Playlist de fim de ano: o que nós escutamos ao longo de 2020 #6

Entre diversos planos que tiveram que ser alterados em decorrência da pandemia este ano, ir ao show da Taylor Swift com minha melhor amiga era o mais aguardado por mim, Katielly Valadão, e por ela. Para ser mais precisa, esperávamos por isso há exatos onze anos, e mesmo só tendo conseguido os disputados ingressos para uma das duas apresentações, nós estávamos literalmente contando os dias com a discografia dela em um loop infinito.

Quando a redação da Nação da Música resolveu fazer uma playlist com as nossas canções mais escutadas em 2020, me ocorreu que grande parte das minhas giraram em torno disso. Não tivemos o tão aguardado show, mas ganhamos, de surpresa, um álbum que veio para marcar com bastante graciosidade esse período tão confuso. O Folklore esteve em meu repeat por muito tempo, com menção honrosa para “the 1”, “this is me trying” e o bom e velho country de “betty”.

A volta da discografia do RBD às plataformas digitais foi outra grande influência nessa minha seleção. As músicas da minha banda favorita não saem do meu Spotify desde então, com um salve para “Tras De Mí”, que tanto me impulsionava na adolescência. Foi uma deliciosa descoberta perceber que ela ainda fala tanto comigo. “Tengo un ticket sin regreso y un montón de sueños dentro de un veliz“. Me incluo na geração que deve muitas descobertas e paixões a eles.

E por falar em grupos, rolou muito CNCO, ØZWALD, Lifehouse, assim como McFly, que finalmente nos tirou de uma longa espera ao lançar seu novo álbum. De acordo com a retrospectiva do Spotify, Morat, uma banda colombiano cujo som exala uma paixão assombrosa, levou o topo definitivo das minhas mais ouvidas com “Nunca Te Olvidé”. Não posso deixar de citar nessa playlist o reencontro histórico que o Oficina G3 fez, afinal, eles têm um papel fundamental no Rock Gospel brasileiro e é sem dúvida a banda que mais vi ao vivo ao longo dos anos.

Devo confessar que sou do tipo que escuta uma mesma canção várias vezes até de fato me conectar com ela, o que sempre torna mais fácil lembrar as que mais marcaram, e foi o que aconteceu com algumas como “El Mismo Aire” do Camilo, “No Bailes Sola” da Danna Paola com o Sebastián Yatra, “Jardin” de um trio mexicano chamado Liquits, “Extraterrestre”, do Coque Malla, que me acertou em cheio ao cantar “diles que la vida es corta / diles que salgan a la calle a bailar” e “Lua Cheia” na sempre impecável voz da Sandy.

Entretanto, por mais que tenha rolado inúmeros lançamentos incríveis em 2020, admito que me apeguei muito ao conforto, às memórias e até mesmo melancolias de músicas que já tinham algum significado para mim. Hozier, Bon Iver, Hillsong United. Capital Inicial, Skank e OutroEu. “Memories”, do Maroon 5, por me lembrar o último show que cobri, em março. Sebastián Yatra em parceria com Reik em “Un Año”, letra que fala sobre amores à distância, mas que veio a se encaixar perfeitamente com o atual cenário. Aproveito para citar aqui “Saturn” do Sleeping At Last, que também não saiu dos meus fones por meses a fio.

Finalizo falando em especial do álbum “Nossa História (Ao Vivo)”, de Sandy e Junior, que foi lançado em julho, mas que trouxe o registro de uma turnê e de um ano memoráveis. Dar play nesse material é sempre uma viagem no tempo para dias mais leves, que reforçam os meus desejos mais intensos de que 2021 nos permita respirar novamente, e que me permita, por fim, ver a Taylor Swift ao vivo ao lado da Alana. Se quiser me acompanhar nessa retrospectiva, basta conferir a playlist que montei logo após o rodapé. Ela inclui as canções citadas anteriormente e muitas outras.