Entrevistamos Saffira sobre novo single “Danço Só”

saffira
Foto: Heitor Pontes e Pedro Vieira Xavier

No dia 12 de fevereiro, a cantora e compositora Saffira divulgou o novo single da carreira, chamado “Danço Só”, nas plataformas digitais.

A Nação da Música conversou com Saffira sobre o lançamento inédito, a experiência de morar em Nova York sozinha e também sobre os projetos futuros da carreira.

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Entrevista por Marina Moia.

————————————- Leia a íntegra:
No dia 12 de fevereiro, você lançou o single “Danço Só”, canção que exalta a autoestima feminina. O que pode nos contar sobre o processo criativo por trás desta música?
Saffira: A música “Danço Só” nasceu da necessidade de celebrar a liberdade e o poder de me sentir bem comigo mesma. Queria uma música que fosse dançante, envolvente e que transmitisse essa energia de confiança, sem precisar de ninguém para validar quem somos. É sobre se apaixonar sem se anular.

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Algumas referências que usei na música foram a Dua Lipa e a Sabrina Carpenter. A faixa tem algumas batidas, elementos da produção e uma pegada pop moderna com energia nostálgica que remete a Dua Lipa, enquanto a estética do clipe tem uma vibe próxima dos visuais da Sabrina, colorida, com um toque divertido. Queria um mundo surreal, com uma estética forte, bem pensada, rosa, cheio de brilho e bem verão, que elevasse a autoestima das mulheres.

Como foi a experiência de se mudar para Nova York sozinha e como isso impactou sua identidade artística?
Saffira: Mudar de país foi um processo intenso de autoconhecimento porque me tirou da minha zona de conforto de família/amigos e me fez enxergar quem eu era sem as influências do ambiente onde cresci. Essa decisão também teve um impacto gigante no meu processo criativo: foi lá que comecei a compor.

Fui lá pra estudar teatro (ganhei uma bolsa na American Academy of Dramatic Arts) e o processo foi incrível. A cidade respira arte de uma forma única. Em cada esquina, tem alguma coisa acontecendo – um show, uma peça de teatro, uma exposição. Tive a sorte de presenciar apresentações impressionantes, conhecer artistas talentosos de diversas partes do mundo! Essa troca expandiu minha percepção sobre o que significa ser artista. Percebi que não tem um único caminho a seguir, o importante é seguir seu coração e entender o que você quer falar.

Essa fase da minha vida me preparou para tudo que veio depois. NY teve um papel enorme na minha vida enquanto artista.

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Você criou os game-lyrics, unindo música e games de um jeito interativo. Como surgiu essa ideia?
Saffira: Eu sempre tive um contato muito forte com o universo dos games por causa do meu irmão mais velho. Ele era completamente viciado, e eu adorava ficar no quarto dele observando enquanto ele jogava. A gente jogava algumas coisas juntos, tipo Mario Bros., Donkey Kong, Rock Band (eu cantava, meu irmão tocava guitarra e minha irmã bateria, era muito legal!) Mas com o tempo acabei me afastando desse mundo.

Foi o Pedro, meu namorado e diretor artístico do projeto, que reacendeu essa conexão. Ele sempre foi apaixonado por games e teve a ideia do “game-lyric”. Quando ele me apresentou, eu achei genial. Queríamos que as pessoas não só ouvissem as músicas, mas realmente mergulhassem nelas, e começamos a nos perguntar: “Como que podemos transformar isso em uma experiência mais profunda?”

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O que me fascina nos jogos é como eles criam universos próprios e transmitem mensagens poderosas. Incorporar essa estética no meu trabalho foi uma maneira de tornar a experiência musical mais imersiva, interativa e divertida. Além de ajudar as pessoas a memorizar as letras enquanto jogam, conseguimos incluir camadas extras de significado na narrativa visual e temática.

Já promovemos torneios onde pessoas de vários estados vieram competir na fase final e foi emocionante ver como a música e os games têm esse poder de unir as pessoas e criar algo único.

A Super Saffira é uma extensão da sua essência criativa. Como essa persona surgiu e o que ela representa para você?
Saffira: Todos nós temos um herói dentro de nós, uma força poderosa que nos impulsiona a fazer coisas incríveis e a superar desafios. A Super Saffira nasceu como um alter ego que me deu coragem para me lançar como cantora, subir aos palcos e enfrentar tudo o que vem com essa jornada. Vejo ela quase como uma espécie de divindade, um anjo que me guia e me fortalece.

