No dia dos namorados, 12 de junho, o cantor e compositor Eduardo Kaczan divulgou o segundo álbum da carreira, “8 meses”. O projeto musical é especialmente significativo, pois retrata de forma progressiva e detalhada o relacionamento à distância que o artista viveu durante o ano de 2019.
Além de autobiográfico, “8 meses” integra um projeto multimeios, onde a história se transforma em: música, livro, filme e teatro. A Nação da Música conversou com Eduardo Kaczan sobre o disco, o que vem por aí e muito mais.
Entrevista por Marina Moia.
———————————– Leia a íntegra:
O que motivou a transformar uma experiência tão pessoal em um álbum inteiro? E como foi reviver essa história de amor enquanto compunha as músicas?
Eduardo Kaczan: Minha motivação vem de vários lugares, eu queria compartilhar essa história com outras pessoas, o formato do projeto também por si só, é uma motivação. Eu entendi que a minha história era só uma parte de tudo isso, porque o valor artístico era bem maior e me deu muita vontade de fazer e por fim acho que essas músicas me ajudaram a superar o que passei, confesso que foi um processo doloroso, mas a arte tem dessas.
Você disse que cada faixa se conecta a outra. Como foi o processo de composição e costura dessa narrativa?
Eduardo Kaczan: Sim, essa ideia inclusive eu acho incrível. Eu escrevi as músicas na ordem que aparecem no álbum e antes disso já haviam os poemas então eu meio que já sabia a emoção e mensagem de cada uma. Depois que gravamos tudo, para fazer a transição de uma para outra, os produtores iam escolhendo os instrumentos que mais se destacavam no arranjo e “criaram” uma passagem mudando o BPM e andamento de uma para outra, parece fácil, mas é bem trabalhoso fazer isso [risos].
O que você espera que as pessoas sintam ou levem consigo ao ouvir *8 meses*?
Eduardo Kaczan: Nossa, isso é difícil de responder. Vamos lá, o álbum tem uma mensagem de “superação” então, eu espero que as pessoas escutem isso porque eu aprendi a me amar mais depois deste relacionamento e nesse processo todo. Sigo emocionado SEMPRE, mas agora com ressalvas, talvez a segunda mensagem é “Vivam o amor, ele transforma” [risos].
Como foi a parceria com Dani Zan na música “maio”?
Eduardo Kaczan: Surreal! Ela é uma compositora de mão cheia, eu viajei para encontrá-la e fizemos a música em 2 horas, nem isso, de tão talentosa que ela é, de fato todo mundo que ouviu a demo de maio, ficava impressionado. Eu acho uma música forte!
A ideia do projeto começou na terapia. Como foi esse processo de transbordar a dor em arte, e depois expandir isso para livro, filme e teatro?
Eduardo Kaczan: Uma loucura né? Em vários momentos eu me via vulnerável e exposto. Mas ao mesmo tempo eu consegui re-significar a dor e a história, quase um processo de cura mesmo. Cheguei a me questionar se eu era meio masoquista, acredita que eu chorei um ano inteiro? Pois é…
Como nasceu a ideia de usar o teatro como linguagem final do projeto, com o musical “Coração de Post-it”?
Eduardo Kaczan: A ideia nasceu na vontade de fazer um super show, com cenário, coreografia e etc., eu sou ator formado né, então, acho que sempre foi um sonho fazer musical, tô bem animado com isso!
Gostaria de deixar um recado aos leitores da Nação da Música?
Eduardo Kaczan: Sim!! Eu espero que gostem de ouvir minha história e que saibam que se apaixonar é uma sorte, claro, tem seus riscos… Torcendo para encontrar vocês no musical! Com amor, Kaczan.
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