Entrevistamos Cacá Magalhães sobre carreira e novos lançamentos para 2025

caca magalhaes
Divulgação

Quando as crianças respondem à famosa pergunta “o que você quer ser quando crescer?”, dificilmente respondem o que realmente acabam se tornando na fase adulta. Mesmo quando somos mais velhos e estamos na fase da adolescência, a escolha de uma carreira muitas vezes, não acaba sendo definitiva. Mas Cacá Magalhães talvez seja uma das pessoas que, desde pequena, teve sorte de ter a certeza sobre seu caminho.

Apesar da baiana ter entrado no universo musical quando ainda era muito pequena, foi na época da pandemia que ela começou a se firmar como uma artista de fato, trabalhando em suas primeiras composições autorais como que resultaram no álbum “Só Sinto”, lançado em 2023, e que fez sucesso com faixas como “Só Sinto”, “Vale a Pena” e “Coração Solto”.

- ANUNCIE AQUI -

Com uma voz potente e totalmente pertencente à cena do rock, o nome de Cacá deu um salto ainda maior no ano passado, quando foi indicada à categoria Melhor Artista Novo, do Grammy Latino. Ao mesmo tempo que tem a certeza de ainda ter muito a fazer musicalmente, a artista de apenas 18 anos também começou uma jornada paralela na Psicologia.

A Nação da Música conversou com Cacá Magalhães sobre os últimos acontecimentos de sua carreira, desde o lançamento do álbum “Só Sinto” até a mudança para São Paulo, os bastidores da indicação ao palco do Grammy Latino e spoilers de seus novos projetos para 2025. 

- ANUNCIE AQUI -

Entrevista por Natália Barão
————————————– Leia a entrevista na íntegra:
Oi, Cacá, prazer em te conhecer! Tudo bem?
Cacá Magalhães: Oi, Natália, beleza? Tudo certo, prazer! De onde você está falando?

Daqui de São Paulo! E você, está por aqui?
Cacá Magalhães: Eu tô morando aí, né, mas vim passar as férias aqui em Salvador. 

Ai, delícia! E você passou a virada de ano aí?
Cacá Magalhães: Passei! Passei na verdade na Chapada Diamantina. Eu tenho casa lá num lugar chamado Vale do Capão, que é perto de Lençóis, e passei com a minha família e amigos.

Que delícia! A gente ainda está no começo de 2025, muita gente ainda tá no pique de colocar em prática resoluções de ano novo. Você fez alguma pessoal ou profissional?
Cacá Magalhães: Eu fiz algumas. Esse ano eu quero começar a produzir mais minhas próprias músicas, entrar na onda da produção musical, que ainda tenho que dar um gás. 

- PUBLICIDADE -

Essa é uma coisa que você já colocou em prática com o “Só Sinto”?
Cacá Magalhães: Eu sou muito arranjadora, né? Quando eu vou compor minhas músicas, sempre penso tipo em que instrumento vai entrar aqui e ali, e quando estou no estúdio com meu produtor, participo bastante também com todo o mapa que se monta na minha cabeça, tanto que eu deixo ele doido de tanta coisa que eu penso (risos). Então essa é uma coisa que eu quero conseguir fazer e eu mesma colocar em prática. Na época da pandemia eu cheguei a comprar algumas coisas de produção musical, produzir uma coisinha de leve, mas tenho vontade de produzir realmente e acho que esse ano sai!

Você pensa em fazer algum curso de repente ou é mais na raça?
Cacá Magalhães: Quero fazer um curso de produção, mas também ir quebrando a cara aqui e ali, dando meu jeito (risos).

- ANUNCIE AQUI -

Ah, mas é assim que se aprende também, né? E já que a gente tá falando de álbum e produção musical, em 2023 eu vi que você lançou seu álbum “Só Sinto”, que continua rendendo grandes frutos até agora. Queria saber o que você sente com todas as conquistas que esse álbum te trouxe até agora?
Cacá Magalhães: Como eu sempre falei, acho que esse álbum é uma explosão de sentimentos. Ele começou na pandemia, nesse período todo de isolamento, quando eu tinha 14 anos, que foi quando eu fiz minha primeira música na vida. Eu escrevi bastante e fiz muitas músicas inclusive com a minha irmã, que é uma grande parceira nesse álbum, e essa foi uma fase marcante pra mim. Aí ano passado eu tive minha indicação ao Grammy Latino, que acho que foi muito por causa desse álbum também, e foi uma conquista. Eu nunca tinha ido pro estúdio antes desse álbum, a única música que eu tinha lançado antes dele foi “Poeira de Estrelas” e uma versão de “Blues da Piedade”, que eu fiz com participação de Frejat. Então, esse álbum foi minha primeira experiência musical realmente de tipo, ficar até às 3h da manhã no estúdio com os dois produtores musicais, que foram o Rafa Barone, que é meu diretor artístico também, e o Paul Ralphes, que eu já era muito fã pelo trabalho que ele tem com o Lagum. Eu fui pra São Paulo, fui pro Rio e Rafa veio aqui pra Salvador… foi uma imersão, sabe? Fiquei muito livre pra fazer as músicas, então foi muito legal fazer esse álbum. 

