O MAR ABERTO acaba de entregar ao público o seu mais recente trabalho, a faixa que ganhou o nome de “Jeitos e Defeitos”. Além da canção, eles divulgaram também um videoclipe que foi gravado com uma banda ao vivo, em um formato nunca feito antes pelo duo.
Lançada pela Universal Music, a música é o pontapé inicial na nova era da carreira de Gabriela Luz e Thiago Mart e estará presente no próximo EP deles, que será homônimo. O projeto contou com a produção do cantor, compositor, produtor e multi-instrumentista Lucas Lima.
Para falar sobre o material, eles bateram um papo com a Nação da Música no dia anterior ao lançamento, pelo Zoom, e contaram sobre como tem sido o processo de construção criativa, sobre suas influências, composições, fãs e muito mais.
Entrevista por Katielly Valadão.
——————————— Leia a íntegra:
Oi Gabi, oi Thiago, prazer! Como vocês estão? Como vai a vida, como vai tudo?
Gabriela e Thiago: Oi, Katy!
Thiago: Estamos ansiosos pra cacete! (nesse momento começamos a gravar a entrevista)
Gabriela: Que bom que não gravou o ‘estamos ansiosos pra cacete’ (risos)
Eu gravei na cabeça! (risos)
Thiago: Gravou agora. É meu aniversário amanhã, lançamento de música, imagina…
Então, vocês vão lançar single novo amanhã, “Jeitos e Defeitos”. Pra gente começar, eu quero deixar vocês super livres pra contarem com suas próprias palavras qual vai ser o conceito desse novo material e como ele vai chegar estar chegando ao mundo.
Thiago: Boa. Primeiro a gente quer agradecer vocês da Nação da Música que é realmente o portal, a página, enfim, que mais deu espaço pro MAR ABERTO nos últimos tempos, a gente agradece aí a receptividade e boa vontade de vocês, de coração.
Grabriela: Muito mesmo.
Thiago: Cara, o MAR ABERTO está se tornando uma banda, deixando de ser somente um duo pra virar uma coisa maior, porque eu acho que é o que o projeto pede e merece. E isso tá acontecendo, é muito curioso, porque eu e a Gabi, a gente tá cada vez mais ‘nós dois’. A gente se mudou de casa, a gente tá decorando a nossa casinha, nutrindo o nosso seio familiar, nosso ninho, a nossa relação, e o projeto tá fazendo isso, tá expandindo. Vem baixo, batera, metais, piano… Deixou de ser apenas voz e violão, ou como o carro chefe da história pra se tornar uma parada muito maior, né, Gabi?
Gabriela: Exatamente. E a nossa ideia com esse projeto, é realmente… como a gente está numa pandemia, estamos ainda…
Thiago: Saindo, saindo…
Gabriela: Saindo… Esperando os shows voltarem, todo mundo ansioso, não vê a hora de ir em show, a nossa ideia era realmente trazer um pouquinho, um gostinho, do que será um show do MAR ABERTO assim que isso tudo passar. A gente se divertiu muito fazendo, foi muito gostoso, assim, o processo todo, desde gravar as músicas pra depois gravar os clipes, foi um processo muito gostoso.
Thiago: Muito, foi uma delícia, e acho que as pessoas vão sentir isso. Dá pra sentir, tá transparente, não só nas músicas, não só no vídeo né, que você tem imagem, mas também nas músicas, você escuta ali e fala ‘pô, eles fizeram isso amarradões’.
Que ótimo. E bom, a música vai fazer parte de um futuro EP, né? Eu vi o Lucas Lima comemorando super empolgado e orgulhoso nas redes sociais por ter produzido esse trabalho. Vocês podem contar pra gente um pouquinho de como está sendo a construção por trás da nova era e como tem sido trabalhar com um músico tão experiente e tão incrível como o Lucas?
Thiago: Eu acho que é um momento muito positivo porque finalmente a gente tá podendo delegar funções dentro do MAR ABERTO, não somos mais só nós dois. A gente tem a Universal, tem a Em Cima Do Palco, tem a Novità, todo mundo que trabalha com a gente são pessoas muito competentes, então a gente delega tranquilo. Fala assim ‘cara, vai voar’. Então, pro lançamento, a gente estava conversando isso hoje cedo, inclusive, nunca esteve tão fervilhando assim, de ‘pô, vamos fazer isso, vamos fazer aquilo’, tem a estratégia, isso e aquilo. Pra nós, como artistas, isso é maravilhoso porque a gente sente mais confiança ainda de que o negócio vai vingar, vai dar muito certo. E trabalhar com o Lucas, a gente estava falando agora que cara, foi transformador. Fala aí.
