O destaque da coluna NM Apresenta desta semana é nacional, e vem do Rio de Janeiro. A banda Planar, que já passou por algumas formações diferentes desde a sua criação, é composta por Leonardo Braga nos vocais e guitarra, Leonardo Villela no baixo e Ivan Roichmann na bateria. O grupo acabou de lançar o seu primeiro álbum, “Invasão”, que chegou às lojas em setembro e conta com a participação de Alan Lopes, guitarrista da banda Medulla. Você pode ouvir o novo disco da Planar no final desta publicação.
Confira a entrevista completa que o Nação da Música fez com a banda!
Nação da Música: Como aconteceu a formação da banda? Como que vocês perceberam que rolava um norte em comum e resolveram começar a fazer um som juntos?
Planar: A banda passou por algumas formações desde o início. Com o tempo alguns integrantes foram tomando rumos diferentes e a banda foi se renovando. Eu conheci o Chapolin ainda na escola. Sempre conversamos muito sobre música e tínhamos um gosto muito parecido. O Ivan e o Alan eram do nosso grupo de amigos. Então foi tudo bem natural.
Nação da Música: A sonoridade do grupo consegue mesclar alguns elementos diferentes. Quais são as influências de vocês? Existem particularidades que cada um dos integrantes traz pras composições e que vocês, em conjunto, promovem o casamento?
Planar: Temos muitas influências em comum. Mas acho que o que cria a nossa sonoridade final é a soma das influências que não são tão próximas. Durante todo o processo de gravação nossas referências foram bem abrangentes, de The Police a Lenine, passando por Mutemath e indo as vezes até Norah Jones. Acho que isso acabou dando esse corpo a sonoridade do disco.
Nação da Música: “Duas pessoas, uma de frente para a outra, com um oceano de possibilidades e questões não resolvidas, encarando o amor e a solidão sob a ótica da maturidade”, assim é definido o álbum “Invasão” no material de divulgação do registro. Como que vocês, particularmente, definem esse disco de estreia?
Planar: “Invasão” é um álbum quase fotográfico, um disco muito confessional, de muitos momentos. Antes dele nós tínhamos lançado nosso material sempre em EPs. Então pela primeira vez nós conseguimos amarrar uma história, criar um conceito audiovisual que nós achamos que tem a ver com a nossa estética sonora. O disco consolida tudo o que vivemos até aqui.
Nação da Música: “Invasão” tem uma sonoridade muito madura. Como que é trabalhar com os temas citados anteriormente de forma que não soem clichê pra quem está ouvindo?
Planar: Buscamos sempre apresentar uma visão particular para temas cotidianos. Contar da nossa maneira histórias que já foram contadas muitas outras vezes. Tentamos ilustrar nossas vivências sob um ponto de vista que nos inspire.
Nação da Música: Em “Invasão” vocês trabalharam com um pessoal pesado da música: Patrick Laplan, Alexandre Griva e o Brian Lucey. Além do Alan Lopez, da Medulla, nas guitarras e a participação do vocal da Glau Leandres na faixa de abertura do álbum. Como que é fazer parceria com essa galera e como que as experiências individuais de cada um dos “convidados” colaboraram pro resultado final do disco?
Planar: Pois é… O disco foi muito coletivo, neste sentido. Antes mesmo de decidir o repertório nós já sabíamos quem eram as pessoas que a gente queria que estivessem com a gente nesse trabalho. O Patrick Laplan e o Alexandre Griva são, além de grandes profissionais, muito amigos nossos. Isso colaborou muito na gravação. Fez com que a gente se sentisse em casa, sem o peso de estar gravando um álbum. E acho que isso conseguiu se refletir no disco.
O Brian Lucey veio de algumas referencias recentes nossas. Ele fez discos que nós gostamos muito. Decidimos mandar um e-mail e tentar trazer ele pro time de “Invasão”. Deu certo e nós ficamos muito contentes com o resultado final. No finalzinho ainda tivemos a participação do Jorge Guerreiro finalizando as mixagens com o Alexandre Griva. Ficamos muito felizes com o resultado.
Nação da Música: Assim como grande parte das bandas novas, a Planar tem uma relação bem interessante com a internet. Lançar singles e discos através da web é algo primordial hoje em dia. Mas poucos artistas usam o ambiente virtual de forma diferenciada. E nesse ponto que vocês surgem com a URB Sessions no Youtube. Expliquem melhor como que é o projeto, e como surgiu essa ideia. Dá pra dizer que muitas pessoas conheceram o som de vocês através desses vídeos diferenciados?
Planar: O URB Sessions é basicamente um projeto em que apresentamos nossas músicas de um ponto de vista diferente. Com uma sonoridade acústica, mais intimista. Os vídeos são filmados nas cidades que viajamos para tocar ou em cidades que estamos a passeio e achamos que o lugar combina com alguma das músicas da banda. Tentamos combinar a música com o ambiente em que ela está sendo filmado.
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