Após sete anos desde sua última apresentação, o Green Day voltou ao Rio de Janeiro nesta quarta-feira (01) para iniciar a parte brasileira da “Revolution Radio Tour”. Veja informações sobre as outras apresentações.
Com um tempo incerto, alternando sol forte e nuvens carregadas, o público assistiu a um show previsível, porém num sentido bom. Como? Vamos explicar.
A noite começou com a banda The Interrupters, que surpreendeu positivamente os desavisados com a vocalista Aimee Allen e sua voz poderosa. Os integrantes disseram que estavam bem felizes com a oportunidade de estar no Brasil e pediram ajuda para fazer aquele momento “memorável”. O público acolheu bem o grupo californiano, embora a Jeunesse Arena ainda estivesse bem vazia e a banda agradeceu quem apareceu mais cedo.
Após o término da apresentação de abertura, o clima de ansiedade e impaciência aumentou, o que não impediu o público, neste momento em maior número, de cantar em coro “Bohemiam Rapsody” do Queen, canção que precedeu a entrada do, já conhecido pelos fãs, coelho rosa para animar (ainda mais) os presentes.
Com cerca de dez minutos de atraso (que a gente perdoa), o Green Day pisa no palco da arena carioca com “Know Your Enemy”, canção na qual o vocalista Billie Joe chamou o primeiro fã ao palco para fazer o “stage diving“. Outros dois fãs subiram ao palco, uma inclusive ganhou uma guitarra e esse foi só um dos elementos previsíveis do show, que na verdade, são tradições nas apresentações do grupo.
A banda nunca decepciona no quesito energia e é o público que tem um pouco de dificuldade de acompanhá-los durante as mais de duas horas de show. Com muita interação e simpatia de todos os integrantes, o Green Day dá uma aula sobre apresentações ao vivo.
Billie, mais de uma vez, clama que os fãs deixem de lado suas redes sociais para aproveitar o show em unidade, que o americano chamou de “família”.
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Ainda, como não podia ser diferente, as críticas políticas e sociais apareceram. Durante “Holiday”, Billie Joe pede para o público repetir: “Não ao racismo, não ao fascismo, não ao sexismo e não a Donald Trump”, mencionando o atual presidente americano. Em certo momento, o cantor até se enrola em uma bandeira LGBT, jogada pelo público. “Fora Temer”? Teve também.
Billie também pediu por mais amor, menos negatividade durante toda a apresentação, especialmente durante o “bloco” da animada “King For a Day” seguida pelo medley de covers com canções The Isley Brothers, Monty Python, Rolling Stones, Beatles… e Tom Jobim e Vinícius de Moraes? Sim! Rolou um trecho de “Garota de Ipanema” tocado pelo integrante da turnê, Jason Freese.
A setlist não trouxe tantas novidades, apesar de tantos anos desde a última apresentação no Rio de Janeiro. Com apenas cinco faixas do último álbum, “Revolution Radio”, as outras vinte e uma músicas foram um passeio pela história do grupo, trazendo as clássicas “She”, “Welcome to Paradise”, “Jesus of Suburbia”, “Basket Case” e outras. Confira a setlist completa.
Quem esperou para ouvir “Wake Me Up When September Ends” não teve sorte e outras como “East Jesus Nowhere” e “Give Me Novacaine” fizeram falta.
Contudo, os presentes aproveitaram e fizeram tão bonito cantando com afinco “Boulevard of Broken Dreams”, que Billie deixou que carregassem boa parte da canção sozinhos antes de cantar. Aconteceu parecido com “American Idiot”, com o público enlouquecido como o vocalista tanto pediu ao longo da noite. “St. Jimmy” foi outro ponto alto da noite no quesito animação do público.
O concerto foi finalizado com “21 Guns” seguida da emocionante “Good Riddance (Time of Your Life)” e um desejo de que o Green Day não demore mais sete anos para retornar.
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