O Queens of the Stone Age lançou o primeiro álbum da carreira, que carrega o nome da banda no título, em 1998. Desde então, já são sete discos, muito amadurecimento e evolução na sonoridade, nas letras e na forma com que eles se reinventam a cada trabalho.
E para comemorar o lançamento do último disco, o “Villains”, a coluna de hoje dos singles será sobre eles. Vamos conferir um pouco mais sobre o primeiro de cada álbum e se eles representam o trabalho como um todo?
“Queens of the Stone Age” (1998)
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O primeiro álbum da banda vem armado até os dentes de um som pesado e a melancólica voz de Josh Homme. E a música de estreia é “If Only”, uma canção que já mostrou o que eles queriam: manter a essência do stoner rock, mas de uma maneira mais evoluída e que os consagrassem.
Não é à toa que a crítica recebeu o álbum de uma maneira muito boa e QOTSA nos transporta durante mais de quarenta minutos de disco para uma sonoridade onde as guitarras não perdem seu protagonismo com riffs marcantes desde o primeiro single. Destaque também para a variedade de instrumentos usados como teclado, piano e percussão.
Aliás, “If Only” pode não ser a canção mais forte do trabalho e ter ganhado tanto prestígio como “Regular John”, por exemplo, mas ela se mistura tão bem às outras treze canções do “Queens of the Stone Age”, que deu à banda um bom início de jornada. Jornada essa que já tem mais de vinte anos.
“Rated R” (2000)
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O Queens of the Stone Age chega cheio de segredos no single do segundo álbum “Rated R”. A guitarra volta potente em “The Lost Art of Keeping a Secret” e contagia o disco como um todo, assim como os outros dois singles intitulados de “Feel Good Hit of the Summer” e “Monsters in the Parasol”.
“Rated R” já vem um pouco diferente do que o debut da banda. Apesar de os três singles terem uma sonoridade mais pesada, o trabalho como um todo se mostra mais suave e até com músicas mais lentas. Apesar da diferença, o QOTSA não deixa de explorar uma variedade de instrumentos, dessa vez também com teclado e trombone – marcada por um significante aumento de integrantes entre um trabalho e outro.
“Songs for the Deaf” (2002)
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Com “Songs for the Deaf”, lançado em 2002, o QOTSA vai para uma pegada mais densa que já está presente logo no primeiro single “No One Knows”. O amadurecimento é bastante preciso nesse terceiro álbum, que conta com ninguém menos do que Nick Oliveri, Mark Lanegan, Dave Grohl e deu a fama internacional ao grupo.
Considerado como um dos grandes álbuns de rock daquele ano, não há dúvidas que o single foi um grande representante ao lado de “Go with the Flow” e “First It Giveth”. Apesar de suas singularidades e ter um aspecto mais dançante do que as outras canções, “No One Knows” foi o começo de um trabalho que mostrou algo que, sim, todo mundo já sabia: da grandeza e genialidade por trás de Queens of the Stone Age.
“Lullabies to Paralyze” (2005)
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A caminhada do quarto álbum começou em 2004 com o lançamento do single “Little Sister” – dessa vez, com uma formação um pouco diferente do trabalho anterior, principalmente depois da saída de Nick Oliveri. E mesmo com a mudança, a banda volta com um álbum consistente, ainda com uma sonoridade mais densa, sombria e até mesmo sexy.
Toda a carga obscura presente em “Lullabies to Paralyze” já começa a ser percebia em seu primeiro single – que é uma canção digna de rock. A guitarra está novamente bastante presente nas canções que viajam pra dentro da mente de Homme para falar de insanidade, bruxas, despedidas e sexo, principalmente com os singles seguintes: “In My Head”, “Everybody Knows That You’re Insane” e “Burn the Witch”.
Mesmo que, para a crítica, esse álbum não tenha superado o trabalho anterior, “Lullabies to Paralyze” chegou a ser o quinto álbum mais ouvindo na lista Billboard 200. Aqui, o grupo dá preferência para os instrumentos mais comuns, músicas mais curtas agora na companhia de Troy Van Leeuwen, Joey Castillo, Alain Johannes e a participação de Mark Lanegan.
“Era Vulgaris” (2007)
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Em 2007, a banda entra em uma outra era: chegou a vez do “Era Vulgaris”, um trabalho um pouco diferente do que eles tinham feito até aqui, principalmente do último, mas ainda com uma “quê” de QOTSA. E a largada para o quinto álbum é dada com “Sick Sick Sick”, canção mais ritmada, com poucos riffs, sintetizadores e a participação de Julian Casablancas, do The Strokes.
Apesar de ter ganhado o título de primeiro single, ela não reflete o álbum como um todo, afinal, “3’s & 7’s” e “Make It wit Chu” – que também foram singles – conseguem representar muito mais o que o Queens tem de melhor. Mas uma coisa é inegável em “Era Vulgaris”: “Sick Sick Sick” dá início a um som diferente, mais agitado, músicas com boas intros e linhas de baixo, com um toque setentista e a influência de gêneros musicais diferentes.
Para muitos, o álbum poderia se encaixar facilmente na categoria de mais fraco do grupo, mas o seu som experimental e até mesmo agressivo tem um motivo para Josh Homme: representar essa “era vulgar” que até mesmo ele gostaria de fazer parte.
“…Like Clockwork” (2013)
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Nunca na história da banda, o Queens of the Stone Age demorou tanto para lançar um novo álbum. Mas a demora foi recompensada com um trabalho sentimental e que representava muito o que Homme passou entre a produção do “Era Vulgaris” e do “…Like Clockwork”. A primeira canção divulgada foi “My God is the Sun”, talvez a mais agitada ao lado de “Smooth Sailing” e de um trabalho bastante introspectivo, surtindo esse sentimento até em quem o escuta.
Indicado ao Grammy na categoria Melhor Álbum de Rock, o sexto álbum no grupo carrega em sua melodia bastante melancolia, é denso e retrata um período de reflexões sobre a vida, a morte e ressentimentos sem perder aquela pegada sexy que o QOTSA criou. É até por isso que a música de endeusamento do sol é um ótimo começo para um disco tão maduro e conciso como esse.
Queens chega a 2013 um pouquinho menos preocupado com a inserção da guitarra e dando destaque às letras, mas a melodia intensa de “…Like Clockwork” ainda ganhou participações de peso como Dave Grohl, Nick Oliveri, Mark Lanegan, Trent Reznor, Alex Turner e Elton John.
“Villains” (2017)
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Finalmente chegamos ao recém lançamento do ano com uma prova de que os caras do Queens sabem se reinventar sem perder o rebolado. E olha que em “Villains” isso não falta. Esqueça tudo o que você sabe sobre a banda e coloque pra tocar o primeiro single, “The Way You Used To Do“. Diferente, não? Mas, lá no fundo, você sente a vibe Queens of the Stone Age de ser e, mais uma vez, em um grande trabalho.
QOTSA vem com uma canção dançante e que em suas entrelinhas fala sobre sexo. Muitos torceram o nariz, afinal, o que esses caras que se autodenominam rainhas querem? Energia, poderíamos dizer, já que isso não falta no disco, que teve Mark Ronson como produtor.
E quando o primeiro single chegou, mal poderíamos esperar o que nos aguardava o último 25 de agosto. Uma fusão de elementos que não abandona totalmente o robot rock instaurado em algumas músicas através dos anos, mas que permite a banda caminhar pelo punk, pelo psicodélico com leves pinceladas de melancolia e pop – e que resultaram em um trabalho diferente, longe do clima obscuro e pronto pra fazer qualquer um se mexer.
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