Gabriela: Nossa, foi muito leve, sabe? Como a gente trabalha com emoção, com sentimento, a gente tem que estar muito à vontade. Então ele deixou a gente super a vontade. Ele é muito engraçado, então ele deixa o clima assim divertido, a gente ficou fazendo piada até o último segundo, né?
Thiago: Foi o tempo inteiro, cara. O tempo inteiro. A gente riu tanto quanto cantou, eu acho. Talvez cantou menos.
Gabriela: Aham! E foi isso, foi muito divertido a gente não tem nada pra falar de…
Thiago: Nada negativo! Eu acho que ele tem muito método. Você falou de músico experiente, né? Ele é um músico formado, mas eu sinto que ele consegue ainda ter um aspecto artístico muito forte dentro dele e ele absorve os artistas que estão trabalhando junto. Então era ‘o Thi e a Gabi querem fazer isso, esse é o vilão do Thiago, esse é o jeito de cantar da Gabi, do Thi, vou fazer isso!’, sabe? Ele conhece, sabe tudo que tá acontecendo. Ele sabe o que o baixo tá fazendo, qual é a linha, quais são as notas, qual é o desenho melódico, ele sabe o que tá acontecendo na bateria, porquê que tem que ser o timbre tal… Então assim, a gente fica muito seguro, entra dentro dessa esfera de possibilidades de delegar, né? Você delega a produção pra alguém que é absurdamente competente, ele vai lá e executa um ótimo trabalho. As pessoas que estão cuidando do lançamento igualmente, então a gente fica muito seguro e feliz de fazer o nosso trabalho que é tocar e cantar.
Vocês estão vindo de um trabalho que foi bem gostosinho e muito bem-sucedido, o “Baseado em Amores Reais” (inclusive, eu acho esse nome incrível, muito, muito bom). Como foi a transição criativa entre um projeto e outro, principalmente considerando como vocês falaram, que a gente tá numa pandemia, nesses tempos difíceis, diferentes, então como está sendo essa parte?
Thiago: Olha, dando os devidos créditos, quem inventou esse nome foi o Mess, que foi o diretor do “Baseado Em Amores Reais”, e ele foi muito feliz porque acho que descreveu muito bem, né? É um projeto diferente. Falando de produção musical, nós entramos em estúdio com as guias prontas e as músicas foram montadas em cima dessas guias, do voz e violão. Inclusive, os vocais que a gente tinha gravado nessas guias, porque a gente gravou muito bonitinho, com qualidade de estúdio e tal, permaneceram. E foi uma coisa mais programada, então a bateria é programação, metais, guitarra. Mas não houve isso de tocar com os músicos e sentir e tal.
É um aspecto que a gente sentiu falta, mas que não era a linguagem deles, né? Ficou muito bom o projeto, animal, ‘pô, a gente quer isso, vamos produzir com alguém que traga essa coisa dos músicos pra tocar junto’. E aí foi o encontro das águas porque a gente queria muito e o Lucas trouxe pessoas maravilhosas pra tocar junto. E aí eu acho que a sonoridade do MAR ABERTO ganhou a característica que ela devia ganhar, né?
Gabriela: Exatamente. E assim, você falou do… sua pergunta foi sobre a pandemia, né?
A transição criativa de um projeto para o outro nesses tempos difíceis e tal.
Thiago: Uma pergunta boa, aliás. Você faz ótimas perguntas e fala muito bem!
Gabriela: Muito boa!
Ai, muito obrigada, fico feliz em saber (risos)
Gabriela: São linguagens muito diferentes, né?! Do que a gente fez no “Baseado em Amores Reais” pro de agora, mas eu acho que é realmente um frescor, uma novidade, mais uma cara de ao vivo mesmo.
