Entrevistamos Christine Valença sobre “Recomeçará”, seu novo trabalho

christine valença
Foto: Divulgação

Em 17 de junho deste ano, a cantora e compositora Christine Valença lançou seu mais novo EP “Recomeçará” nas plataformas digitais de música. Juntamente ao material, a cantora disponibilizou o videoclipe da faixa-título em seu canal oficial do YouTube.

Foi um junho de diversos preparativos para Christine Valença. No dia 27, ela realizou um show especial no Bar Alto, em São Paulo, contando com a participação dos artistas Pedro Índio Negro, Caetana e Leo Fazio. Além disso, ela está em turnê com shows marcados nos Estados Unidos e Portugal para este ano.

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A Nação da Música conversou com a cantora sobre “Recomeçará”, seu mais recente lançamento, incluindo inspirações, estética visual e planos futuros.

Entrevista por Isabel Bahé
————————————– Leia a entrevista na íntegra:
Chris, você acabou de lançar o EP “Recomeçará”, certo? Fala um pouquinho da tua inspiração para esse EP e sobre o lançamento.
Christine: Eu e o meu produtor conversamos muito porque eu queria lançar algo autoral desde o início. Essa música se destacou bastante. Foi a primeira que eu fiz de forma mais forte, que na verdade era uma ideia inicial que virou álbum. Sempre quis trabalhar nela para deixá-la mais próxima das pessoas. A letra veio de uma ideia meio politizada, mas também pessoal. É uma música de enfrentamento e desafio, e acho que ela fala muito sobre isso.

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Qual é o conceito da faixa-título e do disco como um todo?
Christine: O disco é bem conceitual, aborda várias perspectivas, especialmente da mulher dentro da indústria. Essa premissa de falar sobre as perspectivas da mulher foi algo que elaboramos ao longo do tempo. A música “Recomeçará” fala sobre a ideia da Fênix, a força interna que a mulher traz e descobre nos momentos de dificuldade.

Você mencionou algumas influências, como os Beatles. Quais são suas referências diretas?
Christine: Minhas referências mais naturais são da música dos anos 60. Isso me fascina desde a infância e adolescência. Gosto da sonoridade, dos equipamentos, de tudo dessa época. Embora tenha preferências diversas, essa pesquisa é algo que estou sempre construindo. Tento conectar essas influências americanas e inglesas dos anos 60 com a música brasileira. Gil, por exemplo, traz essa abertura nas referências, e eu me identifico com essa busca.

Você também se inspira nas letras dos anos 60? Elas tinham um estilo bem específico.
Christine: Sim, o que escutei durante a vida transborda no que escrevo, mas de uma forma consciente. As letras dos anos 60 têm uma forma poética que não conversa diretamente com o pop comercial. Tento trazer essa influência de maneira que faça sentido nas canções radiofônicas de hoje.

A estética do disco também é bem marcante. Você lançou um clipe gravado em uma câmera de 16mm, certo?
Christine: Sim, gosto que a estética e o conteúdo caminhem juntos. As escolhas de timbres e filtros, por exemplo, fazem parte desse processo. Trabalhei com uma galera que pesquisa a película e revelação manual, o que faz parte do analógico contemporâneo. Isso me interessa porque é uma forma de desautomatizar o processo criativo.

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Você já tinha trabalhado com o analógico antes de decidir trazer essa estética para o clipe de “Recomeçará”?
Christine: Sim, a ideia do primeiro clipe era fazer um making-off em Super 8, pois eu tinha uma câmera que comprei na pandemia. Já tive outra câmera Super 8 em 2007, quando estudei cinema em São Paulo, mas nunca funcionou. Durante a pandemia, comprei uma nova e aprendi a usá-la, mas infelizmente não conseguimos usar o material. Conheci o pessoal do grupo que trabalha com película e decidimos fazer o clipe em 16mm.

Você se apresentou no Bar Alto e contou com participações especiais, como foi?
Christine: Foi super legal, teve a participação da Caetana, uma pessoa incrível com quem estudei música. O Pedro Negro também participou, dividimos a noite. Foi muito bacana, uma energia incrível. Foi o primeiro show que apresentei o EP “Recomeçará”.

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Você tem planos para uma turnê nacional de divulgação?
Christine: Sim, temos feito alguns shows onde conseguimos marcar. No Brasil, ainda é um desafio, pois o público não conhece muito meu trabalho, mas estamos conseguindo espaços aos poucos. Planejo lançar um single com a Ilessi, uma cantora do Rio, em setembro. Será uma música do álbum e teremos mais datas de shows.

Você mencionou um tributo que vai lançar. Pode contar mais?
Christine: Sim, vou estrear um tributo a um artista brasileiro carioca que admiro muito. Ainda não posso revelar quem é, mas esse projeto deve facilitar a entrada em mais lugares pelo Brasil.

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Isabel Bahé
Isabel Bahéhttps://linktr.ee/isabelfbahe
Estudante de jornalismo e bibliófila que respira músicas.