Eu imagino! Ouvindo o seu álbum, a faixa “Vale a Pena” (que eu gostei bastante) me fez lembrar de um meme que está bem em alta esses tempos por causa da Fernanda Torres, não sei se você viu, que é “a vida presta”. Pensando nisso, queria saber o que ultimamente tem feito a vida prestar pra você.
Cacá Magalhães: Acho que o que faz a vida prestar pra mim são as coisas simples, sabe? Eu falo que o Vale do Capão, na Chapada Diamantina, é um lugar que me faz conectar bastante comigo mesma; lá eu simplesmente paro, dou um pause em tudo e me dou conta de que a gente, às vezes, se estressa por tanta coisa desnecessária. Lá é um lugar que eu paro, sinto mais a música, me sinto mais e me conecto mais. Eu vejo que a gente precisa parar, refletir mais e perceber que nem todo problema é tão grande quanto a gente imagina. Enfim, eu acho que isso vale a pena. “Vale a Pena” foi escrita inclusive no Ibirapuera, em São Paulo. Eu fiz com a minha irmã, Maju Magalhães, e meu produtor, Rafa Barone; a gente sentou ali naquele gramado e fez umas cinco músicas naquele dia. O Ibirapuera sempre me traz uma inspiração enorme e a gente começou a refletir sobre São Paulo, a correria que a galera vive sem parar, trabalho, e conversamos “pra que correr assim, moço, se pra viver não há pressa? / às vezes você fica naquela contramão toda que na real não vale a pena”, como diz a letra. Tem toda aquela parte do “respira que tem ar e parar pra pensar / tem gente para amar, isso sim não lhe espera e vai viver que vale a pena”, então fala muito dessa calma e pra gente parar de ter pressa pra tudo e fazer uma coisa em cima da outra, e isso é uma coisa que eu levo muito pra mim.

Eu até tinha visto que essa música tinha sido composta em São Paulo, mas não sabia que tinha sido no Parque do Ibirapuera. Lá é bem como a Rita Lee fala na música: “praia de paulista é o Ibirapuera” (risos), um dos poucos espaços naturais que a gente tem por aqui.
Cacá Magalhães: Sim! Ainda mais pra mim, que sou de Salvador, e vejo o pessoal lá de biquíni (risos). Eu falo pra todo mundo que quando a cidade me agonia muito e eu preciso de paz, é pra lá que eu vou, porque é um lugar que às vezes eu vou correr pra me exercitar, às vezes só vou pra dar um break aqui de tudo e me inspirar,  às vezes até levo meu violão, vou com amigos… enfim, é uma coisa que alivia.

Lá é bem gostoso mesmo! Como tem sido pra você esse período morando aqui em São Paulo?
Cacá Magalhães: Acho que tem sido muito bom pro meu crescimento pessoal, sabe? Eu vim porque meu diretor artístico, Rafa, mora aí e acho que, quer queira, quer não, pro estilo que eu canto, São Paulo é muito melhor, tem muito mais oportunidades e muito espaço pra quem canta rock. Além disso, eu passei na faculdade de Psicologia, que me dá uma oportunidade muito grande pra minha composição, principalmente porque eu gosto muito de estudar sobre as pessoas. Acho que minha composição melhora muito com esses estudos todos. De manhã eu faço minha faculdade, aí à tarde e à noite é só pra música. E nesse ano, que tá começando, eu tô com muito lançamento, já vou começar a produzir coisa, vem single, vem EP… já tem uns cinco ou seis meses que eu tô aí em SP, e ainda estou me adaptando porque pra uma baiana não é tão fácil (risos). Eu sinto falta da praia, que faz muito parte do meu lifestyle com a calmaria do mar. Mas essa parte cultural daí é muito massa, eu conheci muita gente e muito artista legal também, vivo curtindo mais porque em São Paulo você sai à noite e já conhece não sei quantas pessoas! (risos). 

