Entrevistamos Dora Morelenbaum sobre primeiro álbum solo “Pique”

Dora Morelenbaum
Foto: Divulgação

Em outubro, a cantora e compositora Dora Morelenbaum divulgou o aguardado primeiro álbum-solo, “Pique”, nas plataformas digitais.

O trabalho chega após o lançamento do EP “Vento de Beirada” (2021) e da incursão com o Bala Desejo no álbum “SIM SIM SIM”. A Nação da Música conversou com Dora Morelenbaum sobre o álbum, desde a temática às colaborações.

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Entrevista por Marina Moia.
————————————- Leia a íntegra:
Olá, Dora! Obrigada por falar com a Nação da Música. Como foi a transição do trabalho com o Bala Desejo para o lançamento do seu primeiro álbum solo, “Pique”?
Dora Morelenbaum: Gravei “Pique” entre viagens e os shows do “Sim Sim Sim”, do Bala Desejo, e isso já foi determinante para a sensação do álbum pra mim. Ele fala sobre essa transitoriedade, também a partir dessa compreensão do que é meu e do que é do todo, essa imposição de limites.

“Pique” aborda o amor de várias maneiras. Como essa temática surgiu durante o processo de criação?
Dora Morelenbaum: Quando compilei as músicas para o álbum, percebi que o amor era um tema central. A maioria das letras foi escrita pelos meus colaboradores, Tom Veloso, Sophia Chablau e Zé Ibarra, enquanto só uma canção, “Sim, Não”, é só minha. Isso já trouxe uma diferença entre as faixas que falam sobre amor. Mas o álbum surgiu mais a partir de um desejo sonoro do que poético. A partir disso, a atenção se voltou para a textura e a paisagem sonora, e assim a produção e os arranjos realçaram esses diversos olhares.

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Sabemos que este é um álbum com muitas camadas e facetas. Como você equilibrou diferentes gêneros como MPB, soul, R&B e jazz para criar uma obra coesa?
Dora Morelenbaum: Os gêneros entram aqui como referência na hora de criar arranjo e textura, mas não como objetivo final. Amarrei a produção com Ana (Frango Elétrico) e, junto com a banda que tocou todas as bases, a gente descobriu essa unidade nas diferentes músicas. São todas canções com estruturas inicialmente tradicionais, e a gente foi construindo em cima do que cada uma pedia.

A faixa “VW Blue” se destaca por ser um jazz instrumental improvisado. O que inspirou essa abordagem mais livre e descontraída? Como foi trabalhar com Arthur Dutra?
Dora Morelenbaum: Pra mim, “Pique” é mais um álbum de compositora do que de cantora. Eu compus a maior parte das músicas, quase todas as letras são dos meus parceiros – inclusive sou quase que exclusivamente questionada sobre as letras, acho que há uma ideia preconcebida de que, por ser mulher, eu seria mais letrista que compositora… acho que já tá meio tarde pra esse tipo de ideia, né? Enfim. “VW Blue” é um tema meu que tinha guardado e gravar essa música fez parte de assumir mais esse papel no álbum, mas também partiu de uma vontade de criar texturas e paisagens sonoras diferentes, abrir capítulos dentro do álbum.

Você co-produziu o álbum com a Ana Frango Elétrico. Como foi o processo de colaboração entre vocês duas, especialmente em termos de direção criativa?
Dora Morelenbaum: Convidei a Ana para pensar no álbum comigo desde o começo, com ela liderando a produção e eu coproduzindo. Desde o início, eu tinha uma visão estética clara do que eu queria, e a inclusão dela foi fundamental para alcançar o som que eu tinha em mente. É sempre uma experiência incrível colaborar com a Ana, rola uma complementaridade na forma como a gente enxerga música e som.

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Marina Moia
Marina Moia
Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.