Entrevistamos Big Time Rush sobre o novo álbum “Another Life”

Big Time Rush
Foto: Aaron Gatewood/Divulgação

Nesta sexta-feira (02), o Big Time Rush lançou em todas as plataformas digitais “Another Life”, álbum inédito que marca o retorno oficial de Kendall, James, Carlos e Logan como banda após mais de 10 anos do último disco e do fim do seriado de homônimo que foi exibido na Nickelodeon.

A Nação da Música conversou com James Maslow e Kendall Schmidt sobre a volta do Big Time Rush aos palcos, o conceito por trás de “Another Life”, bem como suas referências musicais, e a experiência da banda no Brasil durante a “Forever Tour” em março deste ano.

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Entrevista por Natália Barão

————————————– Leia a entrevista na íntegra:

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Olá, James! Olá, Kendall! Como vocês estão?
James Maslow: Olá, Natália! Estou bem, e você?
Kendall Schmidt: Olá, prazer te conhecer! Estou fantástico, não posso reclamar. E você, como está?

Estou bem, obrigada! Bem, vamos começar! Vocês fizeram um grande retorno depois de praticamente uma década de hiato, e agora estão prestes a lançar o novo álbum “Another Life”, no dia 2 de junho, certo? Como vocês descreveriam essa nova fase?
James Maslow: Uau, cara…
Kendall Schmidt: Uma loucura! (risos)
James Maslow: De muitas formas, algo muito esperado, porque nós sempre nos falamos e mantivemos contato, e sempre houveram conversas durante os anos sobre esse retorno de tipo, “ok”, e o “se” virou “quando”. E quando nós finalmente nos encontramos, não sabíamos o que esperar. E a cada passo desse projeto, desde os primeiros shows que colocamos à venda e que esgotaram em dois minutos, até o primeiro single que lançamos, os fãs ficaram muito animados. Eles deram muita força para isso e nos mostraram que queriam a banda de volta mais do que nunca, e isso é verdadeiramente um grande incentivo para que nós coloquemos o melhor conteúdo e a melhor música que podemos fazer. E acho que nós criamos de verdade um corpo de trabalho incrível para esse álbum, então mal podemos esperar para compartilhá-lo com o mundo.
Kendall Schmidt: E também é ao mesmo tempo nada do que nós esperávamos. É tudo que nós podíamos esperar e nada do que esperávamos. É um conjunto inacreditável de dedicação, tempo, trabalho, amor, sangue, suor e lágrimas, a coisa toda. É meio que uma loucura estarmos fazendo isso de novo e estarmos usando toda a nossa experiência para o bem.

Vocês sempre foram uma banda pop, mas seus últimos singles “Can’t Get Enough” e “Waves”, e até mesmo outros como “Honey” e “Fall” que não estarão nesse álbum, têm uma sonoridade diferente em comparação às primeiras músicas da época do seriado Big Time Rush TV. Quais foram as principais influências musicais de vocês para esse álbum, principalmente as pop?
Kendall Schmidt: Sabe, é até engraçado porque cada música tem sua própria influência. Mas acho que sobretudo, apesar de ouvirmos músicas novas, somos todos fãs muito dedicados das nossas coisas favoritas. Pelo menos eu ainda ouço The Eagles e Bee Gees o tempo todo, sabe, música dos anos 70. Honestamente, 90% da minha música é dos anos 70. Então quando eu pego uma inspiração em algo, definitivamente não é nada moderno; Não sei se isso é bom ou ruim (risos), mas acho legal ter essa base.
James Maslow: E nem tudo é pop também. Muitas das influências são do rock antigo e clássico. Nós pegamos influências do R&B antigo e acho que isso que é muito legal sobre esse álbum e sobre nós quatro no geral, que temos quatro gostos diferentes, e meio que trouxemos diferentes influências e diferentes gêneros. E de cara isso pode parecer um pouco assustador, tipo “como isso vai soar?” e “como isso vai ficar coeso?”, mas nós tivemos dois anos para escrever e descobrir isso, e realmente acho que nós conseguimos. As músicas são diferentes umas das outras, mas há uma linha além das nossas quatro vozes, que obviamente é parte de conhecimentos sobre produção e computação. O álbum conta uma história do começo ao fim e nós estamos muito orgulhosos disso. Não sabíamos como faríamos isso, mas de alguma forma conseguimos.
Kendall Schmidt: No final deu tudo certo.