- ANUNCIE AQUI -

Exatamente! (risos). Você comentou de lançamento, single, EP… o que você pode me adiantar dessa nova fase?
Cacá Magalhães: Até agora eu tô fazendo muita reunião, falando sobre produção e tudo mais, Mas tô com muita música nova e agora também sou independente, né? Acho que os lançamentos vão mostrar uma nova cara minha, mais madura, porque eu já não sou mais quem eu era em 2023. Tô com muita música nova pra ser lançada, e acho que vou produzir cada uma com dois produtores. Primeiro eu vou começar com os singles e depois, mais pro meio do ano, tipo agosto, vou lançar um EP com umas quatro ou cinco músicas, pra depois vir com mais singles.

O primeiro será que vem antes do Carnaval?
Cacá Magalhães: Rapaz, eu acho que não! (risos). Tá terminando essa fase da produção aí pra lançar.

- ANUNCIE AQUI -

Mas você já tem decidido qual vai ser o primeiro single ou ainda tá no planejamento?
Cacá Magalhães: Tenho, tenho. Vai ser uma música mais densa. Minha zona de conforto, que eu me expresso melhor, são sempre músicas mais melancólicas – inclusive, minha banda favorita é Los Hermanos. E essas primeiras músicas vão ser mais melancólicas, mas depois vou começar a dar uma animadinha.

Você falou de Los Hermanos, mas quando eu escutei você cantar pela primeira vez eu pensei “meu deus, bem-vinda de volta, Cássia Eller” (risos). Porque cara, é impressionante, o seu timbre, é muito parecido com o dela!
Cacá Magalhães: Uma galera me fala isso também! (risos). Um dia eu peguei um taxista em São Paulo, minha irmã falou que eu era cantora, mostrou um vídeo, e ele falou “menina, você me lembra muito Cássia Eller!”. Ela é referência máxima e uma inspiração pra mim desde que eu sou pequena. Mas eu sou bem eclética, acho que as bandas que eu mais escuto são Los Hermanos (sempre), The Strokes, Radiohead, Cássia Eller pra caramba também… essa galera aí do universo do rock. Meu pai também sempre me influenciou bastante com o rock brasileiro anos 80, 90, tipo Legião Urbana, Capital Inicial, Engenheiros do Havaí, Titãs, essa galera toda ai.

- ANUNCIE AQUI -

Eu também sou igualzinha. Já que você tem todas essas referências, imagino que deve ter sido um grande acontecimento quando você gravou a versão de “Blues da Piedade” com o Frejat, né? Como foi isso?
Cacá Magalhães: Eu lembro que cheguei, falei com ele e fiquei sem acreditar que estava ali com o Frejat na minha frente, e eu tinha uns 13 ou 14 anos na época. Foi uma experiência bizarra! Eu fui pra casa dele no Rio, a gente gravou no dia e tava lá Guto Graça Mello, que foi um grande produtor musical na época (produziu muita coisa de Cássia Eller, tipo “Malandragem”), tava a esposa, e Frejat foi super simpático comigo. Eu lembro que tinha os cachorros dele na casa, ele gravou as guitarras, produziu toda a música. Foi uma experiência massa!

Que demais! E pensando na nova fase, que você falou que é um pouco mais melancólica, o som de que artistas te influenciou?
Cacá Magalhães: Acho que, como eu falei, Los Hermanos, Rodrigo Amarante pra caramba pelas letras e harmonias, mas também tem uma coisa meio diferente, um pouco Jorge Ben Jor, uma coisa de samba rock (que Los Hermanos também tem). Acho que esses dois eu diria.

- ANUNCIE AQUI -

Se você pudesse gravar um cover ou uma música autoral com algum artista atualmente, quem seria?
Cacá Magalhães: Caramba! Boa pergunta! Da galera jovem eu curto muito Lagum, Jovem Dionísio, Ana Frango Elétrico também, que é mais alternativo, Rubel, que eu fui no show em São Paulo… e da galera mais velha, acho que Nando Reis. Acho que é isso: da galera mais jovem, Rubel, e mais velho, Nando Reis.