Sempre quis amplificar partes da minha essência que, às vezes, ficam escondidas ou esquecidas e a Super Saffira me permitiu e permite fazer isso. Ela representa a coragem de ser autêntica, de explorar o novo e de se jogar no desconhecido sem medo. Mas ela não é uma super-heroína comum: ela desafia padrões, mistura gêneros musicais, se transforma em diferentes personagens para contar histórias e não se limita a um único papel. Ela é múltipla, livre e inquieta, inspirando a mim e a quem se conecta com essa energia.

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A Arka dos Anjos é um espaço que você fundou para fomentar a arte. Como surgiu esse projeto? Quais são seus objetivos para a Arka dos Anjos no futuro?
Saffira: A Arka dos Anjos nasceu da vontade de criar um espaço onde artistas independentes pudessem se conectar, se apresentar e crescer juntos. Quem trabalha com arte sabe como pode ser desafiador encontrar lugares que realmente acolham novas ideias e talentos, então a nossa proposta sempre foi oferecer esse refúgio criativo — um palco aberto para experimentação, trocas e desenvolvimento.

Além dos shows que organizamos, a gente também traz um olhar filosófico e espiritual para o projeto. Promovemos workshops de yoga, teatro e rodas de conversa sobre temas como comunicação não violenta, sempre com o intuito de estimular o crescimento pessoal e coletivo.

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Outro braço importante da Arka é a Mavi Arts, nossa produtora de audiovisual, onde os artistas podem produzir fotos e vídeos profissionais. Além disso, estamos estruturando o Coletivo Céu Aberto, uma iniciativa para reunir músicos de diferentes estilos e promover colaborações que geralmente não aconteceriam.

Ver a evolução dos artistas que passam pela Arka é o que mais me inspira. Saber que estamos construindo um espaço onde todos — inclusive eu — podem explorar, experimentar e evoluir sem medo, é algo muito especial.
No futuro, queremos que a Arka se torne uma escola de artes e filosofia, um lugar para fazermos shows de artistas, a casa de uma produtora de audiovisual gigante, uma produtora de música, e muito mais.

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Seu primeiro álbum está programado para 2025. O que os fãs podem esperar desse trabalho?
Saffira: 2025 vai ser um ano intenso e cheio de novidades! Meu plano é lançar um novo single com clipe a cada dois meses, mantendo um fluxo contínuo de música e visuais para o público. Além disso, quero estar mais presente nas redes sociais, compartilhando os bastidores do meu processo criativo, minha rotina e preparando o terreno para essa nova fase.

Mas o grande projeto em andamento é o meu álbum, que começa a ganhar forma agora, mas será lançado em 2026. Mais do que um álbum, ele vai ser uma experiência imersiva dentro de um universo que estamos criando. Nele, vou explorar temas como saúde mental, autoconhecimento e os desafios de viver na era digital, trazendo essa reflexão de forma sensível, mas também envolvente e dinâmica.

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Esse projeto vai além da música — quero que as pessoas se sintam parte dessa jornada. Aos poucos, vou introduzir a narrativa do álbum para que os fãs possam acompanhar sua construção e se conectar com a história de maneira profunda.

Mas enquanto o disco não chega, quero ir lançando singles que são músicas num estilo pop eletrônico, sem a necessidade de seguir um conceito fechado.

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Gostaria de deixar um recado aos leitores da Nação da Música?
Saffira: Quero convidar todo mundo a ouvir a minha música “Danço Só”! Essa música fala sobre liberdade, sobre se permitir ser quem você é, sem medo dos olhares ou das expectativas dos outros. Às vezes em qualquer relacionamento, seja romântico ou não, a gente se anula para caber na caixinha do outro, e a “Danço Só” é um convite para não esquecermos da gente, e continuarmos lembrando que dançar só é uma delícia!

Espero que essa faixa traga aquela sensação de confiança e empoderamento pra quem ouvir. Que vocês dancem sozinhos, acompanhados, na pista ou no quarto — o importante é sentir a música e se conectar com ela da sua própria maneira, e se soltar! E me sigam lá no Instagram @supersaffira que vou contar todas as novidades! Um beijo e obrigada, Nação da Música!

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Marina Moia
Marina Moia
Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.