Que história vocês pretendem contar com esse álbum?
James Maslow: Bem, certamente em muitos sentidos são os últimos dez anos das nossas experiências, sabe? O crescimento pessoal que tivemos, alguns de nós têm famílias, como o Carlos e seus múltiplos filhos. Nós todos tivemos experiências individuais diferentes, tanto pessoais quanto profissionais, nós fizemos nossa própria música e nossos próprios projetos de atuação, e estamos juntos de novo agora. De verdade, nós ainda somos os mesmos quatro caras, mas temos muito mais experiência para acrescentar a essa altura, e nós queríamos que a nossa música representasse isso assim como para os nossos fãs que também cresceram com a gente nos últimos dez anos.
Kendall Schmidt: É engraçado porque ultimamente é como mesmo com toda essa experiência, você ainda não sabe de nada. Estamos só explorando, sabe? Nós juntos é como um daqueles negócios de família, em que eles dizem ter mais de 100 anos de experiência todos juntos. É assim com a banda, mas nós ainda não sabemos o que estamos fazendo (risos) só estamos tentando fazer música que soe como nós, e que, com sorte, soe como os fãs também. Então estamos bem orgulhosos. O álbum está muito bom!
James Maslow: Essa é a única coisa que todos nós concordamos (risos), de que o álbum está muito bom.
Kendall Schmidt: Está incrível!

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No dia 4 de abril deste ano eu vi que foi declarado o BTR Day por conta do sucesso absurdo do retorno de vocês desde a reunião feita em 2020 pela música “Worldwide”. O que essa data significa para a história do Big Time Rush?
Kendall Schmidt: O que isso quer dizer afinal? (risos)
James Maslow: Quer dizer, é tão selvagem que tudo que você pode fazer é sorrir quando alguém diz que tem um dia proclamado oficialmente por sua causa (risos). É incrível ao mesmo tempo que é absurdo, mas acho que é exatamente assim que essa banda sempre funcionou. Nós vivemos num estado de gratidão e absurdo, e só tentamos aproveitar isso a cada dia. Vá um dia de cada vez e continue seguindo.
Kendall Schmidt: Eu concordo com isso.

Bem, e recentemente vocês estiveram na Forever Tour, que teve uma passagem aqui pelo Brasil (onde eu inclusive estive no show aqui em São Paulo). Como vocês se sentiram em voltar ao nosso país? Vocês pretendem voltar logo com a Another Life Tour?
James Maslow: Deixe primeiro eu perguntar a você: como você aproveitou o show?

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Eu tenho certeza que eu era a pessoa mais velha dali (risos) mas eu voltei completamente à época que eu tinha 13, 15 anos, e assistia Big Time Rush na Nickelodeon! Foi incrível, eu ainda estava com a minha irmã e ela pegou uma das camisetas que vocês jogaram do palco!
James Maslow: Amei! Amei!
Kendall Schmidt: Uau, você pegou! Bem, eu posso de garantir que você não era a pessoa mais velha dali porque nós estávamos ali (risos), então não se preocupe com isso! (risos). Mas o Brasil é incrível! Nós sempre amamos vir ao Brasil, e fazia muito tempo desde a última vez que nós viemos como banda, e a turnê não estaria completa sem passar pelo Brasil.
James Maslow: Nós voltaremos com certeza!
Kendall Schmidt: Sim, nós voltaremos com certeza. Nós amamos as pessoas, o público é muito legal e a energia é incrível. Nós fomos abençoados de poder aproveitar o país e fazer shows ao mesmo tempo.

