Entrevistamos The Main Squeeze sobre a vinda ao Brasil e o álbum “Panorama”

Main Squeeze
Divulgação

Para muitos artistas, vir ao Brasil é um momento muito importante na carreira. Em meio à fama internacional da enxurrada de comentários “please, come to Brazil” espalhados pela internet, o entusiasmo com que o público brasileiro consome e engaja a obra dos mais diversos artistas a ponto de se deslocar de um estado para o outro foi um dos principais motivos que encantaram os caras do The Main Squeeze.

Vindo pela primeira vez ao Brasil, a banda se apresenta no Bourbon Street Music Club, em São Paulo, nesta sexta-feira (13), e no Bourbon Festival Paraty, no Rio de Janeiro, no sábado (14) e domingo (15). Além de trazer alguns dos maiores sucessos de seus mais de 10 anos de carreira, o The Main Squeeze fará um repertório que contemple “Panorama”, disco lançado em janeiro deste ano e que mostra um novo lado do grupo, com a alquimia perfeita entre elementos do rock, groove e psicodelia.

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A Nação da Música conversou com Corey Frye, Reuben Gingrich e Rob Walker sobre as impressões da primeira vinda ao Brasil, bastidores do álbum “Panorama” e spoilers sobre o que podemos esperar dos shows do Main Squeeze em São Paulo e Paraty.

Entrevista por Natália Barão
————————————– Leia a entrevista na íntegra:
Oi, pessoal! Como vocês estão?
Rob Walker: Tudo ótimo!
Reuben Gingrich: Tudo bem!.
Corey Frye: Sem reclamações, é bom estar aqui!

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Estão gostando de São Paulo?
Corey Frye: Sim, muito!
Rob Walker: Com certeza!
Reuben Gingrich: Boa comida, boa música…
Corey Frye: Pessoas lindas, todas elas!

Eu ia perguntar justamente do que vocês estão mais gostando por aqui?
Corey Frye: De tudo! Estou gostando da comida, do clima, mas eu moro em Vegas, então… (risos).
Rob Walker: Com certeza, estamos dando check em tudo.
Corey Frye: É tudo ótimo, muito bom!

Essa é a primeira vez do The Main Squeeze aqui no Brasil. Então, antes de tudo, como vocês estão se sentindo por estar aqui para fazer um show?
Reuben Gingrich: Hmm, estamos com um pouco de jet lag, mas estamos prontos. Vai ser divertido! E já está esgotado, o que é incrível. É maravilhoso ter um show esgotado e a recepção vai ser incrível.
Rob Walker: Sim, esperamos por isso há muito tempo, e foi uma bênção as pessoas daqui insistirem para que a gente viesse e fizesse acontecer. Então, é bom estar aqui.
Corey Frye: Sim, estamos bem empolgados pra mostrar o nosso talento, curtir e nos conectar com o pessoal.

Agora sejam honestos: vocês caíram no nosso charme do “please come to Brazil”?
Corey Frye: Sim! (risos).
Rob Walker: Sim, com certeza! (risos).
Corey Frye: Isso sempre aparece nos comentários de todos os nossos vídeos. A gente ficava tipo “cara, temos que fazer isso acontecer em algum momento”. Então, um salve para toda a equipe do Bourbon Street por nos trazer aqui, já estava mais do que na hora do Squeeze vir ao Brasil!

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Vocês têm um relacionamento especial com os fãs brasileiros?
Corey Frye: Ainda não, porque ainda não os conhecemos. Mas estamos ansiosos para construir uma relação com eles.
Reuben Gingrich: Uma relação além do online. 

Vocês estão planejando encontrá-los ou só no show?
Corey Frye: Bem, vamos tocar em Paraty neste fim de semana, então esperamos curtir com o pessoal que vai vir de São Paulo. Depois dos shows, sempre fazemos questão de cumprimentar todo mundo, e não vai ser diferente aqui; para nós é uma forma de mostrar gratidão. Normalmente, os fãs vão até o merch, a gente conversa, dá autógrafos… então esperamos fazer isso no Bourbon Street, como fazemos em todo show.

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Não sabia que vocês iam tocar em Paraty!
Corey Frye: Sim, em Paraty no sábado e domingo. E no Bourbon Street na sexta à noite.
Rob Walker: Você vai?

Vou tentar!
Corey Frye: Você devia! Está esgotado, mas conhecemos umas pessoas… (risos).

Vou perguntar isso de novo no final da entrevista! (risos). E vi que hoje cedo vocês tocaram com alguns músicos brasileiros, certo? Vocês conhecem algo sobre a música brasileira?
Rob Walker: Foi nossa primeira introdução. O Léo, que está ajudando a organizar essa semana, trouxe uma galera incrível para tocar com a gente. Foi incrível experimentar a cultura deles e misturar com a nossa, criando um som lindo.

Mas então antes de hoje, vocês não conheciam nenhum artista brasileiro?
Reuben Gingrich: Eu já tinha ouvido um pouco…
Corey Frye: Nada muito formal. Temos uns amigos em LA que são daqui, mas fora isso, é nossa primeira vez imersos na cultura, tocando com músicos locais. Todo mundo é super talentoso, ontem fomos a uns shows e conhecemos gente incrível que realmente se importa com a arte. É um sopro de ar fresco.

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Tenho certeza que vocês ainda vão descobrir bastante sobre a nossa cultura musical!
Corey Frye: Sim, com certeza tem muito para explorar.

Se eu puder recomendar algo, acho que vocês podem gostar de Gilberto Gil, que é um dos nossos principais artistas, e uma banda chamada Barão Vermelho… acho que talvez vocês gostem, baseado no que ouvi de vocês.
Rob Walker: Legal!
Corey Frye: Depois anote esses nomes pra gente.

