Entrevistamos Letdown. sobre “Be Ok”, 1° disco da carreira

Letdown.
Foto: Divulgação

O artista de alt-rock, produtor e multi-instrumentista Blake Coddington, mais conhecido como Letdown., lançou em novembro seu aguardado álbum “Be Ok”, nas plataformas digitais de música. Na última quarta-feira (11), o cantor divulgou uma nova versão do primeiro disco da carreira, “Be Ok (Continued)”.

Com 16 faixas, o disco une elementos do pop-punk, emo e rock, sendo um projeto de confissão sobre temas introspectivos, como depressão, tristeza e autodepreciação. No entanto, Blake afirma que está explorando novas temáticas em suas letras.

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“Acho que estou no fim de escrever sobre meus problemas. Esses últimos três anos foram uma terapia musical emocional. Finalmente estou rindo de algumas coisas pela primeira vez. Este álbum marca minha ascensão da depressão e o início de uma nova fase na minha vida”, comentou o artista em nota.

No início de dezembro, o Nação da Música conversou com Letdown. sobre o novo trabalho, “Be Ok”, as inspirações do cantor e o processo de composição.

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Entrevista por Isabel Bahé

————————————– Leia a entrevista na íntegra:
Primeiramente, eu gostaria de saber como você descreveria seu novo trabalho em comparação com os anteriores.
Letdown.: Eu diria que está um pouco mais refinado do que meu trabalho anterior. Obviamente, foi investido muito mais esforço nele, principalmente porque decidimos que seria um álbum completo. Além disso, acho que há muito mais temas esperançosos agora, em vez de apenas músicas depressivas.

Pouco antes de lançar “Be Ok”, você também lançou “Bad Childhood”, uma canção bem emocional. Como você lida com trazer essas emoções para sua música?
Letdown.: É difícil, sabe? Escrevo sobre situações específicas, então, às vezes, é complicado. As pessoas me perguntam como faço isso, mas não sei ao certo, simplesmente acontece.

Então é um processo de composição?
Letdown.: Acho que sim, mas, honestamente, não tenho um processo fixo. Cada música surge de um jeito diferente. Nunca criei uma música do mesmo modo que criei outra.

Isso soa como algo natural para você.
Letdown.: Sim, parece algo instintivo. Não é algo que planejo. Apenas acontece.

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Ao lançar suas músicas, você se abre para o público, que passa a conhecer suas dores. Você se sente vulnerável com isso?
Letdown.: No começo, sim. Pensava em não falar de certas coisas, mas percebi que abrir-se aos fãs e ser vulnerável cria uma conexão. Muitas pessoas passam por situações parecidas e acabam encontrando conforto nisso.

Você mistura diferentes gêneros como pop-punk, emo e eletrônico. O que te motivou a combinar esses estilos?
Letdown.: Sempre amei música emo e pop cinematográfico. Pensei: “Por que não posso combiná-los?”. Poucas pessoas fazem isso, e é algo que gosto.

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Quais artistas ou bandas te influenciam nesses gêneros?
Letdown.: Panic! at the Disco, Imagine Dragons, AJR e My Chemical Romance foram influências enormes. Também gosto de Paul Simon, embora ultimamente eu não escute muita música.

Você está dando uma pausa na música ou ainda está compondo?
Letdown.: Fiquei alguns meses sem escrever, mas estou voltando agora. Às vezes, precisamos de uma pausa, e acho que isso é normal.

Suas turnês pela América e Europa influenciaram seu trabalho?
Letdown.: Não muito. Minha música é bastante introspectiva, então fatores externos não a afetam muito. Mas adorei conhecer novos lugares, e espero ir à América do Sul em breve.

Quais temas você percebe que se repetem em suas músicas?
Letdown.: Depressão e autodepreciação são temas recorrentes. É difícil escapar disso porque sempre estão presentes.

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Como foi a colaboração com LØLØ em “Be Ok”?
Letdown.: Eu a admirei por um tempo e enviei a música para ela. Ela gostou e gravamos juntos. Quando ouvi sua voz na música, senti que ela estava completa.

A música fala sobre relacionamentos tóxicos. Foi difícil explorar esse tema liricamente?
Letdown.: Sim, relacionamentos tóxicos podem criar um vínculo difícil de romper. Às vezes, você ama a versão de alguém que não existe mais e isso torna tudo confuso.

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Você contou que usa a música como terapia. Como funciona para você?
Letdown.: Não é a música em si, mas o fato de compartilhar minhas falhas e experiências para ajudar outras pessoas. Isso torna o processo terapêutico.

Uma de suas letras fala sobre encontrar alegria nas coisas ruins. O que isso significa para você?
Letdown.: Significa que sempre há algo bom, mesmo nas piores situações. Por exemplo, em uma turnê, nosso ônibus quebrou e ficamos no frio sem nada. Mesmo assim, rimos e jogamos cartas. Focamos no momento e nas pessoas ao nosso redor.

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Que conselho você daria para artistas iniciantes enfrentando desafios como os seus?
Letdown.: Seja honesto com seus fãs e consigo mesmo. Não escreva música apenas para ganhar dinheiro. Seja consistente e trate sua música como algo vivo, algo que precisa de cuidado constante.

Obrigado, Blake! Espero vê-lo no Brasil em breve.
Letdown.: Obrigado! Também espero visitar o Brasil em breve.

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Isabel Bahé
Isabel Bahéhttps://linktr.ee/isabelfbahe
Estudante de jornalismo e bibliófila que respira músicas.