Já é a terceira vez que o Cage The Elephant tem passagem marcada pelo Brasil. A banda volta a subir ao palco do Lollapalooza Brasil, dessa vez no dia 25 de março, além do show marcado para o dia 29, no Rio de Janeiro.
A Nação da Música teve a oportunidade de conversar com Brad Shultz, guitarrista da banda. Ele falou sobre Grammy, o amor pelo Brasil e o os planos futuros do Cage The Elephant.
Entrevista feita por Maria Victoria Pera Mazza e perguntas de Andressa de Oliveira.
————————————————————————————————————— Leia a íntegra
Vocês estão voltando para o Brasil para o Lollapalooza 2017. Estão animados? O que podemos esperar?
Brad Shultz: Sim, estamos animados! Voltar é algo que estamos esperando o ano todo. É a terceira vez e continuaremos voltando. Estamos realmente animados, nós amamos tocar no Brasil e no Lollapalooza. O lineup é ótimo, as pessoas são ótimas. É gratificante ver tanta gente apaixonada pela música e, você sabe, estamos ansiosos por todos esses motivos.
Como você mesmo disse, é a terceira vez em nosso país. Imaginavam que seria assim quando vieram a primeira vez?
Brad Shultz: Nós não sabíamos o que esperar. Estávamos ansiosos porque nunca tínhamos ido ao Brasil e nem mesmo para a América do Sul, então, não sabíamos como seria. Ouvimos muitas coisas boas sobre o país, mas você nunca sabe o que pode acontecer de primeira. Quando chegamos nós ficamos fascinados. As pessoas foram ótimas, o público foi maravilhoso, famintos e apaixonados pela música. É gratificante ver isso. Nós sempre tivemos um ótimo público, mas o Brasil é o melhor de todos.
E o mais louco de todos também!
Brad Shultz: Eu amo. Você realmente percebe a conexão com as pessoas. Esse é o principal objetivo: se conectar com as pessoas através da sua música. E ela é uma grande forma de comunicação. Sabe, mesmo que você não fale a mesma língua que aquela pessoa, vocês se conectam pela música. Isso é muito especial. Ver uma pessoa cheia de energia por causa disso me faz muito feliz, mostra que estamos fazendo a coisa certa (risos).
Vocês já tocaram em diversos festivais. Mas é o tipo de show que curtem ou preferem algo mais intimista?
Brad Shultz: Ah, acho que os dois! Festivais são ótimos porque você tem um grande público e as pessoas que estão lá, normalmente, são realmente apaixonadas por música. Eles vão aos festivais para conhecer um som novo, assistir a bandas que eles nunca ouviram antes. Nós gostamos muito disso. Mas também é ótimo fazer um show intimista para pessoas que são bem fãs da banda e que realmente sabem sobre o que é a sua música. Nós gostamos de shows de todas as formas.
Cage The Elephant ganhou o Grammy, parabéns! Bom, a gente sempre vê que o pop costuma dominar esse tipo de premiação, né? É importante que uma banda com um som mais alternativo esteja se destacando em algo assim também.
Brad Shultz: Obrigada! Sim, eu acho que a música acontece em ciclos. E acredito que o que rola é que quando um movimento musical se destaca, muitas pessoas se conectam com ele. Porém, nem todo mundo se apropria disso com intenções puras e, depois que aquele produto é lançado, ele ganha fama e dinheiro e enfraquece um pouco outros desse movimento. Mas a parte boa de tudo é que tem sempre uma forma de dar a volta por cima, sempre terá uma banda, um artista ou um músico meio às escuras fazendo algo para reviver a verdadeira música. Isso vem em ondas e você tem que navegar nelas (risos).
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A banda começou lá em 2006, mais de dez anos atrás. Qual conselho o Brad de hoje daria para o Brad dez anos mais novo?
Brad Shultz: Nossa, eu não sei. Eu me daria muitos conselhos! É difícil dizer, mas tudo o que você passa e todas as coisas que acontecem na vida moldam quem você é. Eu me diria para ser sempre apaixonado por música. E eu não faria nenhuma grande mudança desse tempo pra cá.
Desde o começo vocês trabalharam com diversas bandas como o Muse, Queens Of The Stone Age, Foo Fighters e até o Dan Auerbach (Black Keys), que esteve presente na produção do “Tell Me I’m Pretty”, fizeram turnê, passaram por diversos países… O que vocês mais aprenderam com essas experiências?
Brad Shultz: Acredito que o que aprendemos é que podem até existir muitas culturas diferentes no mundo, mas, no geral, as pessoas são todas iguais e querem as mesmas coisas em suas vidas. Todo mundo quer ser amado, todo mundo quer se conectar com algo e com alguém. E, independente de suas razões, ainda existem divergências e desrespeitos culturais e é muito ruim que isso aconteça em nosso mundo. Mas acredito também que existe muita coisa boa, as pessoas podem se amar e entender as suas diferenças e a maneira que as pessoas vivem suas vidas.
Quais os planos do Cage The Elephant para 2017? Podemos esperar música nova ou até mesmo um álbum?
Brad Shultz: No momento, estamos planejando uma turnê mais acústica, tipo uma versão unplugged com instrumentos de corda, com alguns instrumentos de percussão diferentes. Durante essa turnê, iremos gravar muitas de nossas músicas em versões acústicas e colocá-las em um álbum. No meio disso, estaremos trabalhando em músicas novas também.
Você poderia deixar uma mensagem para os fãs brasileiros que acompanham a Nação da Música?
Brad Shultz: O show no Brasil é um dos momentos que mais esperamos, estamos incrivelmente animados para voltar e dividir essa paixão que nós temos pela música com os brasileiros. Também receber essa energia e a paixão que vocês têm. Então, estamos muito animados mesmo de voltar.
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