Há pouco menos de um ano, no dia 07 de abril de 2014, escrevi uma matéria com críticas duras citando pontos fracos e fortes sobre o Lollapalooza – que você pode conferir clicando aqui. Dessa vez, continuaremos citando o que rolou de bom e o que não foi tão bom assim na organização desta quarta edição do evento.
PONTOS POSITIVOS:
Com plena convicção o público foi um ponto fortíssimo da edição deste ano. Cantaram, pularam, curtiram. É simples, a energia que o Lollapalooza transmite vem da satisfação do público. Uma coisa que era simples de notar, era a alegria de todos os que estavam ali, acompanhados ou não, alguns mais contidos, outros mais agitados, todos estavam curtindo, cada um do seu jeito.
Se o público foi um ponto mais do que positivo, os shows foram escolhas certas da equipe que organiza o evento. The Kooks, Foster The People, Calvin Harris, Skrillex, Jack White, The Smashing Pumpkins e muitos outros, subiram nos palcos e fizeram o público ficar boquiaberto com o peso das suas respectivas apresentações. O DJ Calvin Harris fez uma performance recheada de hits, e foi o show mais cheio já feito dentro de Interlagos, no qual quase todos os presentes no festival estavam ali.
Filas desorganizadas na hora de comprar alguma comida ou bebida, marcaram a edição de 2014. Já em 2015 com a chegada dos Lolla Mangos, apesar de ter dividido e ser motivo de crítica por parte do público presente no festival – você entenderá melhor lendo os pontos negativos –, trouxe uma agilidade no atendimento.
Um outro ponto positivo foram as tendas e lugares com redes para descanso, onde as pessoas se sentavam ou até mesmo deitavam nelas e ficavam lá por algum tempo relaxando, e descansando as pernas aguardando um próximo show ou se preparando para fazer alguma atividade promovida pelos patrocinadores do festival.
Com uma variedade ainda maior do que a do ano passado, o Chef Stage ampliou, dobrou seu espaço e trouxe novos lanches, comidas e até mesmo lugares para degustação de bebidas (como vinhos). E também aproveitando que estamos falando sobre comida, uma coisa que caiu como uma luva, foram os Food trucks, que também trouxeram uma gama enorme de escolhas para os presentes, e tudo isso fazia com que as filas dos lugares não fossem tão grandes – claro que existem exceções, até por que, alguns deles como a Kombosa Shake, viviam sempre lotados e com filas.
As ações dos patrocinadores também não passaram despercebidas. Apesar de ser um fã e sentir muita falta de uma roda-gigante nesse tipo de evento, os patrocinadores dessa vez levaram experiências diferentes. A Pepsi levou um palco onde a pessoa escolhia uma música e subia no palco pra canta-la, o que acabou criando espaço para vocalistas de verdade mostrarem seu talento, e também, para pessoas cantarem a música que tivessem vontade diante de dezenas de pessoas que ficava lá se divertindo – Um dos nossos editores topou o desafio e subiu ao palco para cantar uma música bem diferente do que o festival propõe. Você poderá conferir isto na próxima semana, quando lançarmos em nosso canal do YouTube o vídeo sobre a experiência no festival. Outras duas atrações divertidas que atraiam as pessoas e criava uma fila extensa, era a montanha russa da Chevrolet, e o escorregador da Skol.
Um acerto da organização também foi na organização dos horários, deixando tempo suficiente para que o público conseguisse pegar um transporte público e saísse da região quando acabasse o dia do festival.
PONTOS NEGATIVOS:
Bom, agora começa o lado ruim da história. No ano passado nós comentamos sobre um tópico que está incomodando e muito o público até agora, que é o aumento no preço das coisas dependendo do tempo (chuva ou sol), e da posição das pessoas no festival. Na ocasião, vimos ambulantes mais próximos do palco vendendo água a R$5,00 e não a R$3,00 que era o preço de que estava escrito, e por obrigação ele deveria vende-lo. Pois bem, este ano não foi muito diferente, infelizmente. Segundo uma publicação feita pela Folha de São Paulo, eles encontraram pessoas vendendo capas de chuva por 10 mangos, o que equivale a R$25,00, cinco vezes o valor que era vendido fora do evento.
Este tipo de problema já havia sido constatado pela nossa equipe recentemente durante o show do Foo Fighters em São Paulo. Na ocasião, estava chovendo e um dos vendedores estava repassando a capa de chuva por R$5,00 a mais do que era cobrado antes, quando não estava.
Um outro ponto negativo, e que afetou a todos os presentes, foram os preços altos das comidas e bebidas. Copo de água: R$5,00 / Refrigerante: R$7,50 / Cerveja: R$10,00 / Cachorro Quente: R$12,50. Você pode conferir a tabela de preços completa: Aqui. Vale lembrar que 1 mango equivale a R$2,50.
Saindo dessa parte e entrando em um novo contexto, um ponto que me chamou muito a atenção principalmente no domingo, foram alguns buracos não sinalizados próximos ao palco Onix. Pessoas caiam neles o tempo todo, no sábado já havíamos visto um desses buracos e ficamos próximos dele para tentar evitar com que ninguém caísse com um dos pés, mas nem sempre dava pra evitar.
Um último ponto negativo foi o cancelamento do show da Marina and the Diamonds – Leia mais aqui -, que infelizmente acabou acontecendo e deixou os fãs da cantora decepcionados poucas horas antes dos portões se abrirem.
O que achamos?
No geral, houve um resgate e nos sentimos como no primeiro ano do Lollapalooza no Brasil, aquela energia ÚNICA e especial, que faz com que todos os presentes sintam falta e fiquem ansiosos para a edição seguinte. Diferente do que senti em 2014.
Acima de tudo fizeram com que esses dois dias se tornassem inesquecíveis na mente das milhares de pessoas presentes, mesmo com problemas. E esperamos que estes erros sejam corrigidos até a próxima edição. Que venha mais um #LollaBR em 2016. Não deixe de curtir a nossa página no Facebook, e acompanhar as novidades do Lollapalooza Brasil e da Nação da Música.
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