No último dia 28 de agosto, o duo Lambada da Serpente, formado por Son Andrade (set de percussão) e Ramiro Galas (tecladeiras), divulgou o EP homônimo de estreia. Os artistas produzem Música Latino-Americana Futurista, como definem.
A Nação da Música conversou com Lambada da Serpente sobre a criação do projeto, o primeiro EP da carreira e também sobre os próximos passos.
Entrevista por Marina Moia.
——————————————— Leia a entrevista na íntegra:
Como nasceu a ideia de formar a Lambada da Serpente?
Son Andrade: A ideia surgiu através de uma demanda quando dois queridos amigos e artistas, Felix Robatto e Layse, estavam vindo para tocar no Festival Convida aqui em Brasília. Eles precisavam de músicos de apoio no qual já tivessem a linguagem e pesquisa. Então, veio esse convite maravilhoso para tocar e produzir esse show, e assim nasceu o Lambada, logo em seguida, pintou outros convites. Ramiro e eu, já nos conhecia da cena musical de Brasília e nos encontramos bem na época, Ramiro falou de ter curtido o som e a ideia, eu já era fã do trabalho que ele fazia como produtor e DJ no Forró RedLight entre outros, e aí o convidei para fazermos o Lambada da Serpente juntos.
O nome Lambada da Serpente tem algum significado especial?
Son Andrade: Ah, ela veio da inspiração da música do Djavan “Lambada De Serpente”. Quando recebi o convite para fazer o primeiro show, estava ouvindo essa música do mestre e se encaixou perfeitamente porque eu precisava colocar um nome para a minha apresentação. Ainda falei com um amigo e ele sugeriu trocar o “De” por “Da” e eu gostei mais ainda. Existe uma magia mesmo com o nome, lambada é um ritmo brasileiro que nasce de colisão emergente de misturas, sempre ouvia quando criança e a serpente é um ser muito forte para a América Latina, para o Brasil, e esse nome veio com uma flecha certeira. Já imaginou umas serpentes dançando lambada? É uma doideira, acho que é isso que tentamos fazer no show, botar todo mundo para dançar sem amarras!
Vocês produzem o que podemos chamar de “Música Latino-Americana Futurista”. Como chegaram a esse conceito? E como o definiriam?
Ramiro Galas: O futuro nasce no presente, assim, nosso futurismo é fruto da busca de uma interpretação contemporânea de tradições musicais populares. No Lambada, juntamos as tradições andinas e brasileiras com um toque de atualização e modernidade, lançando mão das tecnologias atuais de produção musical e da música eletrônica.
O EP “Lambada da Serpente” acaba de chegar às plataformas digitais. Como foi o processo de composição e produção deste trabalho?
Son Andrade: As composições são feitas de forma diversas, como a gente trabalha muito em formato de live PA Eletro/ Orgânico, acabamos gravando muita coisa em casa e mandando um para o outro, e vamos criando em cima, desde recortes de samples ou uma criação de uma melodia ou harmonia no violão, na voz, textos, elementos como sons urbanos de foley que fazemos da cidade e em viagens. A ideia é justamente trabalhar, absorver nossas influências, expor elas, devorar elas, e criar uma identidade que represente quem somos de onde viemos e para onde vamos,
É misturar o de cima com o de baixo e o de baixo com o de cima.
O EP de estreia já nasce com uma mistura de cumbia, carimbó, forró e música eletrônica. Qual foi o maior desafio de unir tantas influências?
Ramiro Galas: O desafio na verdade está em segurar a mão pra não misturar tudo numa música só. Esses gêneros musicais compartilham de forma muito íntima andamento, acentos e figuras rítmicas. Nosso papel é mais pinçar isso com aquilo e compor uma música que aponta um caminho para futuras músicas e futuras misturas.
Quais são os próximos passos depois do lançamento do EP? Pensam em parcerias ou turnês?
Son Andrade: Sim, pensamos em primeiro fazer esse show do EP rodar pelo Brasil, quem sabe fazer uma turnê na América Latina. Mas já temos uma galera com quem estamos trabalhando e construindo umas boas parcerias como Felix Robatto, Felipe Cordeiro, Layse, Muntchako e Esdras Nogueira.
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