O Halestorm, que já foi destaque na coluna NM Apresenta, é uma das grandes revelações do rock internacional. A banda levou em 2013 o Grammy de Melhor Performance Hard Rock/Metal, e se tornou o primeiro artista liderado por uma mulher a concorrer e vencer a categoria. O Nação da Música bateu um papo com a vocalista Lzzy Hale, que com muita simpatia nos contou um pouco da história do Halestorm. Confira!
Entrevista por: Vicente Pardo / Gabriel Simas.
Nação da Música: O Halestorm é uma banda que tem uma origem familiar. O que você lembra do inicio da banda, quando você e seu irmão Arejay tocavam com o seu pai, Roger? No inicio do projeto, com 13 anos de idade, você imaginava que poderia chegar tão longe ou o patamar que o Halestorm assumiu era somente um sonho remoto?
Lzzy Hale: Nunca, imagina. Eu sempre achei que a gente chegaria a algum lugar, mas eu imaginei mais uma sala pequena, alguns amigos e familiares dizendo que éramos bons. Todo o resto foi uma surpresa, e acho que era o que a gente queria mesmo. Mas é tudo um sonho que se realiza a cada dia.
Nação da Música: Recentemente o seu irmão Arejay venceu o prêmio de melhor baterista no Golden Gods Awards, promovido pela popular revista Revolver. Ele venceu uma categoria que tinha como indicados grandes nomes como Neil Peart do Rush e Abe Cunningham do Deftones. Dá para explicar o orgulho que você sente como irmã e companheira de banda?
Lzzy Hale: Toda essa coisa de prêmios é muito surreal pra gente. Sempre respeitamos muito os prêmios, principalmente o Golden Gods Awards, porque ele premia não só os grupos, mas cada indivíduo separadamente e isso é importante pra banda também. Eles são ótimos e merecem ganhar prêmios focado na categoria de cada um também. Fora que o Golden Gods presta um super serviço ao Hard Rock e ao Metal, que geralmente ficam de fora de outras premiações. Ver meu irmão ai foi sensacional, não consigo colocar em palavras. Foi uma vitória dupla.
Nação da Música: Ainda no mundo das premiações o Halestorm foi a primeira banda liderada por uma mulher a ser indicada a categoria “Best Hard Rock/Metal Performance” do Grammy. Como foi a sensação de ser indicada a uma categoria de uma premiação tão importante? Você soube da notícia durante uma apresentação da banda, como que foi poder compartilhar a alegria imediatamente com os fãs? Como foi a sensação de, além da indicação inédita, levar o prêmio pra casa?
Lzzy Hale: É surreal porque quando a gente soube, a gente ficou “ahh, tudo bem, isso é incrível mas nós não vamos ganhar”. E não achávamos que fossemos ganhar mesmo, quando anunciaram o prêmio a gente estava tão desligados que só falaram o nome da música e não o nome da banda e a gente continuou sentado, tipo “parabéns pra quem ganhou”. Foram alguns segundos até a minha mãe gritar no meu ouvido “são vocês”. Eu lembro até hoje exatamente do momento, da explosão que foi, a gente levantando todo atrapalhados, esquecemos de agradecer a várias pessoas que eram importantes pra gente, mas o nervosismo tomou conta. Foi uma noite incrível de qualquer forma. Eu levei minha mãe como minha acompanhante, foi ainda mais especial.
Nação da Música: Ao longo dos anos o Halestorm praticamente não parou de fazer turnês, o que rendeu a vocês a possibilidade de dividir o palco com inúmeros artistas importantes. Quais bandas foram as mais interessantes de compartilhar um show ou turnê? Existe alguém com quem vocês ainda tenham desejo de tocar juntos ou gravar uma música em parceria?
Lzzy Hale: Cara, é tão difícil escolher um que a gente dividiu o palco. Foram tantos, em tantos festivais e tours. As vezes você não consegue escolher os caras que vão fazer tour com você, simplesmente acontece por questões de datas, bookings, etc. A gente só torce pra que sejam legais, que gostem de sair com a gente e por ai. É um desafio muito grande também tocar pra platéia de outra banda, mas é maravilhoso ganhar eles, ver no final de uma apresentação eles em pé, dançando, curtindo. Mas sempre somos abençoados, dividimos palco com as maiores lendas do rock. Mas ainda falta dois que eu gostaria muito: Metallica e Foo Fighters.
Nação da Música: O Halestorm acabou de passar pela América Latina, incluindo uma apresentação aqui no Brasil. O que vocês puderem sentir nesta curta passagem por terras brasileiras? Quais as impressões que vocês ficaram dos fãs brasileiros? Na passagem pela América Latina o Halestorm se apresentou ao lado do super-grupo Adrenaline Mob, como é dividir o palco com grandes ídolos do hard rock como Russell Allen e Mike Portnoy?
Lzzy Hale: Olha, posso dizer que definitivamente foi um dos melhores shows da nossa vida o que fizemos em São Paulo. A energia é absurda. A gente não sabia o que esperar, mas foi tão divertido, tão forte, a gente precisa voltar. Os fãs fizeram várias surpresas. A gente amou as plaquinhas de “oh oh oh” durante as musicas. E foi mais especial ainda porque somos amigos de longa data dos rapazes do Adrenaline Mob e que maravilha que é dividir palco com eles, eles tocam como ninguém.
Nação da Música: Você se incomoda com as comparações com Amy Lee?
Lzzy Hale: Nem um pouco. Somos super amigas. É uma honra quando as pessoas me comparam com ela. Todo mundo precisa comparar algo com algo pra justificar. E se as pessoas estão me comparando com alguém que elas gostam, é uma honra pra mim. Nós somos mulheres, somos do rock e somos amigos. A gente gosta da comparação.
Nação da Música: Para finalizar, depois do estrondoso sucesso de “The Strange Case Of…” o que podemos esperar de novos lançamentos do Halestorm? Já pensam em trabalhar em um novo disco ou algum lançamento especial para 2013?
Lzzy Hale: Acabamos de gravar um EP e vamos começar a escrever pro próximo álbum. Não sabemos quando ele sai ainda por causa da tour, mas acredito também que devemos lançar um DVD ao vivo em breve. Estamos focados em chegar em lugares que nunca estivemos, como Brasil que fomos há pouco tempo e Austrália, que vamos em breve.
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