Thiago: Sim, é isso. O que você falou é muito bom, a expressão que você usou. São linguagens completamente diferentes. E acho que fazer isso em uma pandemia só foi possível porque a gente tem o suporte e a empolgação das pessoas que trabalham com a gente. Tem duas pessoas que trabalham diretamente conosco, que são o Pietro e a Thaís, que eles se empolgam tanto quanto a gente. Então assim ‘meu, vamos fazer um negócio com cara de ao vivo’, e eles falam ‘puta, vamos!’. O mundo tá meio parado, tá foda, né, não tem outra expressão, e essas pessoas estão dizendo que dá? Vamos! Vai dar. E aí você vai com os dois pés no peito. Então é isso, que acho que tomamos todos os cuidados, tivemos um excelente suporte de pessoas que falaram ‘pô, não, dá pra fazer, vamos fazer’. Se não fosse isso, eu acho que a gente teria mais receio de ousar nesse momento.
Gabriela: É o gás, né? O gás que a gente precisa e eles dão a todo momento assim.
E ainda dentro do tópico de criatividade, algumas músicas de vocês têm se enraizado no imaginário das pessoas, trechos virando legendas de fotos no Instagram e coisas assim. Então como compositores, como vocês sentem essa energia e como essa reposta positiva reflete no modo de vocês pensarem no que vem a seguir?
Thiago: Interessante. Isso que tá acontecendo hoje – eu vou fazer trinta e cinco anos, a Gabi vai fazer vinte e sete – a gente sonha desde os… Eu sonho desde os dezesseis, a Gabi eu acho que desde os doze, né? Quinze, dezesseis, doze, assim… E lá atrás eu projetei, eu falei ‘cara, eu quero que as pessoas tenham – nas minhas músicas, porque era só eu, não tinha encontrado a Gabriela ainda – um refúgio, algo que expresse o que elas estão sentindo e isso acontecer é ma-ra-vi-lho-so! Pô, a gente recebeu vídeo de um casal…
Gabriela: De casamento, a gente recebe cada um…
Thiago: Eles casando cantando a nossa música! E a gente tipo ‘mano do céu’… Aí cria assim uma responsabilidade, mas é mais do que a responsabilidade de agradar, é de olhar pra si e falar assim: foram os dilemas que eu passei e a minha necessidade de cura pessoal, da minha vida, que motivou as coisas que eu escrevi, a Gabi também né, são os nossos dilemas. Então a gente não pode perder a conexão com nós mesmos e só olhar pro público. Falar assim ‘o que eles estão querendo ouvir agora? Hmmm, eles querem ouvir sobre isso’. Não obstante, você pode, agora que você tem público, que você tem audiência, voltar os ouvidos pra ele e falar ‘pera, cara, essa menina falou que o cara não assumiu o relacionamento com ela por causa disso, disso, disso… opa!’, vem um tema, né? Então a gente abre pra temas.
Gabriela: Total. Eu acho que quando acontecem essas ocasiões assim, vídeo de casamento, legenda em foto, história que mandam que aconteceu tal coisa com a nossa música, esses são os grandes combustíveis pra gente ‘nossa, olha que legal’, seguir fazendo. Eu acho que traz uma força muito grande pra cada música ler o que aconteceu. Isso das coisas que contam, porque tem coisas…
Thiago: Que não contam!
Gabriela: Então eu acho que isso, o fato da criação assim, é isso que o Thi falou, a gente não fica arquitetando muito. Tipo ‘ai, vamos escrever sobre isso, olha, o pessoal tá gostando disso, vamos continuar escrevendo sobre isso’. A gente tá tentando sempre inovar, então vamos sentar pra compor, não vamos falar de relacionamento hoje (risos)
Thiago: É, vamos tentar fazer outras coisas.
Gabriela: Vamos tentar! (risos)
Thiago: O Jonh Mayer fala uma coisa muito legal. Ele respondeu perguntas nos stories deles esses dias e falou: ‘procure por simbolismos depois’. E aí estendendo, simbolismo, significado, procure por isso depois. Escreva. Porque tem algo sobre escrever que é aquele estado de flow, que não pode ser uma coisa milimetricamente pensada, ao menos para o que a gente quer. Porque o que a gente quer é permanecer. A gente quer que as pessoas escutem o MAR ABERTO daqui dez anos. Se fosse tão fácil, já tem quatro anos. Vai fazer cinco anos. As pessoas escutam “A Encomenda da Minha Vida”, três anos. “Logo Agora” quase isso também. Então é isso, a gente quer que as coisas permaneçam, então se a gente ficar muito analítico, a gente vai fazer algo muito pensado, e acho que tem que ser sentido antes de pensado.