Massa! E internacional, tem alguma referência pra essa nova fase?
Cacá Magalhães: Rapaz, internacional eu sou bem eclética também. Como eu falei, acho que o que eu mais escuto é Radiohead, The Strokes, Justin Bieber e Billie Eilish também, curto muito. Pra nova fase acho que tem seria mais The Strokes, porque tem um lado indie que eu curto pra caramba, que me inspira principalmente na parte musical. E Billie Eilish também nessa coisa mais introspectiva, melancólica, densa, até no estilo e no jeito que ela se comporta no palco.

- PUBLICIDADE -

Nessas composições, imagino que a sua irmã também deu as canetadas dela, né?
Cacá Magalhães: Pra caramba! “Só Sinto” só estamos eu e ela, mas nessas a gente já fez com a galera de São Paulo, bem legal também. 

Vocês sempre tiveram essa relação super próximas de parceria, confidentes, essas coisas?
Cacá Magalhães: Pra tudo. Ela é 7 anos mais velha, aí quando eu fiz 14 anos a gente até ficou mais próxima em relação a rolê, eu comecei a sair com ela e tudo mais, começamos a jogar futevôlei juntas, e na composição a gente é muito parceira também porque ela me entende bastante.

Ela se mudou com você aqui para São Paulo, né?
Cacá Magalhães: Foi, mas na verdade, ela vai voltar pra Salvador, imagine! 

Jura? Ela não curtiu muito aqui?
Cacá Magalhães: Não curtiu muito. Ela gosta pra passar um tempinho e voltar, sabe? Mas morar não é muito a praia dela não.

Entendi, tem muita gente de fora que não se acostuma com aqui mesmo. E ela voltando para Salvador, ainda vai estar presente na composição e produção com você?
Cacá Magalhães: Vai! Ela faz muito parte dessa minha vida musical, mas vai precisar voltar inclusive pro trabalho, porque é aquela coisa: é home office, mas sempre tem coisa. Mas ela falou que vai ficar indo tipo de mês e mês, um mês e meio. Sempre que tiver coisa minha pra lá também, ela vai. Enfim, sempre próxima.

Tá certa, companheira mesmo! Mas voltando pra era “Só Sinto”, você já tinha comentado, mas acho que um dos principais acontecimentos foi justamente a sua indicação ao Grammy Latino na categoria Melhor Novo Artista. Como foi essa conquista pra você e esse momento todo?
Cacá Magalhães: Rapaz, o pessoal do Grammy inclusive deu risada quando eu contei como é que eu descobri que eu tinha sido indicada. Eu tava na faculdade de manhã, aí quando olho meu celular e li Grammy fiquei assim “velho, é verdade o que eu tô lendo?”. Aí, todo mundo começou a me mandar mensagem, porque eu descobri quando todo mundo descobriu, aí meus amigos pularam da cadeira comigo, eu saí correndo da faculdade pra casa e gravei um vídeo engraçadão, chocada com o que tinha acontecido. Aí passou um filme na minha cabeça de tudo que eu tinha vivido na música, porque eu comecei muito cedo profissionalmente, mas desde pequenininha eu fazia aula de canto, violão, piano. A categoria que eu concorri foi de “Melhor Novo Artista”, e não era tipo Melhor Canção Brasileira, em nada de língua portuguesa; é uma categoria geralzona do Grammy, então eu e mais três brasileiros estávamos concorrendo. Aí pra minha apresentação eu preparei “Loucura”, que é uma música autoral minha, e “Preciso Me encontrar”, de Cartola, que eu faço uma versão muito legal, meio rock. Eu cantei lá e o pessoal adorou, todo mundo veio falar comigo, me parabenizar. Foi uma conquista muito importante para mim, deu um estímulo a mais na minha carreira e eu conheci muita gente legal, troquei ideia com muito artista latino, uma galera da Venezuela Colômbia, principalmente na minha categoria de Melhor Novo Artista que tinha a minha idade. Enfim, foi daquelas experiências que a gente não esquece nunca na vida.

Eu imagino! Ia até perguntar que artistas você chegou a conhecer, inclusive alguém que você já tinha uma admiração e acabou trocando uma ideia ali rapidamente.
Cacá Magalhães: Eu lembro que de admiração, eu troquei ideia com Criolo, que eu sou muito fã, também com um produtor que adoro, que é Tó Brandileone, que também é produtor e artista, faz parte da 5 a Seco, troquei ideia também com MC Cabelinho, que eu sou fã e já é outro estilo. Eu fiquei bem próxima também d’Os Garotin, que estavam concorrendo inclusive na mesma categoria que eu, e de uma artista latina chamada Nicole Rohrbach, bem gente boa que acho que tem 20 anos também.

