Entrevistamos Thalles sobre novo single “Greater and Stronger Than ‘I Love You’”

thalles
Foto: Cleber de Souza Correa

Nesta quarta-feira (11), o cantor Thalles retorna com lançamentos autorais com o single inédito “Greater and Stronger Than ‘I Love You’”, já disponível nas plataformas digitais.

A faixa é a primeira autoral do músico em quatro anos e tem sonoridade que dá continuidade ao caminho iniciado em “Angustifolia”, de 2021. A produção foi assinada por Matheus ‘Matt’ Brasil, baterista da banda Selvagens à Procura da Lei.

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A Nação da Música conversou com Thalles sobre o retorno aos lançamentos autorais, a dualidade entre compor em inglês e em português e também sobre o que vem no futuro da carreira.

Entrevista por Marina Moia.

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—————————————- Leia a íntegra:
Seu novo single “Greater and Stronger Than ‘I Love You’” marca um novo capítulo na sua jornada artística. O que você pode nos contar sobre essa nova fase da sua carreira musical? Como essa música dá o pontapé inicial?
Thalles: Esse single marca uma transição, principalmente na sonoridade. É o começo da minha vontade de explorar mais o pop, mas sem abandonar a minha essência nem o universo que venho construindo até aqui. Sinto que é um passo além, e é justamente nessa direção que quero mergulhar no próximo álbum. Apesar de o disco ser bilíngue e mais da metade ser em português, quis primeiro começar pela mudança de musicalidade, deixar o idioma vir depois. Uma coisa de cada vez [risos].

Como foi o processo criativo com o músico e produtor Matheus ‘Matt’ Brasil?
Thalles: Eu e o Matt demos match [risos] muito rápido. Ele entendeu exatamente o que eu queria, e o mesmo rolou do meu lado… Os dois falam a mesma língua. Foi uma das músicas mais rápidas que já produzi na vida, deu exatamente um mês entre a primeira mensagem que mandei pra ele e a faixa masterizada pronta. E uma curiosidade é que fizemos tudo à distância, porque ele mora em Fortaleza. O Matt é super sensível, muito talentoso e ainda por cima bem ágil. A gente ficou realmente feliz e orgulhoso com o resultado.

A canção nasceu em inglês, mas você não deixa de lado a emoção e sua origem brasileira. Como equilibra esses dois mundos na sua música?
Thalles: Nesse álbum bilíngue, nunca escolhi o idioma antes de compor. Não é uma decisão racional. A melodia nasce primeiro, e é quase como se a música revelasse o idioma que ela precisa. Com “Greater and Stronger”, foi assim. Eu estava numa exposição no Masp quando vi uma foto gigante de várias fitas cassete com declarações de amor gravadas por casais. Acho esse gesto de dedicar músicas tão bonito, tão íntimo, verdadeiro. E enquanto andava pela exposição, comecei a cantarolar uma melodia… Peguei o celular e gravei ali mesmo. Dali nasceu o refrão: “but sending this love song is greater and stronger than ‘I love you’”. Veio naturalmente, e em inglês. Mais tarde até tentei traduzir para o português, mas a música perdia muita coisa, virava outra.

Você ficou quatro anos sem lançar músicas autorais. Como foi esse período e o que ele te ensinou de mais importante?
Thalles: Parece que foi uma eternidade e, ao mesmo tempo, passou num piscar de olhos, é estranho como o tempo funciona. Nem percebi que Angustifolia já tinha sido lançada há tanto tempo assim. Acho que depois da pandemia minha noção de tempo mudou de vez. Mas mesmo nesse hiato, não deixei de compor. Foram quatro anos muito importantes, principalmente pra minha vida pessoal. Vivi tanta coisa, foi uma verdadeira montanha-russa de sentimentos. E acho que isso é essencial pra qualquer artista; viver coisas novas pra voltar pra arte com outro olhar e trazer novas perguntas e assuntos pra mesa. Meu primeiro álbum, Utopia, acabou se tornando atemporal, de certa forma. As pessoas têm muito carinho por ele até hoje, e ele foi muito longe, especialmente pra um álbum independente. Então também tem essa responsabilidade de entregar algo à altura. Mas não quero repetir o Utopia ou fazer uma versão 2.0. Nesse segundo álbum quero ir além.

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No seu trabalho anterior, você comentou que às vezes era “cruel” consigo mesmo nas letras. Esse novo momento tem a ver com um amadurecimento pessoal? Como isso aparece nas novas composições?
Thalles: Compor música triste é muito mais fácil, rs. Pelo menos pra mim, a necessidade de escrever vem muito mais nesses momentos. Quando a gente tá feliz, quer viver aquilo intensamente, e até esquece de compor. Olhando pra trás, percebo que fui duro comigo mesmo em várias letras. Me cobrava demais, e isso obviamente aparecia nas músicas, nessa autodepreciação. Por outro lado, também vejo beleza nisso! É cru, é puro, é um retrato sincero de quem eu era naquela época. Mas agora quero aprender a cantar também sobre as coisas boas, as alegrias. Elas também merecem virar música e fazer parte dessa espécie de diário que é minha discografia.

O novo álbum já está todo escrito e será lançado ainda neste ano. Pode nos contar o que esperar dele?
Thalles: O próximo álbum vai ser o mais autobiográfico que já fiz. Todas as músicas refletem, de forma muito direta, o que vivi e o que senti. E cantar em português intensifica ainda mais isso, me sinto mais exposto, vulnerável. E acho isso ótimo. Sinto que vai me aproximar ainda mais do meu público. E na sonoridade, quero misturar o pop com o clássico.

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Thalles: Obrigado pelo carinho de sempre e dediquem Greater and Stronger Than “I Love You” pra quem vocês amam!

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Marina Moia
Marina Moia
Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.