Entrevistamos Vicka sobre “Passageiro”, novo álbum e mais

vicka
Foto: Divulgação

No último dia 16 de maio, a cantora e compositora Vicka divulgou o single “Passageiro”, uma colaboração com a artista Roberta Campos. A canção é segunda faixa revelada do próximo álbum da paranaense, “Entre a Calma e a Loucura”, previsto para ser lançado ainda este ano. Já o videoclipe da faixa chegou ao Youtube na quinta (22).

A Nação da Música conversou com Vicka sobre como foi colaborar com Roberta Campos na faixa, o que podemos esperar do álbum como um todo e também sobre sua carreira independente.

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Entrevista por Marina Moia.

—————————————– Leia a íntegra:
Como nasceu a ideia de “Passageiro”? O que te inspirou a falar sobre transitoriedade?
Vicka: A ideia de “Passageiro” nasceu durante uma viagem de avião. Enquanto observava as nuvens pela janela, comecei a refletir sobre o que me esperava no destino, sobre tudo o que estava deixando para trás — e, naquele silêncio entre o céu e a terra, surgiram as primeiras notas do refrão. As palavras começaram a se encaixar naturalmente, como se já estivessem ali dentro de mim, esperando para serem ditas. Me senti como uma passageira não só naquele voo, mas na vida. E isso me levou à pergunta: o que é, afinal, o nosso lar? Onde está esse lugar de pertencimento? Acredito que estamos em constante movimento, e que a vida é essa travessia que nos convida a nos reconectar com quem realmente somos.

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Como surgiu esse encontro musical com Roberta Campos? Como foi o processo criativo do dueto?
Vicka: A Roberta sempre foi uma grande inspiração para mim, desde os tempos em que comecei a tocar e cantar. Já tinha assistido a alguns shows dela e trocado algumas palavras nos bastidores. Quando compus a ideia inicial de “Passageiro”, a voz dela imediatamente veio na minha cabeça — fazia todo o sentido. Então mandei uma mensagem pelo WhatsApp contando sobre a música, e, para minha alegria, ela topou na hora. Começamos a escrever juntas, à distância, trocando ideias e melodias, e foi um processo leve, bonito e muito verdadeiro. Ter a Roberta dividindo essa canção comigo é um presente enorme.

“Passageiro” é a segunda faixa revelada do seu novo álbum. O que podemos esperar das próximas músicas e do trabalho como um todo?
Vicka: O álbum se chama “Entre a Calma e a Loucura”, e ele traduz exatamente esse contraste que habita em mim e, acredito, em todos nós. Algumas faixas mergulham em uma atmosfera mais introspectiva, com arranjos folk e letras existenciais. Outras exploram uma sonoridade mais crua, intensa, abordando temas como ansiedade, caos urbano e conflitos internos. É um trabalho que transita entre força e vulnerabilidade, entre o silêncio e o grito. Cada canção carrega uma identidade própria, mas todas se conectam nessa busca por sentido no meio do turbilhão.

Tem alguma faixa do novo álbum que você sente ser mais desafiadora — emocionalmente ou tecnicamente?
Vicka: Com certeza. A música “Alerta Vermelho”, por exemplo, me exigiu bastante vocalmente. Tive que explorar uma interpretação mais intensa, com exageros propositalmente colocados para transmitir a urgência e o desespero da letra. Já “Tão Só” foi um desafio emocional. Cada palavra precisou ser sentida antes de ser cantada — foi um mergulho profundo na solidão, e isso mexeu muito comigo. E também teve “Começar de Novo”, que, como o nome já sugere, passou por várias versões até encontrarmos o caminho certo. Foi um exercício de paciência e entrega.

Depois de experiências com gravadoras, agora você segue de forma independente. O que mudou nesse processo?
Vicka: Seguir de forma independente foi uma escolha consciente depois de tudo o que aprendi ao longo da minha trajetória. Estar em uma gravadora me deu uma visão ampla do mercado, me ensinou sobre cada etapa do processo — desde o registro de uma música até o planejamento de marketing, distribuição e arrecadação de direitos autorais. Hoje, entendo que ser artista independente é, acima de tudo, ser gestora da própria carreira. É desafiador, mas também extremamente libertador. E o mais bonito é que, ao longo do caminho, conheci profissionais incríveis que continuam ao meu lado, tornando tudo isso possível.

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Gostaria de deixar um recado aos leitores da Nação da Música?
Vicka: Quero agradecer de coração a todos que estão acompanhando meu trabalho e que se permitem sentir através da música. “Passageiro” é um convite para refletirmos sobre o tempo, sobre os lugares que habitamos e sobre a impermanência da vida. Talvez o lar não seja um lugar fixo, mas um instante de conexão. Que a gente nunca esqueça de estar presente nesses momentos — porque, no fim, todos somos passageiros.

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Marina Moia
Marina Moia
Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.