Despedidas são sempre difíceis. Qualquer pessoa que já teve que dizer adeus pra alguém, alguma coisa ou algum lugar sabe como isso é complicado. Os fãs do Anberlin viveram essa sensação no último final de semana, quando a banda passou pelo Brasil com a “Final World Tour”. A turnê de despedida teve shows em Porto Alegre, Curitiba e São Paulo.
O Anberlin faz parte das minhas playlists há, pelo menos, 9 anos. Parece clichê dizer que tal banda é a trilha sonora de sua vida, mas nesse caso não existe uma definição melhor. Alguma música do grupo sempre deu jeito de se encaixar em algum momento da minha vida nos últimos anos e isso, pra mim, é o suficiente pra tornar o Anberlin a minha banda favorita. Por isso, fui convidado a escrever aqui no Nação da Música um pouco do que senti ao testemunhar alguns shows da banda nos últimos dias.
Por essas e outras infinitas razões foi um baque receber a notícia, no começo de 2014, que essa banda em questão iria encerrar suas atividades. Por mais que saibamos que essas decisões, no mundo da música, nunca são perpétuas, a sensação é diferente quando se vive algo parecido com um artista que tem lugar especial no seu coração.
Para a sorte dos fãs, essa despedida não veio somente em formato de carta aberta. Veio em formato de música, de último disco e de turnê de despedida. Tudo isso como uma forma de agradecimento pelos anos incríveis e pela troca tão sincera que sempre houve entre fãs e banda.
O Brasil era destino óbvio da tour final do Anberlin. Um país que sempre teve lugar especial no coração dos integrantes do grupo. Tive a chance de testemunhar as apresentações da banda em Porto Alegre e Curitiba, e posso dizer que nem as minhas melhores expectativas davam conta de shows tão incríveis.
É difícil definir as sensações durante as apresentações. A cada música o corpo testemunha uma mistura de sentimentos: alegria, nostalgia, agradecimento e saudade. Saber que você está ouvindo sua música favorita ao vivo, pela última vez, é de uma poesia tão bonita e, ao mesmo tempo, trágica. Tudo isso, aliado ao suor, lágrimas e calor humano de pessoas que também foram tocadas pelo Anberlin ao longo dos 12 anos de estrada, deram aos shows atmosferas que eu nunca tinha experimentado em apresentações ao vivo.
Com “Feel Good Drag”, um dos maiores hits de sua carreira, o Anberlin fechou o seu show em Curitiba e, também, encerrou pra mim uma caminhada longa e extremamente gratificante. Só posso agradecer pelas músicas e pelas infinitas lições de vida. Pelo apoio emocional que os acordes e letras me deram. Agradeço pelas histórias, pelos amigos que fiz e, acima de tudo, por me ensinar o que realmente um ídolo deve ser.
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