Na noite deste sábado, 01, o Circuito Banco do Brasil, depois de ter passado por Brasília e Belo Horizonte deu suas caras na capital paulista. O festival itinerante reúne música e esporte num evento que conta com atrações nacionais e internacionais e um torneio de skate vertical.
Enquanto Link Park e Panic at The Disco encabeçaram o line-up em BH e Brasília, Kings of Leon e Paramore são os responsáveis por atrair o grande público em São Paulo e Rio de Janeiro, com adição da banda americana MGMT.
No entanto, foi Pitty quem começou a empolgar o público no Campo de Marte, que sofria com o sol forte. A cantora baiana emendou hits do passado com canções de seu projeto mais recente, SETEVIDAS. Quem prestigiou o show pôde vê-la mais madura e com uma presença de palco perfeita. “Me adora”, “Na sua Estante” e “Máscara” foram as principais responsáveis por levar quem estava ali ao delírio.
Se o calor era insuportável, mal sabia a plateia que finalmente, depois do mês de outubro ter sido o mais seco dos últimos 20 anos, o mês de novembro começaria diferente. A forte chuva começou a cair quando Samuel Rosa entrou no palco com o Skank. Recheado de hits, a banda contornou a situação e roubou a cena, que parecia ser total de São Pedro. “É Uma Partida de Futebol”, “Uma Canção É Pra Isso”, “É Proibido Fumar” e “Saideira” foram tocadas logo de cara para os mineiros mostrarem seu cartão de visita. É incrível como Rosa e sua trupe conseguem dominar o público, principalmente no encerramento, quando Marcelo Gross e Rodolfo Krieger, do Cachorro Grande, entraram para finalizar o show com um cover de “Helter Skelter”. E da-lhe chuva!
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Se Skank conseguiu driblar o tempo com um show eletrizante, o mesmo não pode ser dito para o MGMT. Havia, sim, por parte de alguns presentes a dúvida de como seria o show, já que os caras tinham deixado uma má impressão no Lollapalooza de 2012. Os americanos tinham uma difícil missão, é verdade, mas Andrew VanWyngarden parecia nem se importar com isso. Com chapéu esquisito na cabeça, o vocalista conduziu o show à sua maneira, como se não houvesse público à sua frente. Um show burocrático e morno (que mal serviu para aquecer o público do vento forte), embalado por um telão psicodélico e poucos hits como “Time to Pretend”, “Kids” e “Electric Feel”. O resto do setlist agradava apenas alguns nichos, certamente já cientes do que banda era capaz.
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Mas todo o marasmo de MGMT foi quebrado por nada mais nada menos que Hayley Williams e…Aline. Calma, já explico a segunda. A chuva já tinha resolvido dar trégua, mas isso não faria diferença alguma, já que o Paramore entrou ao palco com a baixinha de cabelos vermelhos colocando tomo mundo pra pular com “Still Into You” e “That’s What you Get”. Williams sabe exatamente como agradar seus fãs. Antes de algumas músicas, a vocalista dava algum discurso sobre a tal e até deu boas vindas a quem prestigiava a banda pela primeira vez com “You Are The Only Exception”. Porém, o grande ponto do show não foi nem Hayley Williams, nem sua banda, mas uma garota chamada Aline, que estava na grade de proteção com seus óculos, rabo de cavalo e vestida de uma capa de chuva. O que ela fez? Simples, em “Misery Business”, música de maior sucesso da banda, Williams costuma chamar alguém da plateia para finalizar a canção ao seu lado. E adivinha quem foi escolhida? Sim, a garota Aline não só ajudou a vocalista a terminar a música, como teve performance de cair o queixo, que deixaria muitos frontmen no chinelo (cof, cof, ouviu VanWyngarden?). A menina pulou, ajoelhou, bateu cabeça e dançou a coreografia do hit inteiro, o que surpreendeu até mesmo a própria vocalista e saiu ovacionada pelo público.
Para finalizar o dia de festival, Kings of Leon entrou por volta das 22h50 e fez jus à sua moral de headliner. A família Followill, composta pelos irmãos Caleb, Jared e Nathan e seu primo Matthew, encerrou a noite com chave de ouro. Pela turnê Mechanical Bull, de mesmo nome do mais recente álbum da banda, os garotos de Nashville pouco interagiram, mas ainda sim fizeram com que cerca de trinta mil pessoas entoassem seus hits, como o caso de “Closer” e “Pyro”, momentos em que o próprio Caleb parecia tocado pela energia da platéia.
O banda soube mesclar bem entre momentos dançantes e canções para casais. Ainda que modestamente, os americanos sabem como fazer um show eficiente e simples sem precisar apelar para parafernálias e pirofagias. O que realmente importa para eles é a música de alta qualidade, seja ela recente como Supersoaker ou hits como Use Somebody e Sex on Fire.
Além disso, não só Kings of Leon, mas todas as bandas contaram com a boa energia do público que, apesar do cansaço, não deixou de dançar em momento algum, faça chuva ou faça (forte) sol.
O Circuito Banco do Brasil se encerra no próximo sábado, dia 8, no Rio de Janeiro com apenas um alteração no Line-up paulistano: Sai Skank e entra Frejat. Não deixe de curtir a nossa página no Facebook, e acompanhar as novidades do Circuito Banco do Brasil e da Nação da Música.
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