Resenha: “The Black” (2016) – Asking Alexandria

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Mudanças na formação de uma banda são sempre complicadas, passando por um (muitas vezes longo) processo de adaptação do novo membro. Mas quando essa mudança acontece com o vocalista, as coisas ficam ainda mais complicadas. Foi o que aconteceu com o Asking Alexandria. Em janeiro de 2015, os fãs foram surpreendidos com a notícia que o até então vocalista Danny Worsnop deixou a banda para se dedicar ao We Are Harlot, ficando por 5 meses no escuro até o ex-Make Me Famous, Denis Shaforostov, ser confirmado como substituto.

Ao que parece, esse processo de adaptação não foi tão demorado e a banda já chegou com um álbum novo, “The Black”, lançado no dia 25 de março deste ano. Denis se mostrou bem entrosado com o grupo, entregando uma nova identidade às músicas e, ao mesmo tempo, trazendo de volta o peso e a agressividade que muitos seguidores sentiram falta em seu antecessor. Para quem sempre escutou o som da banda, a diferença no vocal pode soar estranha no começo, mas somos logo surpreendidos pela potência vocal de Shaforostov, que coloca muita emoção nas músicas, que receberam uma temática mais sombria e obscura.

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Tudo isso já fica bem claro em “Let It Sleep”, que explode com muita gritaria e instrumental acelerado, variando muito entre vocais pesados e limpos, deixando claro que o novo vocalista não ta de brincadeira. A faixa-título “The Black” começa com um estilo parecido com o da primeira, somado a um refrão marcante e bem trabalhado onde os membros abraçam seu demônios e buscam desesperadamente uma forma de escapar de toda a “escuridão”, restando apenas um piano e vocais suaves em determinado ponto da música, que vão crescendo grandiosamente e voltam a se apagar no fim – uma das mais impressionantes do álbum.

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“I Won’t Give In” já era conhecida e adorada pelos fiéis ouvintes, sendo este o primeiro contato com o novo “líder”. O single inicia com vozes recitando o refrão da música, que vai se construindo aos poucos. Com menos guturais e mais leve, a música agradou um grande e distinto público, sendo a escolha perfeita para começar os trabalhos dessa nova fase da banda. Já “Sometimes It Ends” é como um desabafo ao antigo vocalista, começando com o áudio de uma entrevista dada pelo guitarrista Ben Bruce, que admite que estava bastante chateado com Danny e escreveu várias músicas sobre o amigo, porém depois que Denis se juntou a eles, a dupla reescreveu grande parte das letras, dando um novo direcionamento ao álbum.

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Bastante sombria, “The Lost Souls” começa com uma marcha e “ooh ooh”, seguindo por um caminho mais melódico e obscuro, com guitarras mais ritmadas e menos pesadas, criando um hino para todos que se consideram almas perdidas – surpreendendo no final. “Just A Slave To Rock n’ Roll” é mais descontraída e até divertida, como uma homenagem a um insano estilo de vida. “Send Me Home” contrasta de todo o álbum, usando elementos mais pop e menos acelerados (lembrando um pouco o movimento emo), criando um resultado incrível que deve ter seu merecido destaque – diferente de tudo que o Asking Alexandria costuma fazer.

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De volta ao que a banda faz de melhor, “We’ll Be OK” traz a gritaria e a agressividade, porém experimentada com novos sons e estilos, deixando claro nesse ponto do disco a versatilidade vocal de Denis. “Here I Am” começa lenta e melódica, com o instrumental sendo trabalhado por cima dessa base – firmando a nova identidade do grupo, que se preocupa mais com a criação de uma melodia bem estruturada, deixando um pouco de lado os gritos e a ferocidade das músicas. Isso fica ainda mais claro na triste “Gone”, única balada do disco, baseada em instrumentos clássicos e vocais limpos.

Mesmo se reinventando, a essência de sempre continua presente, podendo perceber isso em “Undivided”, uma canção revoltada e acelerada, com versos falados em alguns trechos, que apresentam várias mudanças de ritmo. Para encerrar, “Circled by the Wolves” consegue sintetizar todo o álbum em uma única música, passando por diferentes melodias e tons, provando que o Asking Alexandria está de volta, renovado, com outra cara (e outra voz), e dessa vez, veio pra ficar.

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Tracklist:

01. Let It Sleep
02. The Black
03. I Won’t Give In
04. Sometimes It Ends
05. The Lost Souls
06. Just a Slave To Rock n’ Roll
07. Send Me Home
08. We’ll Be OK
09. Here I Am
10. Gone
11. Undivided
12. Circled By Wolves

Nota: 8

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