A banda canadense Mother Mother foi uma das atrações do Palco Budweiser na sexta-feira (24), primeiro dia do Lollapalooza Brasil 2023. O grupo de indie rock conhecido por sucessos como “Body of Years”, “Hayloft” e “Verbatim”, foi escalado para substituir de última hora o cancelamento da dupla 100 Gecs.
A Nação da Música conversou com os membros do Mother Mother para saber as expectativas de tocar no Brasil pela primeira vez, em meio ao contexto pós-pandemia que difere o momento em que o último álbum “Inside” (2021) foi lançado, e como eles enxergam a viralização de músicas mais antigas no TikTok.
Entrevista por Natália Barão
————————————– Leia a entrevista na íntegra:
Olá, pessoal! Prazer em conhecê-los!
Ryan Guldemond: Prazer em conhecê-la! Como você está?
Estou bem, obrigada! E vocês?
Ryan Guldemond: Estamos bem também!
Jasmin Parkin: Olá, eu sou a Jasmin!
Olá, tudo bem? Meu nome é Natália e eu vou fazer algumas perguntas pra vocês antes do show. Vocês vão tocar hoje no primeiro dia do Lollapalooza, que é um dos festivais mais queridos daqui do Brasil. Como vocês estão se sentindo? É a primeira vez de vocês aqui no nosso país, certo?
Ryan Guldemond: Hoje é um dia muito especial pra nós. Esperamos muitos nos pra poder vir pra cá e nos conectar com os nossos fãs brasileiros, então estamos muito animados.
Eu vi que há alguns dias atrás no Lollapalooza Argrntina vocês fizeram um cover de “Creep”, do Radiohead (e que pessoalmente eu gosto muito dessa música). E eu gostaria de saber se podemos esperar isso hoje também, ou ainda algum outro cover?
Ryan Guldemond: A Molly, minha irmã, canta “Creep” muito bem, e ela vai fazer isso de novo hoje.
E talvez algum outro cover?
Ryan Guldemond: Não, vamos tocar o mesmo setlist da Argentina.
Jasmin Parkin: Mas vamos tocar 15 minutos a mais!
Ryan Guldemond: Isso.
Então pontos pro Brasil? (risos)
Ryan Guldemond: Sim (risos), um pouco a mais pro Brasil porque amamos muito vocês.
Ainda sobre covers, eu vi que em dezembro vocês lançaram um pequeno projeto de Natal, com uma música original e um cover de “Have Yourself a Merry Little Christmas”, que tem uma vibe mais dark, bem característica do som de vocês e ao mesmo tempo do Radiohead, pelo menos pra mim. Essa é a vibe que podemos esperar das próximas músicas que vocês vão lançar?
Ryan Guldemond: Sim, nós adoramos brincar com o claro e o escuro, os opostos, o paradoxo, porque a vida é um paradoxo. Nós vivemos pra morrer, então gostamos de celebrar isso o máximo possível nas nossas músicas, esse yin-yang.
Interessante. E mesmo o último álbum de vocês “Inside” tendo sido lançado há quase 2 anos atrás, durante a pandemia de COVID-19, essa também foi a época em que músicas mais antigas de vocês viralizaram no TikTok. Como é pra vocês alcançar essa nova geração por meio de um aplicativo que é usado por muitos artistas como uma forma de lançar músicas, e ainda de moldá-las?
Ryan Guldemond: Primeiramente, somos muito gratos ao TikTok e a esses novos fãs por nos acolher. Mudou nossas vidas, mudou nossa carreira, abriu um mundo pra nós e nos fez pessoas melhores, porque esses fãs mais jovens são muito amorosos e corajosos de serem quem são. Nós passamos muito tempo com eles agora, ao redor do mundo todo. A cada show nós saímos mudados pelo quão linda é a humanidade deles. Então somos muitos gratos a eles por terem nos achado e nos acolhido. E acho que o TikTok está mudando a indústria musical por impulsionar as pessoas empreendedoras, permitindo os fãs decidirem aquilo que gostam porque gostam, não porque lhes disseram pra gostar ou porque estão sendo vendidos a algo; eles estão descobrindo sozinhos, e esse empoderamento da audiência empodera o artista.
Vocês estão por dentro de alguma trend?
Ryan Guldemond: Bem, nós ainda estamos tentando aprender sobre o TikTok, ainda é muito novo pra nós, mas sabe como é, nós nos jogamos nas trends alternativas. Sempre que tem uma trend com o Mother Mother nós agradecemos muito.
Qual mensagem vocês gostariam de mandar pros fãs brasileiros que vieram ver vocês hoje?
Ryan Guldemond: Obrigado! Obrigado por nos dar uma razão para estar aqui. Se não fossem os stream dos brasileiros no Spotify, não teríamos sido convidados pra tocar no Lollapalooza, então é tudo sobre os nosso fãs, agradecer e nós estamos muito felizes por finalmente poder encontrar vocês pessoalmente.
Ok, muito obrigada então pela nossa conversa e bom show!
Ryan Guldemond: Obrigado!
Jasmin Parkin: Obrigada você!
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