Tokio Hotel chega ao Brasil para apresentação única em São Paulo no dia 28 de agosto. Bill, Tom, Georg e Gustav estão na estrada divulgando o álbum “Kings Of Suburbia”, lançado em outubro de 2014, que chega cinco anos após o seu antecessor “Humanoid”.
Para nos prepararmos para o aguardado show, a Nação da Música conversou um pouco com os alemães, que contaram sobre a criação do novo álbum, relação com os fãs, o que pensam sobre o nosso país e até sobre um possível apocalipse zumbi. Confira:
Entrevista feita por Andressa Oliveira e Gabriel Simas. Tradução: Mariane Ávilla
“Kings of Suburbia”. Foram cinco anos de intervalo entre o lançamento deste novo álbum e “Humanoid”. Qual foi o motivo para a demora?
Bill Kaulitz: Nós começamos a escrever as músicas e acabou que ficaram bem diferentes do que estávamos acostumados, sabe? Tiramos muita inspiração da vida noturna, tem uma pegada mais eletrônica e quando se faz as coisas por conta própria acabamos demorando mais mesmo.
Estávamos acostumados a escutarmos suas músicas em inglês e também em alemão. O que levou vocês a não gravarem “Kings of Suburbia” em alemão?
BK: Pareceu mais natural fazermos o álbum todo em apenas uma linguagem. Não gostamos muito do fato de que no último CD fizemos dessa maneira porque meio que fomos obrigados, as pessoas estavam esperando que fosse assim. Não queríamos nos comprometer… Muitas vezes as coisas acabam ficando melhores em uma versão do que em outra e algumas coisas ficam perdidas na tradução e, como eu estava escrevendo as letras em inglês, não quis forçar uma tradução para o alemão.
O novo disco é algo bem diferente do som que os fãs estavam acostumados. O que influenciou essa mudança? O que vocês acharam da reação dos fãs?
Georg Listing: Acho que o que mais influenciou essa mudança foi o tempo, já que tivemos quatro anos para escrever e produzir este álbum, foi um desenvolvimento natural ao nosso estilo. Como só nós conseguíamos ouvir o que estava sendo gravado no estúdio, com certeza foi uma grande surpresa para o público e, enfim, foi mesmo o tempo e o fato de estarmos fazendo tudo nós mesmos, todas as etapas, desde os demos até a finalização do disco e… acho que foi isso.
BK: O mais incrível é que os nossos fãs eles são tão leais e… é muito louco isso, tanta gente que nos acompanha há muito tempo e continuam lá e são muito apaixonados. Pra mim, isso é a coisa mais importante que uma banda pode ter e estamos super felizes que os fãs continuam com a gente por tantos anos, mas ao mesmo tempo também notamos algumas mudanças como, por exemplo, uma presença maior de caras nos nossos shows e como o nosso público foi envelhecendo com o tempo, assim como nós (risos).
Bom… em breve vocês estarão se apresentando aqui no Brasil. Como é estar de volta ao país? Quais são as lembranças de vocês da última passagem por aqui?
BK: É sempre bom pois não vamos praí frequentemente e sabe, quando você vai a algum lugar que não costuma ir tanto você nota bastante a apreciação das pessoas e como elas estão animadas com a música, com os shows e tudo mais, então acho que vai ser bem intenso, nós esperamos um ótimo show com bastante energia. Eu me lembro da última vez, da grande quantidade de fãs que temos, e foi muito bom, então acho que vai ser um ótimo show.
E quais são os planos futuros para a banda? Algo de especial para essa segunda metade de 2015? Já estão pensando em um novo disco, talvez um EP….
BK: Temos tantos projetos, vamos entrar em turnê e acho que são cerca de 50 shows esse ano ainda, então vamos focar bastante na nossa tour e, além disso, pretendemos voltar ao estúdio para conhecer alguns novos produtores e buscar sempre pessoas que possam criar coisas novas com a gente. Já estivemos no estúdio e já temos algumas faixas novas que pretendemos lançar em breve e tem ainda outros projetos. Eu e Tom estamos escrevendo um livro e a ideia é lançar até o fim desse ano.
Como é para a banda tocar em uma turnê na Europa em estádios e depois tocar nos Estados Unidos em lugares menores, com um público menor, isso diferencia na hora da apresentação? É melhor para a banda essa aproximação com menos pessoas, como é pra vocês?
GL: Na verdade começamos esse ano em pequenos clubes na Europa também porque a gente queria, então tipo, nos acostumamos, é algo que a gente queria fazer há um bom tempo, queríamos um momento mais íntimo com os fãs e amamos esse conceito de transformar a casa de show em uma balada, e isso foi possível em casas menores. E então vamos para a América Latina nos apresentar em lugares um pouco maiores e acho que nós conseguimos aproveitar os dois, de verdade, é bem legal.
Vamos para as perguntas que os fãs enviaram pra gente pelo nosso twitter. Começando pela Priscilla Marinho de São Paulo “tem alguma comida ou algum lugar em especial que eles sentem falta agora morando em LA?!”
BK: Com certeza! Acho que a gente sempre sente falta do nosso país, temos lembranças de infância, especialmente bolo e as massas que são tão melhores na Alemanha, que morro de saudade por causa das minhas memórias de infância, então dá pra sentir bastante falta das coisas da Europa e da Alemanha, mas também amamos morar por aqui, principalmente o Sol, gostamos muito de LA.
A Giovana Furtado de Santo André perguntou: “Qual a sensação de saber que fãs tatuam, gravam pra sempre na pele, o trabalho de vocês?” e também quer saber se os fãs inspiram eles de alguma forma.
BK: Eu acho muito legal, com certeza fico muito lisonjeado, digo, não consigo imaginar alguém com uma tatuagem da cara do Georg em algum lugar (risos) mas no geral tipo, eu tenho uma tatuagem da logo da banda também, e acho que foi minha primeira tatuagem de todas, com certeza é um comprometimento, e nós como banda achamos surreal alguém fazer esse tipo de comprometimento pra vida. Uma vez encontrei uma menina em LA que ela curtia todos os meus penteados, então ela tatuava meu rosto com meu cabelo toda vez que eu mudava, ela deve ter uns 8 retratos tatuados no corpo dela, e foi meio louco, mas com certeza fico lisonjeado.
E pra fechar as perguntas dos fãs, a Amanda Silva de Blumenau quer saber: “Em um apocalipse zumbi, que personagem de ação eles gostariam que fizesse parte do grupo de sobreviventes deles?”
BK: Eu amo o homem-aranha, acho que ele é um dos super heróis que tem os poderes mais legais, e eu amo que ele meio que consegue voar, pra mim é incrível. Então qualquer coisa que acontecesse na terra, se tem tipo água ou fogo em todo o lugar, ele pode sempre fugir, então acho que eu seria o homem-aranha.
E para finalizar. Vocês tem algum recado especial para os fãs brasileiros?
BK: Sim! Muito obrigado pelo apoio e pelo amor, conseguimos sentir daqui de longe. Mal podemos esperar para chegar aí e mostrar tudo que temos preparado, trabalhamos muito no nosso show e estamos super felizes por poder finalmente mostrar pra todo mundo, e vai ser muito legal poder agradecemos o amor e o apoio e mal podemos esperar para chegar.
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