Eu me lembro de um momento do show em que eu acho que vocês iam tocar “Dale Pa’ Ya”, e vocês comentaram sobre a possibilidade de algum dia quem sabe fazer uma parceria com a Anitta. Vocês acompanham o trabalho dela, ou até de algum outro artista brasileiro com quem vocês queiram colaborar algum dia?
Kendall Schmidt: Sim!
James Maslow: Bem, se algum dia nós tivermos essa sorte, com certeza! Ela é incrível, somos grandes fãs. Sabe, para este álbum, nós tivemos algumas oportunidades de trabalhar com outros artistas, mas acontece que esse álbum é 100% Big Time Rush por agora, o que eu também acho importante para nós (e para os nossos fãs) lançarmos a música que marca o nosso primeiro álbum em 10 anos. Somos apenas nós. No entanto, é claro que nós estamos extremamente abertos e animados para a possibilidade de fazermos parcerias mais pra frente, e acho que um bom artista brasileiro é necessário. Acho que seria incrível.

Mas vocês conhecem algum outro artista além da Anitta ou ainda não?
Kendall Schmidt: Bem, eu adoro o Seu Jorge, acho ele incrível! Eu falei corretamente?

Sim! (risos) Seu Jorge!
Kendall Schmidt: Seu Jorge.
James Maslow: Não, você não disse (risos).

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(risos) Está perfeito!
James Maslow: Quem você acha que seria uma boa parceria para nós?

Acho que a Anitta seria legal…
Kendall Schmidt: E o Leonardo?

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O que? (risos)
Kendall Schmidt: Leonardo! (risos)
James Maslow: Você não pode estar falando esse errado.
Kendall Schmidt: Não, esse está certo!

Eu estou pensando em alguém mas não tenho certeza se é a mesma pessoa… (risos)
Kendall Schmidt: Ele é um cantor sertanejo!

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Sim, sim, é ele mesmo! (risos) Eu estou impressionada que você o conhece! (risos)
Kendall Schmidt: Sim! Espere, eu quero encontrá-lo. Qual é o sobrenome dele?

Eu acho que aqui nós só o conhecemos como Leonardo!
James Maslow: Leonardo Leonardo. Duas vezes (risos)
Kendall Schmidt: Acho que é só Leonardo mesmo. O cantor sertanejo.

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Sim, é ele mesmo! Isso seria bem interessante na verdade (risos). Eu ia sugerir algum cantor de funk talvez. Vocês conhecem a Pabllo Vittar?
Kendall Schmidt: Não, mas conte para a gente. Como se soletra o sobrenome?
James Maslow: Vou procurar aqui.

V i t t a r.
Kendall Schmidt: Vou procurar! Você conhece todo mundo!
James Maslow: Nós vimos um clipe da Pabllo Vittar! Acho que nós vimos um, lembra Kendall? Quando nos mostraram um monte de clipes? A Pabllo Vittar tem uns clipes muito loucos, coloridos e sexuais, certo?

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Sim! Ela também já fez algumas colaborações com a Anitta, Major Lazer e tem até uma que está sendo trabalhada com o Lil Nas X. Ela é gigante, eu gosto muito dela!
Kendall Schmidt: Demais! Nós vimos alguns videoclipes da última vez que estivemos aí no Brasil e vimos um da Pabllo.
James Maslow: Eu gostei! Vamos trabalhar em algumas parcerias!
Kendall Schmidt: Você poderia ser a nossa A&R pessoal e ajeitar tudo isso? 

É claro que eu posso! Seria uma honra! (risos) Estou amando que essa entrevista está sendo gravada! (risos)
Kendall Schmidt: Ela está tipo, vou usar isso como prova de que vocês me ofereceram um emprego (risos).
James Maslow: Nós não dissemos que pagaria… (risos)
Kendall Schmidt: É um estágio grátis e não remunerado, então lembre-se disso (risos).