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Vou anotar! Agora voltado ao show, ele vai promover o último álbum de vocês, “Panorama”, lançado em janeiro. Eu li em algum lugar que esse é o álbum mais ambicioso de vocês até agora. Gostaria de saber o que tem de mais ambicioso nele e como está a recepção do público nesses quase seis meses do disco.
Rob Walker: Boa pergunta.
Corey Frye: O que você acha, Rob?
Rob Walker: Eu concordo, foi ambicioso entrar nesse estilo e fazer um projeto coeso assim, mas acho que foi ótimo. Terminamos uma turnê de dois meses e meio nos EUA, e o público adorou. Foi muito bem recebido.
Corey Frye: Estamos tentando achar o equilíbrio entre o que queremos e o que nos faz felizes; aos poucos estamos chegando lá. O Rob produziu bastante esse álbum — que é o nosso sexto disco — e mesmo sempre trabalhando juntos, queríamos melhorar e crescer. “Panorama” foi um reset, um reconectar com as emoções. Tem mais baladas comparado aos anteriores, o que nos deixou mais vulneráveis e permitiu que mais gente se conectasse. Foi um trabalho duro — chegamos a descartar 30, 40 ideias antes de chegar no resultado final.

Escutando o álbum, dá pra sentir influências psicodélicas e uma energia mais imagética, como se fosse a trilha sonora de um sonho, talvez pela mistura de guitarras e sintetizadores — o que eu adorei. Que mensagem vocês queriam passar com esse álbum?
Corey Frye: Acho que a coesão foi o mais importante. Não é uma mensagem específica, mas sim: “aqui estamos nós, é isso que estamos fazendo, é onde estamos agora; se quiser vir com a gente, é essa a vibe.”
Rob Walker: Tivemos tempo para trabalhar com calma nesse projeto, deixar a música falar por si. Lançamos um vídeo no YouTube em setembro, e ninguém sabia o que estávamos preparando, então foi legal ver a surpresa das pessoas quando o álbum saiu.

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E quanto tempo levou o processo de composição?
Rob Walker: Uns dois anos, pensando desde o primeiro single até “Forever Feel”, e depois o lançamento do disco em setembro.
Corey Frye: Soltamos um vídeo ao vivo com oito músicas do álbum, o que ajudou a preparar o público. Queríamos que soasse psicodélico, mas também groove, algo que fizesse você sentir algo.

Sim, entendo! Quando eu ouvi, lembrei muito do som do Tame Impala.
Corey Frye: Exato! É como um Tame Impala mais agressivo, era isso que estávamos querendo.

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E Rob, você tinha mencionado “Forever Feel”, é minha favorita do álbum!
Rob Walker: Eu sabia! Vi no seu olhar (risos).

Jura? Tem tipo um “Forever Feel” aqui nos meus olhos? (risos).
Corey Frye: Exatamente! (risos).

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Adorei! E tem alguma música do “Panorama” que vocês estão mais animados pra tocar nos shows aqui?
Reuben Gingrich: Ainda não sabemos quais músicas desse álbum vamos tocar.
Rob Walker: Ainda estamos meio que montando a setlist…
Corey Frye: Eu sou suspeito pra falar. Gosto de “Acid Blues”, porque é bem a minha praia: acho divertida, todo mundo pode se soltar um pouco. Mas eu amo todas, são músicas bem divertidas de tocar. E a gente tem outras coisas também pra dar uma agitada. Então estou bem animado pra todo mundo ouvir, mas nada em específico.
Reuben Gingrich: Talvez a gente precise colocar mais umas no set. Em muitas dessas entrevistas, estamos vendo que o pessoal está ouvindo bastante o “Panorama”, mas também querem coisas dos álbuns antigos.
Corey Frye: É engraçado porque eu sempre penso tipo, se a Beyoncé viesse pra São Paulo, ela não ia ficar só nas músicas antigas; ela ia mostrar o que está fazendo agora. Então, pra mim, é tipo: “sim, vamos tocar umas antigas, mas provavelmente vou insistir no que temos de novo”.
Reuben Gingrich: É realmente uma bênção ouvir como Panorama foi bem recebido aqui. A gente meio que sabia, mas também meio que não, porque o Brasil é um país que a gente queria vir há quase uma década. Eles se apaixonaram por tudo que a gente lançou no YouTube, muitas das nossas músicas antigas e covers, mas ouvir vocês falarem que o “Panorama” cumpriu com o que deveria, é muito bom. 

Que bom ouvir isso! E pra encerrar, o que podemos esperar do show aqui em São Paulo?
Reuben Gingrich: Vai ser insano!
Rob Walker: Temos muita energia acumulada.
Corey Frye: Vai ser algo para o corpo e a mente.

E será que vocês podem me dar algum spoiler das músicas antigas?
Corey Frye: Vamos pegar algumas das nossas coisas favoritas do YouTube e que as pessoas sempre pediram. Vai ter muita coisa do “Panorama”, que é onde estamos agora, mas vamos tentar trazer um pouco de tudo, do jeito que nós gostamos. Não vamos decepcionar vocês, e se faltar alguma coisa, voltamos ano que vem!

Torcendo por isso! Pessoal, muito obrigado pela nossa conversa. Adorei falar com vocês!
Corey Frye: Obrigado você, Natália!
Reuben Gingrich: Obrigado!
Rob Walker: Obrigado, foi ótimo falar com você!

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Natália Barão
Natália Barão
Jornalista, apaixonada por música, escorpiana, meio bossa nova e rock'n'roll com aquele je ne sais quoi