Mesclando influências, o Awaking The Crowd surgiu em 2012 na cidade de Santos. Bebendo principalmente de fontes como o Metalcore e o New Metal, a banda tem uma sonoridade pesada e marcante. Sem sombra de dúvidas os vocais, que mesclam peso e suavidade, são o grande diferencial do grupo que está lançando aqui no NM Apresenta o seu novo clipe para a música “Don’t Waste My Time”.
A canção faz parte do mais recente EP do Awaking The Crowd, que pode ser encontrado para download aqui. Você também pode ouvir “Make It Real” no Soundcloud e BandCamp. A banda é formada pelo vocalista Kreyner La Scala, que fica responsável pelos vocais gritados, Karen Dió, que além de tocar baixo traz para as canções o toque feminino nos vocais. Completando o time, Leo Ferreira é o encarregado pelo peso das guitarras e Ulisses Batista, versátil baterista que consegue agregar ao seu som as mais variadas influências dos seus companheiros.
Nação da Música: Começamos pela clássica pergunta de como a banda começou. Como que vocês se conheceram e quando perceberam que rolava fazer um som juntos?
Kreyner La Scala: Eu sempre curti o estilo metalcore e decidi montar a banda por esse motivo. Como queria algo diferente conversei com a Karen para ela cantar ao meu lado fazendo os vocais melódicos. Após passarmos por algumas formações, chegamos a que estamos hoje, em 4 pessoas. O Leo eu já conhecia de outras bandas e sempre soube que se dedicava e gostava do estilo também e o Ulisses foi convidado pelo Leo. Eles haviam feito intercambio juntos, sendo outra pessoa que acredita nesse sonho e hoje somos muito amigos.
Nação da Música: Quais são as principais influências do Awaking The Crowd? O que cada um traz do seu gosto particular pra somar no resultado final do som de vocês?
Karen Dió: No geral, seguimos a linhagem Metalcore e NewMetal. Não falamos geralmente nomes de banda, porque as pessoas se prendem muito a isso. Mas nossas influências pessoais são bem abrangentes.O Leo é o NewMetal e isso é uma coisa só dele, que ninguém vai tirar e nas composições isso fica extremamente nítido. O Ulisses tem como influência, nós mesmo, os próprios integrantes da banda. Como baterista ele procura ser o mais flexível possível para deixar todos confortáveis quanto ao andamento e dinâmicas, sempre deixando fluir o que a música pede. Individualmente ele gosta muito da simplicidade do Rock.
Eu venho do Grunge, direta, sem muito rodeios. Gosto da simplicidade e potencialidade que o rock/metal proporciona. E por último, e não menos importante, o Kreyner que formou a Awaking The Crowd com o íntuito de fazer um metalcore diferenciado. Ele também curte vários estilos, sendo a maioria mais agressivos, mas que também segue a linhagem bem forte de New Metal em seus vocais.
Nação da Música: Vocês conseguem casar muito bem o vocal masculino e feminino. Quais os desafios de aliar dois estilos diferentes de cantar? E como que vocês aproveitam essa versatilidade pra criar um som diferenciado?
Kreyner La Scala: Sendo sincero achei que poderia ser um pouco difícil essa união, pois conhecia a Karen e ela vinha de uma linhagem mais POP (ela fica brava quando digo isso hahaha). Fiquei meio apreensivo com isso, e acredito que ela também, no inicio, se iria se adaptar a esse estilo novo. Mas aconteceu de forma tão simples e natural que nós mesmos nos surpreendemos.
Acho que isso fica evidente nas musicas e traz essa individualidade pra banda, onde muitos que não curtem tanto esse estilo dizem “nossa não costumo gostar muito de sons pesados , mas a musica de vocês, com essa mistura, eu gostei muito”. Acho que essa mistura do agressivo e o “sereno” é o que muitas vezes aguça a curiosidade das pessoas em procurar nosso som e ver como é essa mistura.
Nação da Música: Quais as grandes dificuldades de uma banda nova/independente no cenário brasileiro? Vocês se definem como uma banda de Metalcore, é difícil conseguir espaço com esse tipo de som no Brasil?
Leo Ferreira: Sim. É complicado porque não é um estilo que agrada a massa, porém há uma parcela da população que vê esse estilo de música como algo diferente, atraente seja ele porque é rápido, com guitarras trabalhadas, letras impactantes. Mas infelizmente a cena do Metalcore hoje não é tão forte quanto outros estilos.
Ulisses Batista: Independente se você tem banda ou toca no semáforo, ser um músico no Brasil é complicado. Temos que ter entendimento que estamos entrando em um negócio em que é cada vez mais complicado mostrar seu trabalho e viver exclusivamente da música. Ainda mais no estilo que tocamos. Talvez se conseguíssemos dar 100% de nosso tempo a banda teríamos um resultado mais rápido, mas nunca será a realidade de um músico no Brasil.
Karen Dió: A dificuldade se encontra na descolorização da música em geral no nosso pais. Aquela velha historia do: “você faz o que da vida?” “sou músico” “ah sim, mas trabalha em que?”. Ninguém vê música como um trabalho e dificilmente valoriza seus anos de estudo pra realizar o seu trabalho. Agora quanto a tocarmos um som mais pesado, não vejo muito problema. No underground existe muito respeito e muitas pessoas que gostam desses estilos, e valorizam isso, apesar de ainda valorizarem mais o que vem de fora. Sendo que existem sim muitas bandas fodas em nosso país que merecem reconhecimento.
Nação da Música: Hoje vocês estão lançando o clipe de “Don’t Waste My Time”. Qual a ideia por trás dessa música? Como que foi a gravação do clipe e quem trabalhou com vocês na produção do novo vídeo?
Kreyner La Scala: As nossas musicas podem ser interpretadas de diversas formas, isso depende da situação e sentimentos que a pessoas esta passando no momento. Esse sempre foi nosso maior intuito, fazer as pessoas pensarem, sentirem e logo acordarem pra algo novo. Com a “Don’t Waste My Time” não é diferente, deixo aqui até uma ideia pra quem estiver lendo: poste nos comentário do clipe o que entendeu ou sentiu com a musica, seria legal sabermos.
Quanto criação do clipe confiamos de olhos fechados no pessoal, que são grandes amigos, da Monstro Filmes, produtora de São Paulo. Foi um dia direto de gravações, desde de manhã até a madrugada. A equipe toda foi super atenciosa e só temos a agradecer a todos, depois dessa maratona ainda veio a segunda parte de edição onde eles foram surpreendentes e o resultado ficou animal!
Nação da Música: Quais são os projetos do grupo pro restante de 2014? Quais as pretensões pro futuro do Awaking The Crowd?
Kreyner La Scala: Continuamos sempre em fase de produção e tentamos, na medida do possível, trazer coisas novas para todos que curtem nosso trabalho. Queremos gravar nosso primeiro CD e, em breve, devemos ter um single novo pra lançar fechando essa primeira etapa que passamos com a Awaking The Crowd e abrindo as portas para o futuro com nossa nova formação.
Nação da Música: Pra finalizar, deixem um recado pra galera que não conhece o som de vocês conferir o clipe de “Don’t Waste My Time”!
Karen Dió: Bom, quem gosta de um som mais pesado e berros, fica aqui o convite para ver o clipe FODA que a gente acabou de lançar e ouvir o nosso EP completo que tem na descrição do vídeo!
Leo Ferreira: Esperamos que gostem do nosso trabalho, e se gostarem do som, temos Fanpage, Instagram. Sigam a gente! Lá tem nossa agenda completa. E compareçam nos shows, sempre estamos trazendo algo novo para a galera.
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