Que massa! Eu vi que, além de você, outros artistas soteropolitanos também foram indicados ao Grammy Latino, como a Melly, a Simone Mendes e a Orquestra Afro Percussiva Aguidavi do Jêje. O que você sente vendo esse reconhecimento de tantos artistas da Bahia na música?
Cacá Magalhães: Caramba, eu fiquei muito feliz porque sempre tem que ter cada vez mais Bahia no mundo. Acho que a gente tem que ocupar cada vez mais esses espaços, tanto nós baianos, quanto o Brasil. Quer queira, quer não, tem muito brasileiro, mas ainda é muito gringo, muita galera da Venezuela, Colômbia, ainda é muito fechado pro brasileiro. Acho que cada vez a gente tem que ir pra cima porque dá um orgulho imenso ver tanto brasileiro junto e a música brasileira indo pra fora cada vez mais. 

Tem algum artista da Bahia que você queira indicar?
Cacá Magalhães: Eu sou muito fã do rock, que é o meu estilo, e Pedro Pondé tem um rock muito bom, as letras dele, porra, velho, deveriam com certeza ganhar muitos prêmios e vão ganhar, aposto. Ele é um cara que merece todo o reconhecimento, ele é muito foda e me inspira bastante. Além disso, tem uma banda que eu lembrei agora que é de Salvador, mas eles estão morando em São Paulo e são uma banda de rock chamada Flerte Flamingo. Eles são muito legais, vale a pena também todo mundo ouvir.

Que massa! Não conhecia esses dois artistas, vou dar uma pesquisada depois. Mas pesquisando sobre você, eu vi um tipo um bate bola jogo rápido que o perfil do Grammy Latino postou com você, e me chamou a atenção a pergunta se você pretende explorar outros idiomas nas suas composições. De repente essa pode ser uma meta para 2025?
Cacá Magalhães: Acho que pra 2025 talvez não, porque eu tô querendo mais lançar essas músicas que estão guardadas, mas futuramente eu pretendo sim. Como eu falei, eu fiz muito contato no Grammy e uma galera de fora se animou em fazer parceria, então acho que isso pode ficar pra 2026, talvez. Eu já tenho também umas umas canções guardadas que eu fiz em inglês, então quem sabe eu lanço no Spotify alguma coisa mais pra frente. 

Tem algum idioma específico que você tenha mais vontade, como o inglês, que você falou que você já até tem essas composições guardadas?
Cacá Magalhães: Acho que inglês, espanhol e francês futuramente tenho vontade também. Tem uma artista da França que eu gosto muito que é a Zaz, minha mãe escuta pra caramba e ela é foda. 

Legal, não conhecia também, vou pesquisar! E voltando um pouco aqui, até que você falou antes que está cursando Psicologia! Como veio essa decisão, ainda mais você sendo artista?
Cacá Magalhães: Rapaz, assim como eu falei, eu sempre fui muito observadora em relação ao comportamento das pessoas, sabe? Aí acho que de uns dois anos e meio pra cá, isso foi se intensificando mais e aí eu fui vendo coisa de Psicologia, fui fazendo terapia também, fui curtindo muito essa área e decidi me jogar. Eu pensei na Música também, mas sei lá, não tenho tanta vontade de estudar na faculdade, porque tem muita coisa muito teórica, sabe? Acho que pra quem toca instrumento é muito legal, mas pra quem canta, algumas pessoas curtem, mas eu já não curto me aprofundar tanto assim. Mas Psicologia eu curti porque é uma coisa completamente diferente. Eu me joguei e isso me inspira muito, principalmente pras minhas músicas mais melancólicas, que às vezes eu falo sobre saúde mental, ansiedade e tudo mais, então acho que se conecta bastante com tudo isso, e é algo até necessário no meio da música também. Acho que o estudo da Psicologia e da mente humana me traz amadurecimento. Quando você vai conversar com as pessoas, perceber o comportamento, estratégias de como lidar com certas questões no mercado da música, que você encontra de tudo; então, até pra eu me “proteger”, é um curso que abrange tudo.

