Há tempos o Nação da Música recebe pedidos fervorosos de resenhas sobre os discos do Scalene e, pegando o gancho da divulgação do DVD “Ao Vivo em Brasília” – disponível nas principais plataformas de streaming a partir dessa sexta-feira (15) – abrimos espaço para falar um pouco mais sobre o seu antecessor “Éter”, de 2015.
Mas falar sobre um disco lançado há algum tempo significa, nada mais do que: indicar o papel que essa obra cumpriu e qual a sua relevância no panorama atual da música. Nesse caso específico, ouso a dizer que trata-se de um precedente que foi aberto com o lançamento do álbum.
Pense rápido: Qual foi a última vez que uma banda nacional transitou em linearidade com respeito do underground e respaldo do mainstream?
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A abertura desse precedente me nega a leviandade de iniciar mencionando o senso comum (atestado) de que ‘Brasília é o celeiro do Rock nacional’; ou até de ensaiar qualquer comparação com referências claras da banda; como Queens Of The Stone Age, Muse, O’Brother, Radiohead ou até Royal Blood. Seria raso.
Ao divulgar o registro do DVD, o Scalene prova que é sim uma realidade – veja uma prévia também no vídeo abaixo – e surfa na onda das consequências positivas desse caminho trilhado, que fez com que a banda ocupasse um lugar que permanecia vago entre todas as tangentes que o rock brasileiro pode oferecer; com peso, melodia e harmonia.
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A licença poética até permite dizer que os caras contornaram a Teoria da Relatividade de Albert Einstein, ao colocar o “Éter” como referencial que começou a distinguir movimento e inércia no cenário local.
É com essa temática inspirada no enigma do quinto elemento que Gustavo e Tomas Bertoni; Lucas Furtado e Philipe Makako guiaram as 12 faixas do segundo álbum de carreira. Expandindo as possibilidades da banda que, naquele momento, vinha se consolidando fortemente como um dos principais nomes da cena alternativa – com apresentações em grandes festivais como Lollapalooza e South By Southwest (SXSW), em Austin, Texas; ao mesmo tempo em que eram impulsionados em rede nacional, quebrando recordes de votações no programa Superstar, da Rede Globo.
Provavelmente você já ouviu “Éter” ou, pelo menos, algumas faixas dele – se não ouviu, convido-os ao display que está logo abaixo; então talvez não caiba aqui destrinchar minuciosamente as enérgicas faixas que vão de “Sublimação” à “Legado” – passando por “Terra”, que tem participação de Mauro Henrique, do Oficina G3. Vale lembrar que algumas delas também compõe o DVD.
Mas é notório, até tratando-se superficialmente dos nomes da primeira e da última música, como todos os elementos são milimetricamente encaixados no objetivo de “Éter”. E mais notório ainda é observar esse objetivo sendo transportado para um contexto muito maior desde então; envolvendo a cena, unindo tribos e criando esse tal precedente.
Vida longa.
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