Exclusivo: Entrevistamos o duo Oceana sobre estreia na música com o single “Vem Cá”

oceana
Créditos: Beatriz Metidieri

O meio musical é marcado pelos mais diversos encontros, que acontecem tanto entre os próprios artistas, quanto com o público. E, quando Ana Rafaela e Cedric Lucci tiveram seu primeiro encontro – que pode ser definido pela frase “o acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído”, que eternizou a música “Epitáfio”, dos Titãs – mal imaginavam todas as mudanças que aconteceriam em suas vidas.

O que começou como uma amizade instantânea, desencadeou uma conexão profunda não apenas por conta de visões de mundo e vivências comuns na música, mas também a nível astrológico (já que os dois compartilham do fato de serem signos de Água: Ana de Câncer, e Ced de Peixes). E assim nasceu o duo Oceana.

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Apesar de terem dado início aos trabalhos de divulgação do duo há algumas semanas, o Oceana fará sua estreia musical na madrugada desta terça-feira (28) com o lançamento do single “Vem Cá”, que combina a alta carga sentimental de Ana e Ced a uma mistura contagiante de diferentes ritmos musicais. O lançamento é feito pela BMGV MUSIC, e contou com a produção de Tomás Tróia.

A Nação da Música conversou com exclusividade com Ana Rafaela e Cedric Lucci sobre o início do Oceana, a história do duo e as expectativas para o lançamento de “Vem Cá”.

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Entrevista por Natália Barão
————————————– Leia a entrevista na íntegra:

Oi, gente, muito prazer! Como vocês estão?
Cedric: Oi! O prazer é nosso!
Ana Rafaela: Prazer!
Cedric: Estamos bem.
Ana Rafaela: Estamos muito animados. Não vou dizer ansiosos, porque ansiedade às vezes tem uma conotação diferente. Mas hoje é o grande dia, finalmente vem aí o nosso lançamento!

Sim, eu vi que vocês vão lançar o primeiro single e fazer o debut do Oceana agora na terça-feira. Como vocês estão se sentindo a poucas horas dessa estreia?
Ana Rafaela: Estou sentindo muita animação e expectativa para que todo mundo tenha acesso a essa música. As pessoas mais próximas já escutaram, a gente até gravou algumas reações. Quem nos viu nos shows também já ouviu, mas apenas na versão voz e violão. É uma grande alegria trazer essa explosão de som que a música se tornou para o mundo. Acho que as pessoas vão se surpreender com a produção.
Cedric: Estamos muito felizes, confiantes e realizados com todo o processo até aqui. Desde o início do Oceana, do nosso encontro, das composições, da escolha de “Vem Cá” como lançamento, da produção com o Tomás Tróia, que foi uma experiência incrível. O resultado nos deixou muito felizes, assim como a conexão com as pessoas que foram chegando. Esse lançamento faz muito sentido agora. Estamos muito felizes e realizados, só aguardando as últimas horas para ele estar disponível para todos.
Ana Rafaela: É resultado de muito trabalho, de muitas mãos, uma equipe linda conosco!

Posso imaginar a ansiedade! Eu acompanhei os vlogs que vocês postaram da produção, mas vamos ao começo de tudo: antes de “Vem Cá”, como vocês dois se conheceram?
Cedric: Vamos tentar contar de forma resumida. Basicamente, a gente estava num sarau, um evento para artistas. É engraçado, porque tanto a Ana quanto eu estávamos meio cansados, pensando: “Será que vale a pena? Vamos embora?”
Ana Rafaela: Sabe aquele passeio que você vai meio sem certeza, tipo “ah, vamos? Vamos ver no que vai dar”.
Cedric: Era um sarau, então tinha aquela vibe de tocar um pouco, conversar. Eu já queria ir embora, até pedi meu Uber. Aí encontrei um amigo e fiquei conversando com ele antes de ir. E a Ana…
Ana Rafaela: …e aí eu tropecei e caí igual uma batata no chão! (risos). Fui só beber uma água e de repente, ele me acolheu, me ajudou, me deu a mão, perguntou se eu queria água, ficou preocupado. Eu ralei o joelho, estava sangrando um pouquinho. Aí a gente começou a conversar muito, contando um sobre o outro, identificamos várias similaridades, como coisas de família, o amor pela música, o gosto musical – gostamos muito de bossa nova, temos músicos na família. Foi fluindo muito e, desde então, engrenamos nessa amizade, nessa parceria. As músicas foram surgindo aos montes, e “Vem Cá” foi um grande presente porque, desde o início, sentimos um potencial nela. A letra é fácil de cantar, é gostosa e para quem ouve também é fácil de aprender.
Cedric: Exato. Desde esse encontro, eu costumo dizer que a energia do acaso é o que vem regendo o Oceana, porque a partir daí vários outros acasos foram acontecendo e a gente se apega neles. Os acasos aparecem e a gente entra nesse fluxo que eles constroem.

