A banda Seu Cuca formada por James Lima (Voz e Guitarra), Pedro Sol (Baixo), Daniel BZ (Bateria) e Felipe Bade (Guitarra), começou em 2000 quando James, Pedro e Daniel pegaram a sua inspiração com surf, rock e reggae iniciaram o grupo. Agora, 15 anos depois e contando com Felipe Bade na da banda, Seu Cuca está prestes a fazer a gravação do seu DVD ao vivo, com uma participação especial do Armandinho. O evento acontece em Porto Alegre, no dia 24 de maio (domingo), e você pode conferir informações sobre os ingressos aqui.
Confira a entrevista com o vocalista James Lima, feita por Bárbara Araujo:
1- Já estamos praticamente na semana de gravação do DVD, então acredito que já esteja tudo pronto para o grande dia – ou não? O que teremos de diferente em relação ao primeiro DVD “Seu Cuca – Ao Vivo”, de 2008? Como vocês chegaram à conclusão de que Porto Alegre seria o local ideal para a gravação? E a setlist, como será? Deve ser bem difícil selecionar as canções tendo 15 anos de carreira…
Tudo pronto! Sempre tem uns detalhes pra acertar na última hora, mas estamos prontos. O DVD de 2008 representa a banda naquele momento, foi nosso primeiro DVD e foi bom pra fazer uma apanhado da nossa carreira até aquele momento. Desde então amadurecemos, lançamos dois álbuns que apontaram pra uma direção nova que a banda estamos tomando sonoramente. E Porto Alegre faz parte de nosso história! Apesar de cariocas, a gente já se sente gaúcho, somos super bem recebidos no RS. Nós vamos dar mais destaque ao repertório dos dois últimos discos, mas obviamente não vamos deixar os sucessos antigos de fora.
2- Falando nos 15 anos, como vocês analisariam toda essa trajetória? Qual foi o ponto mais baixo e o mais alto da carreira que vocês conseguem se lembrar?
Toda trajetória tem altos e baixos, no nosso caso logo depois do primeiro CD foi uma fase difícil, pois ainda éramos imaturos, e tivemos que fazer algumas mudanças. Mas fizemos logo uma virada, com “Já Que Você Não Me Quer Mais” que acabou sendo nosso maior sucesso. Hoje estamos na nossa melhor fase musical, estamos bem felizes com esse momento, e o DVD vai ser uma celebração dessa fase.
3- Maio faz exatamente um ano desde o lançamento do último álbum, o “Mente Aberta”. O sucessor já tem alguma previsão de chegada? Ou com a gravação do DVD o tempo de espera será maior?
Acho que agora vamos focar no DVD, mas em breve vamos dar focar no material novo, não dá pra ficar parado.
4- Uma pena que a meta de financiamento do DVD não tenha sido atingida, mesmo com tanto apoio do fãs. Como será esse novo financiamento?
Resolvemos abandoar o financiamento coletivo no meio do caminho. O último CD nosso foi feito com financiamento coletivo e foi um sucesso, mas no caso do DVD era um valor alto e o outro projeto foi recente, então achamos melhor arrumar uma nova forma de gravar o DVD sem precisar do apoio dos fãs. Estamos nos virando, mas vai dar certo.
5- Reparei que vocês passam bastante tempo respondendo os fãs tanto no Twitter como no Facebook. Quando vocês começaram, em 2000, as redes sociais ainda estavam começando a serem criadas, então vocês passaram pela popularização delas e estamos nesse momento em que existe uma vasta diversidade delas. Mesmo facilitando a comunicação com os fãs e a divulgação do material em si, existe muito conteúdo musical circulando pelos meios. A internet facilita ou pode atrapalhar a divulgação do material em meio a tanto conteúdo?
No nosso caso só facilita. Se não fosse a internet hoje, não teríamos o público que temos. A internet é hoje nosso maior veículo de comunicação com os fãs, já que somos independentes.
6- Antes o sucesso de uma banda era vinculado ao videoclipe passando na televisão e a música tocando na rádio. Hoje isso não precisa necessariamente acontecer. Desse ponto de vista, vocês acham que internet mudou o significado de sucesso?
Acho que os meios mudaram, a galera hoje passa mais tempo na internet, youtube, Facebook, etc, e sa mídias tradicioanis, TV, Rádio, estão ficando pra trás. É claro que um trabalho de grande porte, de gravadora, inclui essas mídias. O significado de sucesso continua o mesmo, mas hj em dia a medição da popularidade do artista pode ser visto por exemplo através do quantidade de views que ele tem num clipe no youtube, quantos seguidores, etc.
7- Quais os benefícios e as dificuldades em ser uma banda independente no cenário musical atual brasileiro? O fato de não ter uma gravadora envolvida no processo de produção de um disco, por exemplo, deixa a banda mais natural? Depois de tanto tempo independente, quais os conselhos que vocês deixariam tanto para as bandas que estão surgindo agora como as que já estão na estrada há um tempo?
O maior benefício é você ter sua carreira nas nas mãos. Ao mesmo tempo nós somos músicos, então a gravadora faz falta na hora de fazer o que ela faz bem, tem os canis de mídia, distribuição, o marketing, etc. A gente acaba virando “faz tudo”. A produção musical depende. As gravadoras contratam produtores musicais pros artistas, mas uma banda independente pode contratar um produtor pra auxiliar, uma visão de fora, na hora de gravar um disco. No nosso caso, hoje nos sentimos à vontade de não ter um produtor, e isso realmente deixa a banda mais natural. O conselho que podemos dar é seguir em frente pois dificuldades são muitas, o importante é formar o seu público, seu repertório, e ser verdadeiro, não seguir a moda, pois a moda é passageira. Acredite no seu trabalho, independente do gênero que está em alta, pois o mercado é cíclico.
8- Quais os planos para o restante do 15º ano da banda?
Gravar o DVD, e divulgá-lo. Tentar ir em outras cidades que ainda não tivemos o prazer de tocar.
9- Já finalizando, deixem uma mensagem para os fãs da banda e para quem ainda não conhece a música de vocês.
Pra quem não conhece, acesse nosso facebook.com/seucuca. Baixem nosso último CD, #MenteAberta, é o que melhor nos representa até hoje. E pros nossos fãs fiéis, muito obrigado pelo apoio ao longo desses anos, é muito bom saber que a gente de alguma forma pode tocar a vida de vocês, e vocês a nossa. Muito obrigado!
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