diminuindo a agressividade (se posso chamar assim) das primeiras faixas. A primeira colaboração acontecer em “Farewell”, com os vocais de Jordan Pundik (New Found Glory). O fato de convidar bandas do gênero para participar do disco é bastante interessante e me agradou muito (mesmo soando mais pop). As vozes se encaixaram bem, com um instrumental ótimo e uma música bem trabalhada. Totalmente oposta, o Simple Plan arrisca em “Singing In The Rain” com o R. City (diferença gritante com o convidado da anterior), seguindo uma vibe reggae, com assovios e influências jamaicanas, inclusive no sotaque quase forçado de Bouvier.

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Trabalhando com extremos, “Everything Sucks” não se parece nada com a parceria do R. City, mas merece destaque pelo instrumental que usa elementos eletrônicos sutís combinados com os tradicionais. Já “I Refuse” funciona como um grito de rebeldia e apelo, se revoltando com todos os esteriótipos e controle que as pessoas querem exercer em sua vida, incentivando os fãs a fazerem o mesmo e serem apenas eles mesmos.

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“I Don’t Wanna Go To Bed” é mais uma das experimentações da banda, mergulhando de cabeça em um som próximo ao R&B e pop, que mesmo sendo totalmente diferente do habitual, o resultado é favorável. A faixa ainda conta a desnecessária participação de Nelly. Na sequência, “Nostalgic” faz jus ao nome e começa com uma acelerada guitarra e bateria agressiva, enquanto o vocalista tenta superar o fim de um grande relacionamento – uma das melhores do álbum.

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A esse ponto, já estava sentindo falta das famosas baladas do quinteto, então “Perfectly Perfect” veio em um momento ideal, porém deixou um pouco a desejar. A música basicamente segue uma formula bastante usada por boybands e cantores adolescentes, dizendo ver beleza em uma garota que não segue os padrões estabelecidos pela sociedade. “I Don’t Wanna Be Sad” é até irônica de se ouvir, onde a banda brinca com sua fama de músicas tristes, afirmando estar agora em uma outra fase de sua vida com um instrumental exageradamente feliz.

“P.S. I Hate You” volta a rebeldia fazendo referência a ex-namoradas dos membros – adotando o nome Sophia na música. Se “Perfectly Perfect” me decepcionou, tenho que dizer o contrário de “Problem Child”, que remete diretamente aqueles caras cantando “Perfect” em um telhado. Um violão acústico embala o primeiro refrão, onde Pierre tem uma conversa pessoal com seus pais. “I Dream About You” finalmente coroa o disco, me surpreendendo com sua maturidade e instrumental bastante diferente do que estamos acostumados. Juliet Simms deu seu toque feminino e até sombrio a música, mas acaba assumindo o vocal principal, que poderia ser melhor preenchido por Pierre.

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Tracklist:

01. Opinion Overload
02. Boom!
03. Kiss Me Like Nobody’s Watching
04. Farewell (feat. Jordan Pundik)
05. Singing In The Rain (feat. R. City)
06. Everything Sucks
07. I Refuse
08. I Don’t Wanna Go To Bed (feat. Nelly)
09. Nostalgic
10. Perfectly Perfet
11. I Don’t Wanna Be Sad
12. P.S. I Hate You
13. Problem Child
14. I Dream About You (feat. Juliet Simms)

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Nota: 7,5

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