Na ativa desde 2001, The Black Keys já marcou seu espaço na música. Após o grande sucesso dos álbuns “Brothers” (2010) e “El Camino” (2011), que apresentaram ao mundo sucessos como “Howlin’ for You” e “Lonely Boy”, Dan Auerbach e Patrick Carney retornam a cena. “Turn Blue”, oitavo disco da carreira, foi lançado em Maio e já lançou os hits “Fever”, além da faixa-título. A psicodelia e o blues, marca do Black Keys, vem ainda mais fortes no novo trabalho.
A dupla de Ohio abriu um espaço na agenda lotada com a divulgação de “Turn Blue” e o baterista Patrick Carney falou com a Nação da Música com exclusividade por e-mail sobre a produção e repercussão do álbum, além dos próximos passos. Confira!
Entrevista por: Rafael Strabelli
Nação da Música: Recentemente o novo álbum de vocês ficou em primeiro lugar na Billboard 200, superando até o “Xscape” do Michael Jackson. Como foi a reação de vocês ao receber a notícia? Vocês já esperavam alcançar esse alto indice de vendas?
Patrick Carney: Não sei quanto ao número de vendas, mas eu sabia que não ficaríamos atrás deste álbum. Um trabalho tão ruim que demoraram 3 anos depois da morte de Michael para tornar aquilo audível.
Nação da Música: Em 2008, o quinto álbum de vocês “Attack & Release” estreou na 14ª posição no mesmo ranking da Billboard. Vocês conseguem sentir uma evolução nos trabalhos de vocês, que hoje chegam a agradar mais o público de forma geral? O que vocês evoluíram de lá pra cá?
Patrick Carney: Sim, mas não pelo mainstream, muito pelo contrário. No começo da banda não acreditavamos que equipamentos caros fariam a diferença e que deveríamos fazer um álbum repleto de singles. Hoje sabemos que o preço não define o som e que ele deve ser orgânico, o Dan ainda acha que “El Camino” foi muito lapidado.
Nação da Música: “Turn Blue” foi feito com produção de Danger Mouse. Como foi trabalhar com ele que já produziu nomes como Cee Lo Green e Jay-Z e está trabalhando no novo álbum do U2?
Patrick Carney: Foi incrível, principalmente pela proximidade com Brian (Danger Mouse). Este álbum foi gravado durante o pior ano da vida do Dan, durante seu divórcio, e o Brian esteve presente em todos os momentos. Tivemos momentos em que não sabíamos se o Dan estaria apto a gravar, mas o Brian sempre acreditou que conseguiria extrair algo genuíno dali.
Nação da Música: Existe mais alguma novidade do Black Keys que os fãs podem esperar nos próximos meses? Alguma nova música, clipe ou DVD?
Patrick Carney: Não, entraremos em turnê durante 6 semanas pela Alemanha, temos que escolher 20 canções entre 120 e não posso dizer que a Europa me traz boas recordações.
Inscreva-se no canal da Nação da Música no YouTube, e siga no Instagram e Twitter.
