Entrevistamos Tássia Reis sobre Lollapalooza Brasil e novo álbum

Tássia Reis
Foto: Lucas Silvestre

Tássia Reis foi uma das primeiras atrações a se apresentar no início da tarde de sábado (25), no Lollapalooza Brasil 2023, trazendo para o Palco Budweiser a mistura única de diferentes estilos musicais que caracteriza seu som.

A Nação da Música conversou com a cantora sobre o show realizado no festival, a parceria com Jonathan Ferr na música “Gota” e novidades sobre seu quinto álbum de carreira, que deverá ser lançado em breve e terá o samba como grande pilar.

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Entrevista por Natália Barão
————————————– Leia a entrevista na íntegra:
Tássia, você acabou de fazer um show aqui no Lollapalooza, como você está se sentindo?
Tássia Reis: Tô me sentindo incrível! Estou muito feliz de ter realizado esse show celebrando meus 10 anos de carreira, 10 anos de “Meu Rap Jazz”, meu primeiro single lançado, e aqui no Lolla que também celebra 10 anos, a Ludmilla também… muita coincidência, né? E poder coroar isso com um show dessa magnitude foi muito especial pra mim. Eu gosto muito de fazer festival e foi muito especial pensar em cada detalhe, como festival geralmente é pouco tempo, a gente fez um batidão, mas deu tudo certo! Foi incrível, a galera vibrou, eu vibrei, a energia tava muito incrível no palco, tava surreal, e eu tô saindo com a sensação de dever cumprido.

E no palco principal ainda!
Tássia Reis: Pois é, né, muito chique! Eu acho importante, acho que eu mereço, honestamente acho que eu já podia ter tocado nesse festival, com toda a certeza, mas como diz a Beyoncé, “nunca é tarde” (risos). Eu sou grata pelo olhar da curadoria que enxergou em mim esse potencial, espero que a galera tenha curtido; quem eu encontrei falou que gostou, da galera da produção e tals, o público. Então eu tô bem feliz.

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Eu consegui pegar o finzinho do seu show, e eu ouvi que você falou que já tem o seu quinto álbum pronto! O que você pode adiantar sobre esse próximo trabalho?
Tássia Reis: Eu misturo coisa que eu já faço, pencas coisas, sonoramente falando, que é a minha identidade, minha versatilidade. Então eu vou misturar, mas dessa vez acho que eu quero fazer uma coisa mais… quer dizer, não é dessa vez, é uma continuidade de tudo. Vai ter um pilar específico esse trabalho. Não sei se eu revelo já (risos). Não, tô brincando (risos).

(risos) Uma palhinha!
Tássia Reis: O pilar é samba, só que assim, eu vou dar uma misturada doida. Perdão aí, gente! Eu vou fazer os sambas clássicos, mas também vou misturar, que é meu jeito de usar minhas referências e tudo mais, então estou sendo ousada. Eu demorei muito pra fazer isso, porque na verdade eu fiz isso de relance assim com “Se Avexe Não”, depois fiz isso com “Rude” agora, que tem percussão de bateria, de escola de samba, estou fazendo um show cantando Alcione, que fez 50 anos de carreira no ano passado. 50 anos de carreira! Isso tem que ser celebrado! Também fiz esse show onde a gente mistura bastante, mas também faz algumas coisas mais originais, deixando do meu jeito. E é isso, acho que essa veia veio pulsando desde que eu fiz na verdade o especial “Versões” no Multishow/BIS cantando Alcione em 2021, isso entrou na minha mente de um jeito; acho que até antes, mas despontuou, tipo assim “gata, e aí? bora?”. Aí fui convidada a fazer o show em 2022, e aí agora também é isso, minha cabeça explodiu tudo (risos).

E a Marrom, especificamente, que você comentou do show que você tá fazendo dela, em alguns Sescs inclusive que eu vi. Tendo em vista esses 50 anos de carreira, o que ela significa pra você? Como referência, como artista…
Tássia Reis: A Marrom é uma das minhas maiores referências, ela é uma artista à frente do tempo dela, de uma voz incomparável, se você ouve os discos dela, é bizarro o que ela faz. Ela ainda toca instrumentos, na verdade ela canta como se tocasse o instrumento ao mesmo tempo, por isso o samba e o jazz, que todo mundo brinca também, e pra mim ela é a maior. Eu falei pra ela no mês passado “pra mim você é a maior! você e a Beyoncé”, aí ela falou “ai, por que todo mundo me associa com essa tal de Beyoncé?” (risos). E eu falei “sim, mas você primeiro! eu acho que a Beyoncé gosta de você!”, e ela falou “com certeza!”. Óbvio, até o Axl Rose gosta de Alcione, quem não gosta?

Exatamente! Eu vi que no começo desse ano você colaborou com o Jonathan Ferr na faixa “Gota”, do álbum dele “Liberdade”. Como foi essa parceria?
Tássia Reis: Eu amo o Jonathan! A gente se conhece há muito tempo, demorou pra gente fazer um som junto, mas ao mesmo tempo eu acho que não demorou porque a gente fez um som que a gente gosta muito, e acho que a gente pode fazer mais sons. Mas “Gota” foi muito gostoso!  Tem uma vibe, ao mesmo tempo que tem aquele beat num bep que é corrido, a melodia traz pra trás e relaxa. Então pra mim é uma honra, eu adoro o Jonathan, ele também é um artista que tá aí ascendendo, incrível, torço muito pelo trabalho dele (beijo, Jonathan!). Ah, e a gente vai tocar no mesmo festival em Berlim, vai ser bem legal! Não sei se é o mesmo dia, mas é o mesmo festival.

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Bom, acho que vou ter que encerrar a nossa conversa, mas muito obrigada pelo seu tempo, Tássia!
Tássia Reis: Obrigada você!

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Natália Barão
Natália Barão
Jornalista, apaixonada por música, escorpiana, meio bossa nova e rock'n'roll com aquele je ne sais quoi