A banda punk Neck Deep veio ao Brasil neste mês de abril se apresentar em quatro cidades para promover o álbum “The Peace and Panic”, que foi lançado pela Hopeless Records: Curitiba, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo.
Antes do show na capital paulista, que você confere como foi na nossa resenha, a Nação da Música conversou com Ben Barlow, vocalista do grupo. Ele falou sobre a sensação de vir ao país, influências que tiveram para o último álbum, planos para o futuro e sua relação com bandas mais antigas.
Entrevista feita por Henry Zatz.
————————————————————————————————————— Leia a íntegra
É a primeira vez de vocês no Brasil. Como está sendo isso?
Ben: Está sendo insano. Nós sabemos que temos muitos fãs aqui há algum tempo, vemos os comentários com “venha para o Brasil” nas redes sociais. Finalmente viemos ao Brasil e está sendo ótimo, os fãs são incríveis. No show do Rio de Janeiro, eles cantaram junto muito alto. Nós ainda tivemos tempo para fazer outras coisas, fui ao mar para nadar, joguei futebol, experimentei ótimas comidas. Estamos nos divertindo bastante.
Esperavam esse sucesso no Brasil?
Ben: Às vezes vamos a algum lugar e não temos ideia de como vai ser, porque não vemos muita gente falando. Mas sabemos há algum tempo que as pessoas falam sobre o Neck Deep aqui de maneira bem apaixonada. Nós fizemos turnê por quase todo o mundo e sabíamos que o Brasil seria nossa próxima parada com uma grande plateia. Foi tudo o que eu esperava de um jeito melhor. Eu imaginei que seria incrível e está sendo incrível. Eu estou muito feliz com tudo.
E você já foi para o mar e jogou futebol. Tem outros planos para fazer aqui no Brasil?
Ben: Sim, nós temos alguns representantes aqui com a gente e estamos pensando ‘ok, tudo que for bom’ e vamos ver o que mais faremos. Nós estamos na estrada há três meses e meio, vamos tentar aproveitar o máximo que der e fazer o tempo passar rápido nesses próximos dois dias, fazendo tudo o que der. Fico feliz que deixamos o Brasil para o final da turnê, é um ótimo fim, ir a um lugar que nunca visitamos e fazer ótimos shows.
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Falando sobre o álbum mais recente. Que influências tiveram para fazer “The Peace and The Panic”? E ao que você credita o sucesso deste trabalho em especial?
Ben: Eu acredito que, pela primeira vez, tivemos diferentes influências. Dani contribuiu para as faixas mais pesadas, eu ajudei com a parte mais acústica. Nós combinamos nossas ideias para trabalhar no álbum. Um disco que inspirou bastante, pelo menos eu pensei bastante nele, foi o “In Love and Death”, do The Used. Eu gosto muito como ele varia músicas pesadas com um pop jam e era isso que queríamos. A gente queria que as pessoas ouvissem e não ficassem entediadas, e esse álbum é um grande exemplo disso para mim. “In Love and Death”, do The Used, sempre foi um dos meus discos favoritos e foi uma inspiração.
Quais foram os maiores desafios para fazer o álbum?
Ben: Eu acredito que o grande desafio foi estar longe de casa. Ficamos aproximadamente dois meses na América enquanto escrevíamos, dentro do estúdio em Los Angeles. E isso foi difícil, eu tive que ir fundo em muitas canções, elas têm significados muito pessoais. Eu acredito que o tempo e a pressão foram complicados também, você ter um prazo pode ser bem estressante. Mas eu acho que é sob essa pressão que saem os melhores resultados. Mas depois que isso passa, que eu largo a caneta e o álbum está pronto, o sentimento é ótimo. É como se você se punisse por dois meses e no final você tem essa gravação que ama e espera que o público vá amar também.
Você já pensa nos futuros projetos da banda?
Ben: Sim, já penso. Porque no momento em que “The Peace and Panic” é lançado, na hora em que qualquer álbum é lançado, o artista já escutou diversas vezes, então nesse momento a gente já pensa. Já temos algumas ideias de antes, mas quando a turnê acabar, teremos um tempo de folga e é aí que realmente vamos focar no próximo trabalho, de que jeito vamos fazer. Porque nos últimos seis meses, estivemos em turnê, então no próximos meses, proximo ano, não faremos tanta turnê, então poderemos focar nisso.
Existe algum artista que você gostaria de colaborar?
Ben: Eu gostaria de fazer alguma parceria com alguém da música eletrônica. E talvez alguns cantores mais pesados, minha voz não é boa para isso, então seria legal. Mas temos que ver, precisamos escrever a música e então pensar quem queremos nela.
Muitas bandas punk surgiram nos últimos anos. Mas com relação aos grupos antigos, como é a relação de vocês?
Ben: New Found Glory é um grupo que não somos melhores amigos, mas nos encontramos no Reino Unido e foi legal. Já conversei com Chad (Chad Gilbert, guitarrista e vocalista) e eles sempre nos apoiaram muito. Good Charlotte também foi bem prestativo, conhecemos eles na Austrália, são muito fãs da banda. O Sum 41 já nos disse que gostam também, até o blink-182! Agora eu só preciso do Billie Joe Armstrong, do Green Day.
Para finalizar, pode mandar um recado para os fãs brasileiros?
Ben: Claro! Muito obrigado pelo apoio, por ter conferido o último álbum, por ter feito tanto barulho nas redes sociais nos últimos anos, isso funcionou, fez com que a gente viesse para fazer shows para vocês. Espero que curtam os shows e, definitivamente, nos veremos no futuro.
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