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Eu vi que um desses acasos que vocês têm em comum é o fato de os dois serem de signo de água: Cedric de Peixes, Ana de Câncer. Queria saber se vocês acham que o fato de serem de signo de água – já que somos pessoas que sentem demais, eu inclusa – influencia na composição de vocês.
Cedric: Com certeza! Porque a gente se deixa levar pelo acaso, mas também pela criação. Vamos profundamente no que queremos falar. Muitas vezes, estamos fazendo outras atividades, coisas mais operacionais de marketing e divulgação, aí pegamos o violão, começa uma harmonia, uma melodia, e a gente esquece de tudo e se aprofunda numa nova composição. Às vezes acontece, então ficamos muito imersos na composição.
Ana Rafaela: Sim, é muito interessante! Acho que essa questão do signo contribui para a nossa percepção do mundo, das reações das pessoas, das situações, da vida, das nossas próprias emoções. Tudo isso converge em um pensamento que é traduzido em música, desse lugar reflexivo, de ficar esmiuçando determinados movimentos da vida, a gente consegue traduzir isso nas canções de uma forma muito natural. E é muito legal fazer música junto com alguém. Até então, minha trajetória tinha sido muito solitária. Tive vários parceiros, músicos, produtores, amigos, mas nunca a oportunidade de trabalhar com outra pessoa e produzir tanto. São raras as vezes em que a gente trava na composição, e, quando trava, é muito ligeira. Não passa de três dias para concluir.
Cedric: É verdade.
Ana Rafaela: Somos uma máquina de produzir! (risos).

Hitmakers! (risos). Acho que deve ser mesmo interessante nesse sentido, porque ter uma segunda pessoa ajuda a destravar certas coisas. Às vezes, só de falar uma palavra ou uma frase, já destrava um insight tipo “puts, é isso, já sei como terminar”.
Cedric: E potencializa tudo que a gente já tem. As ideias, tanto de trabalho, de projeto, quanto de composição, são potencializadas pelo fato de ter outra pessoa. Quando uma está um pouco mais cansada, a outra puxa, então o negócio não para. Eu tenho falado que as composições que a gente tem com o Oceana são bem diferentes das minhas composições solo e das da Ana. Claro que às vezes estão no mesmo universo, com temas parecidos, mas eu não faria sozinho o que a gente faz. Isso sempre acontece quando você compõe com outra pessoa: é uma coisa única que você não faria sozinho. Acho muito bonito isso.
Ana Rafaela: E é muito do que a gente fala: do encontro dos dois mundos. Eu não sou de São Paulo, sou de Cuiabá, do Mato Grosso. E ele também vem de outro lugar, nasceu na França, cresceu aqui (em São Paulo), tem toda uma história. São duas histórias juntas e isso deixa muito enriquecedor o que a gente tem para contar daqui para frente.

