Entrevistamos Gustavito sobre novo álbum, projetos futuros e festivais

gustavito
Foto: Giulianne Martins

Em janeiro, Gustavito divulgou mais um single da carreira, “Ela Vem Pra Dançar”, que antecipa a chegada do seu novo álbum, pela Aurita Records. O músico de Minas Gerais já acumula 12 anos de carreira e leva o ritmo brasileiro não só pelos diversos estados de nosso país, como também para o exterior, tendo se apresentado em festivais internacionais.

A Nação da Música entrevistou Gustavito sobre os lançamentos mais recentes da carreira, o disco que está por vir, a experiência na estrada internacional e também sobre o que mais podemos esperar de seus projetos em 2025.

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Entrevista por Marina Moia.

———————————————- Leia a íntegra:
Em “E Se Vier” e “Ela Vem Pra Dançar”, você contou com participações de artistas como Tainá, Ceumar e Nô Stopa. Como essas colaborações aconteceram e o que essas parcerias significam para você?
Gustavito: Colaborar com cantoras tão incríveis de diferentes gerações e regiões é uma honra e alegria muito grande. Sempre gostei artisticamente de contar com vozes femininas em meus álbuns, e esse foi abrilhantado não só pelas participações incríveis que você citou, de Tainá, Ceumar e Nô Stopa, mas também de Juliana Linhares, que divide a interpretação do single “Saudade”, que também está no ar!

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Ambas as músicas foram compostas em parceria com Camila Borenstein. Como funciona o processo de composição entre vocês?
Gustavito: Eu sempre gostei de compor em parceria e quando estou próximo a alguém, seja numa relação romântica ou de amizade, costumo compor músicas até mesmo de brincadeira algumas vezes. Tenho vários parceiros que são também artistas profissionais e cantores, mas também tenho o hábito de compor com pessoas que nunca haviam feito isso antes. Assim foi com a minha ex-namorada. Camila e eu fomos companheiros durante 3 anos e criamos 3 músicas que estão presentes no álbum. 2 delas foram feitas para presentear amigos em ocasiões especiais, e apesar de terem sido feitas despretensiosamente ficaram tão fortes que não pude deixar de incluir no meu repertório de shows e agora no álbum.

“Ela Vem Pra Dançar” celebra ritmos brasileiros como forró, maracatu e xaxado, enquanto “E Se Vier” tem uma abordagem mais delicada. Como você equilibra essas diferentes influências musicais no seu trabalho?
Gustavito: Eu acredito na música universal, não gosto de me limitar com rótulos. Aprecio músicas dos mais variados estilos e gêneros e quando estou compondo também gosto de estar livre para explorar caminhos estéticos variados. A cultura popular brasileira sem dúvida é a minha maior influência pois está presente em minha vivência musical como uma paixão desde o início, em variadas vertentes. Especialmente nesse álbum decidi apresentar o forró em 3 faixas gravadas em estilo clássico com músicos incríveis com destaque nesse caso para o sanfoneiro Cosme Vieira, que trouxe um refinamento pras faixas que remetem aos clássicos da MPB.

Você já se apresentou em festivais como Sunfest no Canadá e Medicine Festival no Reino Unido, entre muitos outros. Como essas experiências no exterior influenciaram sua música e sua visão artística?
Gustavito: Essas experiências vêm enriquecendo minha visão de mundo e isso reverbera muito na minha obra. Ao mesmo tempo que nesses festivais pude ter contato com músicos de diversas partes do mundo que ampliaram minha visão sobre formas de fazer musical, também reafirmei muito minhas raízes brasileiras ao sentir como é valorizada a grandeza da nossa arte lá fora, muitas vezes nem tão valorizada aqui dentro. Tocar nesses festivais me trouxe experiência para lidar com diferentes públicos no momento do palco, me comunicar em outras línguas e sobretudo reafirmar minha visão sobre o poder universal da música que é capaz de tocar pessoas das mais diversas e que possam ter tido ou não contato prévio com meu trabalho ou com a música brasileira.

Os singles recentes antecipam o lançamento de um novo disco. O que podemos esperar deste álbum em termos de temática e sonoridade?
Gustavito: Este álbum trata sobre afetos. Todas as canções tem o amor como tema principal, seja o amor romântico ou entre amigos e até filhos. Mas em geral são temáticas bem pessoais que remetem a relações e como viver é se relacionar muitas das experiências pessoais podem reverberar na história de cada um. As canções trazem diferentes pontos de vista sobre o amor: a paixão inicial, o pedido de namoro, a homenagem aos amigos, ao filho que está chegando, e até ao término e à saudade de quem está longe de quem ama. Em termos de sonoridade o álbum está impecável. O Cesar Lacerda e o Fabio Pinc já trabalham juntos há um tempo, então a sintonia deles na hora de criar os arranjos é incrível. Contamos com 3 músicos de apoio: Fábio Sá (Baixo e Esraj), Jota Erre (percussão), e Cosme Vieira (Acordeon), que gravaram as bases junto comigo ao violão. Depois entraram alguns arranjos de cordas maravilhosos do Felipe Ventura. Esse é o meu oitavo álbum solo e sem dúvidas é o mais bem produzido de todos, com a sonoridade mais bem trabalhada que já alcancei nesses 13 anos de carreira.

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Após 12 anos de carreira, o que continua te motivando a criar e se reinventar musicalmente?
Gustavito: A música é minha deusa. Eu respiro música todos os dias de minha vida e tenho uma satisfação máxima a cada vez que tenho a oportunidade de compartilhar a música que me atravessa com as outras pessoas, seja em shows, gravações e conteúdos diversos ou mesmo no dia a dia. Eu me considero um eterno estudante e pesquisador e sempre sinto motivação por conhecer novos sons, novas culturas e aprender novos ritmos e canções e formas de fazer música. Reunir todo esse aprendizado e transformar em canções é meu ofício constante e acrescentar letras que carreguem poéticas alinhadas com cosmovisões que prezam pela conexão com a natureza e a cura de todas as relações.

Além do novo disco, você tem outros projetos ou colaborações já planejados para 2025?
Gustavito: Em 2025 além do meu novo álbum estou preparando colaborações com outros artistas parceiros como o segundo trabalho do trio O Destino do Clã, onde atuo em parceria com outros dois cantautores: Luizga e Nanan. Também preparo colaborações com outras cantoras mas ainda não posso revelar. Fora os lançamentos continuo me apresentando em festivais e eventos ao redor do mundo com passagem confirmada por pelo menos 3 países ainda esse ano fora o Brasil.

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Gostaria de deixar um recado aos leitores da Nação da Música?
Gustavito: A música liberta. Desejo que se você parar um dia para ouvir minhas canções, que elas possam te fazer bem, fazer seus dias mais leves e quem sabe apontar sua visão em direção a soluções positivas e criativas pra si mesmo.

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Marina Moia
Marina Moia
Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.