Já pensou em trabalhar com Beyoncé, Christina Aguilera, Lady Gaga, Britney Spears, Miley Cyrus e Katy Perry? Ufa. Esse combo musical, com toda a certeza, seria o sonho de muitos profissionais do mercado fonográfico. Entretanto, tal sonho não está muito distante da realidade de alguns dançarinos, que dividem os palcos com essas personalidade e são peças essenciais na montagem de seus espetáculos.
O Nação da Música conversou com Cassidy Noblett, um dançarino que já trabalhou com todas as cantoras citadas anteriormente e trouxe, com exclusividade, informações sobre o processo criativo de algumas produções conhecidas e admiradas pelo universo musical. Acompanhe:
Entrevista por: Arthur Zambone • Agradecimentos: Álvaro Bigaton
Nação da Música: A terceira turnê de Beyoncé e a primeira a passar pelo Brasil, foi intitulada “I Am… Tour” com arrecadação total de cerca de 103 milhões de doláres – contando com o espetáculo realizado em São Paulo, um dos maiores da carreira da cantora. Para você, como dançarino, qual é a sensação de participar desse marco na carreira de Beyoncé? E qual era o clima nos bastidores durante a turnê?
Cassidy Noblett: O Brasil foi um dos países que nos presenteou com muito amor e energia, do tipo que você pode sentir em qualquer lugar do ambiente. Eu tinha ouvido falar como eram boas as plateias brasileiras, então eu estava super animado para vivenciar o público em primeira mão. Eu amei estar lá! Foi um dos shows mais divertidos que já fiz.
Nação da Música: O videoclipe de “Alejandro” da cantora Lady Gaga, o qual você faz parte, possui mais de 207 milhões de visualizações e foi dirigido pelo fotógrafo de moda Steven Klein. Como foi a gravação desse projeto e como foi interpretar a canção, com tom polêmico e obscuro, na turnê “The Monster Ball”?
Cassidy Noblett: Essa foi a minha primeira oportunidade de dançar para a Gaga e foi um sonho que se tornou realidade – além de ser um projeto para alguém que faz tudo com amor, igualdade, criatividade e uma influência tão emocionante e gratificante. Eu, absolutamente, amo o trabalho de Klein e foi um aprendizado muito grande ver como o vídeo foi criado. Além de ser, simplesmente, um trabalho monumental de arte. “Alejandro”, dentre tudo que fiz, é um dos meus projetos favoritos. Adoro a Lady Gaga!
Nação da Música: Britney é reconhecida por ser uma ótima dançarina e prova isso no vídeo de “Till The World Ends.” Quanto tempo levou o aprendizado de cada passo e como se dá a relação da cantora com coreografias que envolvem muitos indivíduos?
Cassidy Noblett: Levou algum tempo para ensaiar o vídeo, mas não mais do que algumas semanas. A maioria dos vídeos são colocados no ar tão rapidamente e nesse caso tivemos a sorte de ter tempo necessário para fazer o vídeo vir à vida. Brian Friedman estava no comando do projeto e sua equipe sempre tem tudo pronto e preparado de modo que, aprender o material, foi um processo emocionante. Era uma rotina tão divertida e tinha um clima agradável no set! Este foi também um vídeo importante, porque era um novo tempo para as pessoas conferirem a Britney dançar novamente. Fiquei feliz em vê-la trabalhar duro! E amei quando o vídeo foi divulgado.
Nação da Música: Prismatic World Tour é a terceira turnê mundial de Katy Perry e você está fazendo parte da execução desse show. Entre as diversas performances, qual chama mais a sua atenção como dançarino?
Cassidy Noblett: Minha parte favorita da “Prismatic Tour” tem sido “This is How We Do” porque nós “invadimos” o palco e começa, realmente, a rolar uma festa com todos! Quero dizer, há uma hoopty saltitando e emojis voando. O que poderia ser melhor?
Clique aqui para conferir a performance.
Nação da Música: Dentre todos esses nomes da indústria do entretenimento, qual artista você mais se identifica – não em um nível profissional – mas dentro de suas próprias preferências estéticas/musicais e por que?
Cassidy Noblett: Essa é uma pergunta difícil! Na verdade, tenho uma conexão com cada artista com quem trabalho por razões diferentes. Às vezes é a sua ética de trabalho, a sua perspectiva sobre a vida, o seu reconhecimento sobre como respeitar e apreciar as pessoas, suas letras e melodias, a sua vontade de compartilhar seu mundo com os dançarinos… Ou pode ser, simplesmente, que eles tenham uma forma de expressão e querem fazer algo com ela na vida, deixando uma marca no mundo e nas pessoas aqui.
Nação da Música: Para finalizar: em sua opinião, qual é o papel do dançarino no universo da música extremamente midializado pelo Youtube e pelas fontes de notícia?
Cassidy Noblett: O papel de um dançarino é doar, para todas as pessoas, a energia que ajudou a fazer os artistas quem eles são. Somos um navio para os sonhos intangíveis: pelo amor, pela empolgação, pela fuga para a felicidade e experiência. Os bailarinos ajudam a trazer luz para o palco e um conforto para o artista. Estamos aqui para fazer as pessoas felizes, para agradecer e mostrar que temos uma voz através da expressão horizontal.
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