Entrevista Exclusiva: Matanza fala sobre novo disco “Pior Cenário Possível”

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Com quase 20 anos de banda, o Matanza lançou no mês de abril seu sétimo álbum – “Pior Cenário Possível”, e o Nação da Música bateu um papo com o guitarrista Maurício Nogueira para saber mais sobre o novo disco e os planos do grupo. Confira a entrevista feita por Nelson Laboissiere e Ingrid Silva:

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1- “Pior Cenário Possível” é o sétimo disco do Matanza e traz um nome que dialoga com o panorama atual do país. É isso mesmo ou para vocês tem outro sentido o nome do álbum?

Na real esse disco foi feito mais ou menos em cima de contos de terror contado à maneira do Donida, Algumas músicas como “Orgulho e Cinismo” acabaram que, por conta do péssimo momento do País e de todo o descontentamento geral de todos os lados, se encaixando no contexto, mas não é uma coisa política direta, como disse são contos de situações de morte, sangue, serial killers, afogamentos, enfim tudo que faz do nosso mundo um lugar belíssimo de viver !!!!

2- Essa foi a primeira vez que a banda gravou um álbum com duas guitarras, já que o Maurício Nogueira que acompanha vocês ao vivo foi para o estúdio. Algum outro diferencial além das duas guitarras marca “Pior Cenário Possível”? Como foi o processo de gravação do disco?

Bem, esse disco é um disco mais pesado com mais elementos de metal do que os outros, o fato de termos 2 guitarras nesse disco deixou as coisas mais divididas mesmo, com o Donida fazendo temas e solos e eu fazendo as bases e outros solos. E só pelo fato de eu gravar esse disco e de tocar de uma forma diferente do Donida já deixa a coisa toda mais legal, ouvir esse disco no fone, por exemplo, você percebe muitas coisas de guitarras diferentes, palhetas, harmonias e isso deu um resultado muito legal. A gravação foi praticamente ao vivo, tocávamos alguns takes com todo mundo junto, tudo valendo e depois selecionávamos  as melhores partes de cada um e assim foi, e lógico que a gravação foi na fita, o que dá um som diferente e, lógico, que usamos tecnologia também, mas foi um processo até que rápido pra aquilo que estávamos pensando .

3- O baixista China estava com vocês desde 2003 e deixou a banda recentemente. Como tem sido tocar com o Don Escobar desde então?

O China foi um cara que teve muita importância na história da banda, mas resolveu seguir outro caminho o que é normal depois de tanto tempo. Desejo a ele toda a sorte do mundo. Ele está sempre mandando mensagens e tal, quanto ao Dony ele é um cara que está há anos no underground batalhando, é uma pessoa ótima, é pai como eu, além de ser um músico muito bom e o fato dele tocar guitarra foi a senha certa. Queríamos um cara com noção de palhetada, porque o baixo principalmente ao vivo é muito importante, e tem que ser tocado no ódio!

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4- Sete discos já é uma bagagem e tanto. Como vocês estão selecionando as setlists dos shows e quais músicas não podem faltar?

Na real ainda estamos testando as músicas novas e vendo qual se encaixa mais no show, qual a galera está mais curtindo. Ainda não definimos o set e nem sei se vamos chegar a uma parada definitiva, na verdade podemos tocar muitas músicas do disco novo. Em relação as antigas elas também estão lá, todas as músicas mais clássicas estão no set, mas estamos variando um pouco isso também. Sempre foi uma característica de banda ter um set definido e pronto, mas estamos mais flexíveis nessa vez, o que torna cada show único, que é bom pra todo mundo, pra quem vê o show e vê os lances diferentes, tanto pra gente no palco, que não fica algo sempre igual.

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5- A banda já tem cerveja, quadrinhos e um festival com seu nome. Qual vai ser a nova investida do Matanza?

Temos muitas coisas além disso, pois é um lado que ajuda muito. Temos também Pimenta do Matanza, temos calcinhas pras diabas, temos chopp, camisetas, todo material de merchandise. Temos também um amplificador de guitarra desenvolvido entre a gente e a Acedo Áudio de São Paulo. Hoje em dia uma banda não pode se dar ao luxo de só viver de shows. Lembrando que no fim desse ano teremos o Matanza Fest em mais uma edição!

6- O Matanza é o representante nacional do Country-Hardcore. Como é conviver com bandas de outros estilos e o que vocês dizem da atual cena da rock nacional?

Bem, eu na real não ligo muito pra esse lance de rótulos estilos etc, convivemos bem com bandas desde o rock mais básico até o mais extremo death metal, e isso aparece no Matanza Fest. Já teve banda de todos os estilos no palco com a gente, quanto a cena, bem como eu sou um velho, ouço as bandas mais velhas aqui do Brasil como Ratos de Porão,Vulcano, Krisiun, coisas assim.

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7- Em 2016, vocês completam 20 anos de banda. Algum plano especial para comemorar?

Certamente tem coisas legais vindo por ai!!!!

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Ingrid Silva
Ingrid Silva
Ingrid Silva: Carioca, formada em turismo, que ama conhecer novos lugares e culturas. Apaixonada por arte em geral, está sempre procurando uma música, filme ou alguma ilustração nova. Acredita que o mundo pode ser um lugar melhor se começarmos por nós mesmos.