Foto: Má Trabachini
Os estadunidenses do 3OH!3 estão no Brasil e se apresentan hoje (17/set), em São Paulo. Pela primeira vez em solo tupiniquim, Sean e Nathaniel subirão ao palco do HSBC Brasil, cumprindo o calendário da turnê “Streets of Gold”. Os ingressos para o show estão esgotados: cerca de quatro mil pessoas vão prestigiar o som da dupla, que engloba os gêneros eletrônico, crunk-rock, electrorock e dance. O single My First Kiss, com participação da cantora Ke$ha, rendeu uma indicação ao último VMA, na categoria de “Melhor Colaboração”. A primeira grande parceira do 3OH!3 foi a cantora Katy Perry, em 2009, com o hit Starstrukk.
Com bom-humor e sagacidade, os rapazes concederam essa entrevista ao Nação da Música. Sean estava bem-vestido,“engomadinho”, fazendo a linha “genro que toda sogra sonha em ter” – o loiro esbanja simpatia. Nat, ao contrário do parceiro, é o que popularmente se conhece como “largadão”, com pinta de rockstar: jeans desbotado, cabelo comprido (preso) e sarcasmo característicos. O moreno chama atenção com seus mais de dois metros de altura, e foi o primeiro a responder as perguntas, a seguir.
Vocês abriram os shows da Katy Perry na turnê da cantora pela Europa, em 2009. Como foram esses shows? Vocês já tinham planos de gravar com ela antes de saírem em turnê?
Nat: Os shows foram ótimos, super divertidos. O que foi legal com relação a música que gravamos juntos é que foi um processo engraçado; a Katy curte uma diversão! Os shows dela são divertidos também.
Sean: Lembro-me de um dos shows, quando tivemos de cantar praticamente em frente à cortina, porque o nosso espaço pra se apresentar era muito pequeno. Parecia um show de calouros do ensino médio [risos].
Nat: Mas não, nós não tínhamos planos de gravar com a Katy Perry antes da turnê mas, no fim daquele ano, a gente trabalhou de novo na musica: ela apareceu em Los Angeles e encontrou conosco, fez a gravação e foi super legal. Ela é uma amiga!
Quais são as expectativas pro show no Brasil? Os ingressos já se esgotaram, vocês sabiam?
Nat: Nós sabíamos que os shows por aqui costumam encher, até porque já vimos alguns vídeos de de outros artistas se apresentando no Brasil, mas confesso que estou nervoso! Quatro mil pessoas pra nos assistir, é muita doideira! Eu estava empolgado pra vir ao Brasil!
Sean: Acho que vai ser um show bem animado. Pela cultura daqui, sei que vocês curtem música. No carnaval rola toda aquela agitação, as pessoas se divertem, ficam bêbadas…
Então quer dizer que é essa a fama que nós, brasileiros, temos no exterior: nós ficamos estamos sempre animados com o carnaval e somos bêbados? [risos]
Sean: [risos] Não, não, de forma alguma! Eu quis dizer que vocês são muito festeiros quando o assunto é música. Vocês sabem aproveitar bastante os shows.
De qualquer forma, acho que vocês deveriam voltar pro Brasil no carnaval. Estou convidando vocês! Geralmente, o carnaval é no mês de fevereiro… [risos]
Sean: Mas é claro que nós vamos vir! [risos]
Vocês já conheceram algum fã brasileiro do 3OH!3?
Nat: Alguns fãs foram no aeroporto quando nós chegamos aqui. A verdade é que o nosso maior contato com o público se dá através do Twitter e do MySpace. Nós recebemos várias mensagens do tipo “venham para o Brasil”. Nós nem sabíamos que os brasileiros conheciam o nosso trabalho, mas foi muito legal descobrir que temos fãs por aqui. É surpreendente.
Se pudessem escolher qualquer artista pra cantar ou se apresentar com vocês, quem seria? Katy Perry já foi, Ke$ha também. Será que a próxima é a Lady GaGa?
Nat: Sting, porque ele tem uma música que se chama Fields of Gold [“campos de ouro”] e nós temos uma canção, Streets of Gold [“ruas de ouro”], que, inclusive, é o nome do nosso novo álbum. Isso seria interessante…
Sean: Ou Seal. Eu gosto dele.
Qual foi a maior loucura que um fã já fez por vocês?
Sean: A coisa mais louca que já fizeram foi ter um filho meu. [risos] Brincadeira! Acho que a maior loucura que alguns dos nossos fãs já fizeram foi tatuar o símbolo do 3oh!3, aquele com os dedos formando um 3-O-3.
Nat: Teve uma fã que tatuou esse nosso símbolo das mãos na bunda, aí ela me falou “eu tenho as suas mãos no meu traseiro”. [risos]
Qual profissão vocês gostariam de ter, caso não fossem músicos?
Nat: Eu seria surfista profissional e ciclista.
Sean: Acho que eu trabalharia em algum programa de tevê.
Após 6 anos de carreira, como vocês se sentem por fazerem sucesso no mundo inteiro?
Nat: Isso faz parte da pergunta? [risos] É incrível. Se não fôssemos artistas, acho que não seria possível viajar por todo o mundo.
Inclusive, vir para o Brasil, não é mesmo?
Nat: Pois é. Quando eu era adolescente, ficava imaginando pra onde eu poderia viajar nas férias e o Brasil era uma das opções de destino.
Pra terminar, deixem uma mensagem para os fãs brasileiros.
Nat: Gostaríamos de dizer aos fãs brasileiros que estamos muito felizes por estarmos aqui. Nós ouvimos comentários muito positivos de outros artistas sobre o Brasil e a expectativa era grande. É uma honra estar neste país.
Sean: Muito obrigado a todos vocês! Se quiserem se comunicar com a gente, mandem mensagens pro nosso Twitter (@3oh3). Nós lemos todos os tweets!
Fotos da entrevista por Má Trabachini: Aqui
Por: Nina Scafutto