A banda catarinense Fantástico Caramelo lançou neste ano o segundo álbum de estúdio, “Nas Colinas Astrais”. Explorando temas místicos e esotéricos, o novo trabalho mistura influências do rock alternativo, indie pop e psicodelia.
O material é composto por oito faixas, e a identidade visual do disco, assinada pelo artista Grazzus Cunha, é inspirada nos anos 80 e complementa a atmosfera nostálgica do álbum, enquanto canções como “Spaceship” e “Melhor Assim” revelam influências de bandas como Pixies, ABBA e Pink Floyd.
Formada por Nayara Lamego (voz), Henrique Marquez (guitarra), Gabriel Alves (guitarra e synth), Diego Pereira (baixo) e Marcelo Sutil (bateria), a banda ganhou destaque com o disco de estreia “Em Quatro Três Dois” (2021). O Nação da Música conversou com a vocalista Nayara Lamego sobre o disco e a nova fase de Fantástico Caramelo.
————————————– Leia a entrevista na íntegra:
O disco “Nas Colinas Astrais” tem uma vibração bem futurista enquanto evoca a estética dos anos 80. O que inspirou este novo trabalho de vocês?
Nayara: Sempre fomos fascinados pelos anos 80, tanto pela música quanto pela estética, e isso se reflete em “Nas Colinas Astrais”. Queríamos criar algo que soasse futurista, mas com aquela aura nostálgica característica dessa década. As melodias, os synths, tudo foi pensado para capturar essa mistura entre o velho e o novo, criando uma espécie de viagem no tempo, mas com os pés no presente.
Nayara: Esse intervalo entre os discos foi essencial para o nosso crescimento. Passamos por muitas experiências pessoais e musicais que influenciaram nosso som. “Quatro Três Dois” foi um marco, mas com “Nas Colinas Astrais” sentimos que era hora de explorar novas possibilidades. Esse tempo nos permitiu amadurecer e experimentar, resultando em um álbum que é uma evolução natural do nosso trabalho.
Nayara: O processo criativo de “Nas Colinas Astrais” foi muito colaborativo e cheio de experimentação. Muitas das letras nasceram de conversas e improvisos durante os ensaios, e realmente nos permitimos explorar diferentes sons e atmosferas. Queríamos que as letras fossem como pequenas histórias, cheias de metáforas e imagens, para que cada pessoa pudesse interpretar à sua maneira. Foi um processo muito orgânico, e cada faixa tem sua própria personalidade, mas todas estão conectadas por essa busca por algo novo e, ao mesmo tempo, familiar.
Nayara: Estamos sempre criando, então ideias para o próximo disco já estão surgindo, sim. Mas, agora, o foco é “Nas Colinas Astrais”. Estamos muito empolgados com esse lançamento e queremos aproveitar ao máximo essa fase. No entanto, a criatividade na banda não para, e sempre temos algo novo em mente.
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