Não tem problema, eu aceito mesmo assim! (risos)
James Maslow: Eu estou me sentindo mal que ela está aceitando. Por favor, não aceite essa oferta.
Kendall Schmidt: É, não aceite. Você não vai querer isso.
James Maslow: Você tem um emprego bem melhor agora.

Trabalhar com vocês é um pagamento que eu não poderia pedir mais (risos)
Kendall Schmidt: (risos) Não, você não vai querer isso, e nem nós.
James Maslow: Acho que eu quero! (risos).

(risos) Bem, meninos, vamos ter que nos apressar! Eu tenho só mais duas perguntas, e uma delas é mais uma curiosidade. Eu vi que uma das músicas mais antigas que entraram no Spotify, Deezer e outras plataformas digitais, foi “Paralyzed” (que é uma das minhas músicas preferidas). Mas fiquei intrigada sobre o porquê dessa faixa especificamente ter ganho outra versão.
James Maslow: Bem, “Paralyzed” na verdade nunca foi lançada antes. Estava no seriado, mas você só podia ouví-la no YouTube e coisa do gênero, mas nunca esteve nas plataformas de streaming. E nós vimos uma demanda muito grande por parte dos fãs, tanto online quanto presencialmente durante a turnê. Decidimos tocá-la ao vivo e tivemos muitos fãs que amaram, assim como você disse que é uma das preferidas. Então dissemos “claro, nós temos que regravar e lançar essa música!”. Acho que nós podemos ainda fazer versões diferentes de outras músicas durante a turnê desse verão, ou talvez tocar outra música que não foi lançada oficialmente. E se os fãs gostarem e quiserem que nós lancemos, talvez façamos isso de novo.
Kendall Schmidt: Sim, nós conversamos e tem um número de músicas que nós sentimos que nunca viram a luz do dia, e pensamos que seria divertido refazer algumas delas. Então, nunca se sabe, talvez tenham mais novos throwbacks!

Já estou ansiosa por isso! Bem, infelizmente vamos ter que encerrar a nossa conversa. Eu poderia passar a tarde inteira conversando com vocês…
Kendall Schmidt: Eu poderia continuar conversando com você também! Eu ia fazer um café para nós continuarmos papeando. Vamos ter que nos encontrar no Brasil!

Sim, por favor! Era pra eu ter encontrado vocês pessoalmente, mas as coisas ficaram meio corridas. Mas da próxima vez nos encontramos, temos um compromisso!
James Maslow: Com certeza! Vamos garantir que vamos conseguir nos encontrar da próxima vez. Pessoal da equipe que estiver ouvindo isso, a Natália tem a nossa bênção. Ela tem três ingressos pros bastidores!
Kendall Schmidt: Ela é legal!

Meu Deus, esse é totalmente o melhor dia da minha vida! (risos). Mas agora de verdade, última pergunta! Pra encerrar a nossa conversa, como vocês descreveriam o novo álbum em uma palavra? Uma palavra pro James, e uma pro Kendall.
James Maslow: Uma palavra? Tipo uma única palavra?

Sim! É um desafio!
James Maslow: Hm… acho que vou com descolado. Uma volta à vibe dos anos 70. Muitas músicas com muitos grooves.
Kendall Schmidt: É, o álbum é bastante descolado. Eu diria intencional. Sabe, é algo que vale a pena.
James Maslow: Use a imaginação e um pouco de intenção nessa palavra.
Kendall Schmidt: Tem uma intenção no álbum. Ele é intencional.

Ok, eu aceito isso! Bem meninos, muito muito obrigada pela nossa conversa! Acho que, como vocês dizem na música, “eu fiz minha sorte com a vida que escolhi” podendo ter entrevistado vocês!
Kendall Schmidt: (risos) Sabe, “essa é a única vida que você tem, então tem que viver pra valer!”.
James Maslow: Você é gentil demais. Natália, você é incrível, adorei você! Beijos”
Kendall Schmidt: A gente se vê!

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Natália Barão
Natália Barão
Jornalista, apaixonada por música, escorpiana, meio bossa nova e rock'n'roll com aquele je ne sais quoi