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Com certeza! Eu achei muito legal o nome do duo ser Oceana, que é uma junção dos nomes de vocês, mas também tem a questão do oceano, do fluxo das águas, os dois serem signos de Água. E tudo isso me fez pensar numa frase que vocês com certeza já ouviram, que é “a gente nunca entra duas vezes no mesmo rio”, e que fala sobre como o rio, o fluxo das águas, está em constante movimento e mudança. Pensando no repertório de cada um, como vocês acham que o Oceana transformou vocês dois individualmente até agora?
Ana Rafaela: Caramba, que pergunta boa!
Cedric: Foi boa mesmo! Eu me sinto com uma certa segurança a mais fazendo o que a gente está fazendo com o Oceana. Me sinto muito mais no meu lugar, que estou onde deveria estar. As coisas que faço têm mais sentido no Oceana do que no que eu vinha fazendo há um ano atrás. Lancei algumas músicas ano passado e gosto muito delas, não tem nada de errado, mas o Oceana trouxe uma segurança a mais, uma conexão que faltava. Talvez tenha comprovado um caminho para mim, pessoalmente.
Ana Rafaela: Nossa, é muito legal isso. Para mim, trouxe uma energia impulsionadora, essa vontade de fazer música num lugar de mais luz. Porque, às vezes, aquele caminho solitário pode se tornar muito cansativo. Ter alguém para dividir a voz é muito legal; já é uma outra energia que soma, que expande. Sinto que o Oceana é encantador e expansivo. Me trouxe para um lugar do sonho, que talvez eu tivesse deixado um pouco mais adormecido sozinha. Quando encontrei o Ced, pensei: “Caramba, a gente pode fazer muita coisa juntos, pode criar, rodar o mundo, fazer muita música, conectar com vários tipos de pessoas, lugares e vivências, e proporcionar isso para quem estiver junto com a gente”. Então, para ele, é segurança; para mim, é essa energia de alavancar, de ir para frente.
Cedric: Acho que outra coisa que a gente conseguiu refletir é esse acaso do encontro, que realmente está dentro daquilo que a gente não consegue enxergar, não consegue tocar, mas também se comprova. A gente já entendeu que, individualmente, antes daquele momento, estávamos um pouco em busca de alguma coisa: de uma certa segurança ou de um outro propósito. Conversando e entendendo nossos momentos, naquele momento ainda estávamos meio à deriva. Falo por mim: eu estava um pouco à deriva, sem saber exatamente para onde ir, sobre o que falar, o que fazer.Por isso falo de segurança; parece que a Ana também, porque a gente conversou, e ela estava num outro momento, em busca, querendo se entender mais. Acho que é sobre isso, se conhecer mais. E no Oceana, parece que a gente se encontrou, tanto pessoalmente quanto nos assuntos, no propósito. Então, vemos muita verdade, mais uma vez, sobre estar onde deveria estar.

Falando agora sobre referências musicais: eu vi no Instagram de vocês que postaram não só covers, mas também posts só com a foto, falando: “esse artista X nos influencia”. Acho que vi do Jota.pê, o trabalho do duo Avuá com a Bruna Black, da Anavitória também. E escutando o som de vocês, senti um pouco dessa referência MPB e de um pop “fofinho”, mas, pessoalmente, na parte melódica, me lembrou um pouco o som da Duda Beat com o álbum, “Sinto Muito”. Queria saber um pouco mais das referências musicais de vocês.
Cedric: Legal! Com certeza, tem Duda Beat também como referência. A gente se inspirou bastante em duos, claro, porque agora estamos formando um novo duo. Então, nos inspiramos em duos que já consumíamos, já admirávamos, mas estudamos um pouco mais eles, no sentido de consumir ainda mais, com outro olhar. Jota.pê e Bruna Black, do duo Avuá, Anavitória também. Todos eles têm as mesmas referências que a gente na música brasileira e que incluem grandes nomes como Gilberto Gil, Djavan, Marisa Monte. Bossa nova também, admiramos e consumimos muito Tom Jobim, Elis Regina, João Gilberto.
Ana Rafaela: Samba também. Eu fiz parte de um projeto quando era adolescente, tinha 11 anos, que durou uns seis anos, em que a gente estudava compositores brasileiros e aprofundava no repertório deles: Noel Rosa, Gonzaguinha, Ivan Lins, uma galera de peso, que traz uma sonoridade muito Brasil, as joias preciosas do Brasil. E aí vem toda uma nova geração. Eu estava pensando esses dias e comentei com o Ced: eu sempre fui alucinada por Sandy & Junior desde criança. E olha só, nos meus 31 anos, não estou eu aqui fazendo uma dupla? (risos). Eu sempre sonhei em ser a Sandy, ela era muito inspiradora para mim! É engraçado porque ao mesmo tempo que eu ouvia Elis Regina, Maria Bethânia e tudo mais, era uma época que o pop estava muito em evidência: Wanessa Camargo, Sandy & Junior, KLB, Britney Spears – sou alucinada por Britney Spears também, figuras mais pop. E na minha carreira, até então, eu não tinha feito nada tão pop. Então o Oceana surge nesse lugar de poder experimentar e se colocar aí, menos na bossa nova.
Cedric: Além de todas as influências brasileiras – que acho que muitos brasileiros têm, a gente nasce nesse país, quem gosta de música e arte consome e admira esses grandes artistas –, a gente também gosta muito do internacional, do pop internacional, do R&B. Daniel Caesar, FKJ, a Ana gosta bastante de Taylor Swift.
Ana Rafaela: Gosto de Taylor, Selena Gomez.
Cedric: Eu também gosto, tipo Justin Timberlake. Gostamos do pop e quisemos trazer uma sonoridade que tem essa referência no nosso som, no projeto como um todo, não só nesse single.
Ana Rafaela: É um acaso do destino. Quem produziu nossa primeira música foi o Tomás Tróia, que está simbioticamente nesse trabalho da Duda Beat no “Sinto Muito”, que fez “Bixinho”, o grande hit. E ele está com a gente! Ele comentou: “enquanto eu fazia a música de vocês, me reconectei com aquela época quando ele estava produzindo ‘Bixinho’”.