Muito legal que você já tem essa visão toda! E mesmo estando no início do curso, tem alguma área da Psicologia que você tem vontade de atuar?
Cacá Magalhães: Cara, não (risos). Por enquanto eu penso mais em me formar. Quem sabe depois fazer tipo uma pós, alguma coisa, mas agora focar mais na música mesmo.

Tem algum conceito, alguma coisa que você aprendeu até agora que você já até talvez tenha colocado em prática nas suas composições?
Cacá Magalhães: Caramba, você me perguntando assim agora não consigo lembrar muito. Mas eu vou pegando cada detalhezinho, eu curto muito palavras diferentes, desde pequena, minha mãe achava engraçado que eu pequenininha falava um bocado de coisa difícil pra minha idade. De vez em quando eu aprendo umas palavras diferentes, boto nas composições e ninguém entende nada (risos), eu curto muito.

E se você tivesse que definir qual é o Divertidamente que mais te domina, qual seria?
Cacá Magalhães: Com certeza a Ansiedade! (risos). Eu nunca assisti o filme, né, mas acho que Alegria também!

Nessa nessa sua nova fase nas composições, quais têm sido as inspirações pras letras?
Cacá Magalhães: Sempre que eu vou compor, dois temas são os principais: amor e saúde mental. Eu sempre fico nesse universo e acho que essas músicas novas também. 

Tanto para um tema quanto para o outro, se baseiam mais na sua vida, nas suas experiências e vivências pessoais ou nas dos outros também?
Cacá Magalhães: Sempre uma mistura dos dois. Tanto coisa minha que eu pego lá do fundo do poço, quanto vivências de outras pessoas ou histórias mesmo que eu imagino e crio. 

Para esses próximos lançamentos agora desse ano, que história você tá querendo contar?
Cacá Magalhães: Eu falo muito de mim mesma, acho que até na música “Só Sinto” tem um pouco disso no início: “tem vezes que eu não preciso falar / e quando é assim, eu sinto tanto”, ou em “Sozinha” também, “estar sozinha tem medo, traz paz, desejo”, porque às vezes eu gosto de ficar sozinha, e acho que nessas músicas eu tenho falado muito de mim, de questões da minha saúde mental, ou histórias de amor que eu vivenciei também. 

Os singles que você comentou que vão vir antes vão formar o EP que vem depois ou é paralelo?
Cacá Magalhães: Tô pensando em lançar as duas primeiras mais soltas mesmo e aí a partir da terceira já tem uma conexão com o EP.

Entendi. No meio desses singles desse EP aí, vai ter algum feat de repente?
Cacá Magalhães: Tamo pensando também (risos), mas talvez fique no EP. 

De repente algum artista mais pro rock também ou alguma coisa um pouco mais que se contrapõe ao seu estilo?
Cacá Magalhães: Ainda estamos rondando! Porque eu curto às vezes uma coisa que a galera às vezes acha nada a ver colocar no meio. Acho que é uma grande possibilidade ter alguém do rock também, desse universo.

Cacá, e pra encerrar o nosso papo, em linhas gerais, o que podemos esperar de você em 2025?
Cacá Magalhães: Muita música nova, trabalho novo e independente, que agora que tô nessa nova fase, e, principalmente, shows e festivais.

Já tem show marcado pra agora, pro começo do ano?
Cacá Magalhães: Tô marcando! Minha empresária tá fechando e alguns acho que a partir de fevereiro já vou começar a soltar nas redes. Vai ter em São Paulo, inclusive!

Eba, aí sim! Irei no de São Paulo, com certeza! Cacá, adorei conversar com você e te conhecer. Você é muito querida e tenho certeza que 2025 vai ser um grande ano e que ainda vamos nos falar bastante!
Cacá Magalhães: Valeu, Nat! Foi massa o papo! Prazerzão te conhecer também, e vamos nos falar mais com certeza!

Muito obrigado pela sua visita e por ler essa matéria! Compartilhe com seus amigos e pessoas que conheça que também curtam Cacá Magalhães, e acompanhe a Nação da Música através do Google Notícias, Instagram, Twitter, YouTube, e Spotify. Você também pode receber nossas atualizações diárias através do email - cadastre-se. Caso encontre algum erro de digitação ou informação, por favor nos avise clicando aqui.



Caso este player não carregue, por favor, tente acessa-lo diretamente no player do Spotify. Siga a NM no Instagram e Twitter

Natália Barão
Natália Barão
Jornalista, apaixonada por música, escorpiana, meio bossa nova e rock'n'roll com aquele je ne sais quoi