Sucesso entre os cinéfilos e da crítica especializada estadunidense, “Pobres Criaturas” chegou nos cinemas brasileiros no último dia 1 de fevereiro, trazendo Emma Stone no papel de Bella Baxter, uma jovem da era vitoriana londrina que foi ressuscitada através de um experimento de Godwin Baxter (Willem Dafoe).
A produção retro futurista inspirada no livro homônimo de Alasdair Grey é mais um sucesso do diretor Yorgos Lanthimos, conhecido por trabalhos renomados como “A Favorita” e “O Lagosta”. O roteiro é assinado por Tony McNamara, contando com um elenco de nomes famosos como Mark Ruffalo, Margaret Qualley e Ramy Youssef.
A narrativa navega pelas descobertas e aprendizados do mundo sob o olhar de Bella, que, ao morrer ao se jogar de uma ponte enquanto estava grávida, teve seu cérebro substituído pelo cérebro de seu feto, por meio de uma prática nada convencional feita pelo cientista Godwin Baxter.
Dessa forma, Bella retorna a vida em um corpo adulto, porém, sem história, conhecimento e todas as características que moldam o ser humano. Experiência essa que obriga a jovem aprender a andar, comer, descobrir seus gostos e, consequentemente, os prazeres sexuais. Sendo esse último um dos fatores que desencadeia um desejo de desvendar o mundo.
Obrigada a viver sobres os cuidados de Godwin e do seu noivo, Max McCandles (Ramy Youssef), Bella decide embarcar em uma jornada exploratória com o charlatão Duncan Wedderburn (Mark Ruffalo), que se inicia em Lisboa, lugar em que se deleita ao sexo e aprecia a gastronomia com os pasteis de nata.
A viagem continua em um cruzeiro – a contragosto -, com parada em Alexandria, onde Bella exerce suas atividades filosóficas lendo bons livros e descobre problemáticas sobre a desigualdade social e pobreza extrema. Por fim, a protagonista continua sua busca e seu amadurecimento em Paris, local no qual vira garota de programa para conseguir dinheiro.
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Toda a trajetória de descobertas sexuais, políticas, sociais e sentimentais são embaladas pela estreia de Jerskin Fendrix compondo uma trilha sonora. “Acabei de ouvir o primeiro álbum de Jerskin e não consigo nem descrever o que é. Mas havia algo nele que parecia tão certo”, disse Yorgos Lanthimos sobre sua escolha.
Jerskin usou toda a sua habilidade instrumental para desenvolver composições que trouxessem à tona a variedade emocional que a personagem principal apresenta. Para isso, o músico usou instrumentos de sopro, flautas e até mesmo samples de respiração e vocais sintetizados.
Segundo ele, a faixa “Bella”, a primeira a ser apreciada pelo telespectador, emblema as experiências iniciais vividas por Bella. “À medida que os sentimentos de Bella se tornam mais profundos e complexos, a música assume novas cores e texturas. Como ela pode ficar chocada, oprimida ou vomitar”, contou o músico para a Stereogum.
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“Portuguese Dance II” é uma faixa que traz estranheza logo na primeira nota, ao mesmo tempo que dá entusiasmo sobre o que está por fim, levando o público para uma cena de dança cômica e curiosa.
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“Bella and Max” introduz o momento em que os dois personagens passam a conviver diariamente, uma vez que Max é contratado por Godwin para estudar e anotar cada desenvolvimento da jovem.
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“Pobres criaturas” recebeu onze indicações ao Oscar, incluindo nas categorias de Melhor Trilha Sonora, Melhor Filme, Melhor Atriz, Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Direção. O filme pode ser assistido em qualquer cinema do Brasil, já a trilha sonora pode ser conferida no player ao final da publicação.
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