Ai, que coincidência!
Ana Rafaela: É interessante isso. E ela (Duda Beat) é uma grande figura do pop no Brasil.
Cedric: Gosto muito da música dela também, consumo bastante Duda Beat. Essa conexão com o Tomás fez muito sentido.

E falando sobre “Vem Cá”, queria saber um pouco mais da história dessa música e por que ela foi escolhida como primeiro single.
Cedric: Sobre a composição e a criação, é uma música que veio de forma despretensiosa, natural, leve. Uma daquelas composições que a gente só começa com o violão em mãos: uma harmonia, uma melodia e uma letra leve, que fala de primeiros encontros, daquela pureza, da beleza de quando você começa a amar e tudo é tão fofo, bonito, gostoso. Você só quer voltar para aquele momento com aquela pessoa que te traz prazer, leveza, carinho. Sendo até meio ingênuo sobre o relacionamento, tipo “será que eu fico? será que eu vou? mas quero continuar te vendo”. Desde que eu e a Ana nos conhecemos, essa união musical foi muito forte. Lembro que brinquei com ela no último dia de estúdio com o Tomás, depois de gravar tudo, as vozes, e falei: “Nossa, Ana, curioso que desde quando a gente começou, em nenhum momento cogitamos parar. Em nenhum momento sentimos dúvida. Só fomos, só continuamos, só fizemos”. Desde o começo, fomos nos envolvendo no show um do outro. Eu chamei a Ana para participar de um show meu, ela cantou um cover e também “Vem Cá”. Depois a Ana me chamou para participar dos shows dela, e a gente escolheu mostrar algumas autorais nesses momentos, seja em momentos intimistas com amigos ou em shows de grandes proporções. A gente tocava algumas músicas e sentiu que “Vem Cá” era bem recebida pelo público. Então, fomos tocando ela em alguns desses momentos. Não sei se a gente escolheu “Vem Cá” ou “Vem Cá” escolheu a gente para ser o primeiro lançamento do Oceana.
Ana Rafaela: Foi demais, isso é verdade. É engraçado que as pessoas, intuitivamente, falavam: “Nossa, vocês têm que gravar essa música!”. Desde o início, foi um indicativo muito grande de que a gente deveria gravá-la. No nosso coração, já sentíamos, mas a comprovação do público foi um fator muito relevante para seguir com “Vem Cá”. É sobre essa permissão de estar na vida do outro, de querer rever e ter aquela pessoa junto e você escolher estar com ela. Porque o tempo é o nosso bem mais valioso e compartilhar isso com uma pessoa que a gente acabou de conhecer é sinal que realmente valeu muito a pena.

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Total! E vendo os vlogs que vocês postaram, eu adorei o título muito “clickbait” de “vocês não acreditam no que a gente teve que fazer para tirar nosso sonho do papel”. Pensando nessa frase e em todo o trabalho do Oceana – que ainda vai ter o debut oficial a partir de amanhã, mas que já vem sendo construído nos últimos meses –, qual foi a coisa mais inacreditável ou surreal que vocês fizeram para tirar esse sonho do papel?
Ana Rafaela: Para mim, foi cortar meu cabelo de franjinha de novo, porque eu tinha um trauma com franjinha (risos). Quando a stylist veio e me trouxe o cabelo com franja curtain bangs, com fios meio loiros, uma coisa mais iluminada, eu pensei: “Cara, será que vou ficar bem com esse cabelo?”. Fiquei sofrendo (risos) e ele (Ced) tentava me tranquilizar, falando: “A escolha é sua, você tem que se sentir confortável, à vontade. Mas é um novo momento, é legal e importante mudar o cabelo”. Para mim, mudar o cabelo foi um ato de muita coragem, porque sou muito apegada ao meu cabelo. Ele é escuro, longo, minha imagem mais forte é essa. Então, cortar, pintar, mudar um pouco as roupas também… É um outro ser que surge, é a Ana do Oceana; não a Ana Rafaela sozinha. Isso para mim foi o ato mais revolucionário dentro de toda essa construção até hoje, da minha parte.
Cedric: Não, mas acho que, de fato, dentro do Oceana, esse foi o momento de mudança mais extrema, uma coisa que exigiu uma tomada de decisão importante, que ia mudar. Engraçado que é uma coisa relativamente simples. Voltando ao assunto do acaso, do Oceana, da gente se sentir com segurança e no nosso lugar, fizeram uma pergunta quando a gente tocou, há duas semanas, sobre o maior desafio. E acho, sinceramente, que esse encontro, com essa beleza do acaso, que traz essa segurança – a gente não consegue explicar muito bem –, fez com que tudo fosse muito fluido. As coisas foram acontecendo. A gente trabalha muito para que aconteçam, mas de certa forma, esse encontro era para ter acontecido. A gente, com nosso trabalho, atrai o que quer. Parece que era para ser. As coisas entraram nesse rio, estão indo conforme a maré, a correnteza e vão acontecendo; a gente está fazendo e não é tão difícil assim. Por isso acho que essa coisa relativamente simples foi o maior desafio, uma mudança que mexe muito com a questão pessoal da Ana.
Ana Rafaela: Mas lembro de outro ponto muito interessante: quando recebemos a primeira… como dizer… montagem?
Cedric: A primeira edição, a primeira versão da música.
Ana Rafaela: Porque a gente fez voz e violão, e aí a gente fez alguns arranjos para essa música. Até então, tínhamos feito “Vem Cá” voz e violão. Teve a Virada Cultural, eu fui uma das artistas, convidei ele para cantar comigo e fizemos uma versão com banda: guitarra, violão, baixo e bateria.
Cedric: Pegada meio reggae.
Ana Rafaela: Uma coisa mais tradicional. Depois, a gente fez um show mais puxado para uma pegada junina – eu estava num projeto, cantava forró, xote e tal – e aí fizemos “Vem Cá” em xote, com zabumba e sanfona
Cedric: Bem legal, inclusive essa versão.
Ana Rafaela: Exato, era outra “Vem Cá”. E aí, quando a gente insere o terceiro elemento mágico, o elemento X, que foi quebrado lá acidentalmente pelo professor das Meninas Superpoderosas, o Tomás Tróia, ele manda para a gente uma coisa que, de primeiro momento, a gente ficou assim:
Cedric: Opa, o que é isso que está acontecendo aqui? (risos)
Ana Rafaela: Foi uma mistura de estranhamento com…
Cedric: Aquela vontade de querer ir para esse lugar.
Ana Rafaela: Uma sensação gostosa, de coragem.
Cedric: A gente teve que tomar uma decisão, é verdade.
Ana Rafaela: Para transformar aquela música, que estava num lugar mais tradicional, em uma coisa realmente pop, com “barulhinhos”, sintetizadores, mais agressiva. Esse também foi um ponto de muita mudança.
Cedric: Tá vendo como é bom a gente ser em dois? Porque se eu estivesse sozinho, não lembraria dessas coisas! (risos).

Não, total! E gente, pra encerrar, o que mais a gente pode esperar do Oceana a partir do lançamento de “Vem Cá”?
Ana Rafaela: Muita música linda, que fala sobre como a vida deve ser vivida aqui e agora, sobre o encantamento da vida, sobre entender os sinais do universo, do desconhecido. Muita beleza, muito vlog; a gente vai compartilhar todo esse processo que estamos vivendo até agora. Nossos fãs, seguidores, escolheram a nossa capa, e pretendemos seguir da mesma forma daqui para frente.
Cedric: Exato. Muita sensibilidade e profundidade, por sermos dois seres de signo de água, isso não vai mudar. Muita confiança também. E sonoridades próximas do single “Vem Cá”. A gente pretende ir para esse lugar mais pop, com sonoridades eletrônicas, mas sempre com o pé na MPB, na bossa nova.

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E sobre lançamentos concretos: esse single já tem um próximo em vista, um EP futuro?
Cedric: Ainda não temos nada definido de fato, consolidado. Temos ideia de um trabalho maior, um EP ou um álbum. Temos músicas.
Ana Rafaela: Já temos as composições.
Cedric: A gente continua compondo também, mas não temos nada definido ainda.

Então ficaremos de olho! Gente, muito obrigada pelo papo! Adorei conhecer vocês, adorei o single, e desejo muito sucesso nesse debut oficial do Oceana!
Ana Rafaela: Pra nós!
Cedric: Muito obrigado! Obrigado mesmo pelo espaço, viu? O papo foi muito gostoso, e é muito bom ter uma troca sincera assim.
Ana Rafaela: É muito importante para nós. Muito obrigada, de coração. Valeu!

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Natália Barão
Natália Barão
Jornalista, apaixonada por música, escorpiana, meio bossa nova e rock'n'roll com aquele je ne sais quoi