Certíssimos! E de volta ao EP e essas próximas músicas, quais têm sido as principais influências e a maior motivação de vocês dentro da música ultimamente? A gente vai poder esperar um processo mais interno, intimista, ou ele tá cheio de influências externas, de outros artistas, como é?
Thiago: Vou falar no meu caso, tá? Porque encontrar o Lucas foi encontrar uma pessoa que também tem muitas influências parecidas. Você também (falando com a Gabi), acho que é o caso de nós dois. Eu sempre quis fazer um disco que tivesse alguma coisa do “Continuum”, do John Mayer, que tivesse alguma coisa do “Coco”, da Colbie Caillat, alguma coisa de Norah Jones, daquele disco que tem “Don’t Know Why”. Ao mesmo tempo que fosse atual e que tivesse a brasilidade que tem um disco do Lenine, que tenha alguma coisa do Djavan, do Jorge Vercillo, alguma coisa da Marisa Monte, Tribalistas, e cara, ele pegou e falou ‘essas são as referências mais profundas de vocês? Essenciais? Então é disso que a gente vai fazer’. Só que isso não foi muito conversado, isso foi mais intuito.
Gabriela: É, foi mais intuito. E também a gente nunca pega uma referência a ferro e fogo, assim. Pra não ficar a cara de ninguém, pra ficar a cara do MAR ABERTO. Então é bem sutil, assim. Acho que são caminhos, mas não é…
Thiago: É, não é uma coisa definida, tipo ‘tem que ser assim’, mas o mais legal é que a gente meio que parou de tentar buscar coisas. ‘Tá rolando isso aí, acho que a gente pode por isso no nosso som’, sei lá, a gente não pensou. A gente tocou. E ele arranjou. E aí quando você escuta você tem essas referências essenciais, estão ali dentro do som, mas não é numa perseguição absoluta a ninguém.
Gabriela: Exatamente.
Agora fugindo um pouco do aspecto puramente musical, quero saber de um modo geral, da vida, pensando na vida, o que vocês diriam que inspira vocês a fazer arte?
Thiago: Boa pergunta. Cara… fala Gabi!
Gabriela: Pode falar, pode falar (risos)
Thiago: Não, vai você!
Gabriela: O que me inspira é poder mudar, às vezes de uma forma tão pequena, mas mudar alguma coisa na vida de outra pessoa. Pra mim, qualquer coisa, não precisa nem ser ‘olha, o dia mais importante da minha vida foi com a música de vocês’. Isso é maravilhoso também, mas às vezes assim ‘nossa, eu estava num dia tão ruim, eu ouvi uma música de vocês e já tô rindo aqui’’ Pra mim, já muda o meu dia também.
Thiago: Isso é verdade. Isso é muito legal, saber que você faz a diferença na vida de alguém, ainda que num detalhe. E eu acho que um aspecto que é muito inspirador no nosso dia a dia são conversas. Vira e mexe você está num papo com alguém, a pessoa fala um negocio e você tipo ‘puta cara, isso é muito legal’. Ontem eu estava na casa de um amigo, aí ele falou assim, ‘cara, eu vejo a minha vizinha aqui do prédio da frente mais do que eu vejo os meus pais’. Aí eu ‘cara, isso é muito música!’. Eu te vejo mais do que eu vejo meus pais, mas eu nem sei o que é que você faz da vida. A gente é intimo e é distante, a gente tá separado por uma janela. Aí eu já fiquei ‘vamos fazer uma música sobre isso’. É muito bom conversar com as pessoas e escutar o que elas têm a dizer porque acho que isso inspira bastante.
Vamos fazer uma rodada de perguntas mais leves agora (risos), se eu pedisse pra olhar o Spotify de vocês dois agora, quais artistas eu encontraria nos seus mais escutados ultimamente?
Thiago: Olha, vamos ver, vamos abrir aqui hein! (os dois pegam seus celulares para olhar o Spotify)
Gabriela: (risos) oh, o meu seria McFly, que eu amo! Voltei a ouvir muito.
Thiago: (falando com a Gabi) bota no início aqui oh, aí ele vai te mostrar.
Gabriela: Ah, Justin Bieber! A gente tá ouvindo muito! (risos)
Thiago: Justin Bieber a gente tá ouvindo demais. Demais! Existe aquele momento da vida, existiu né, que você percebeu ‘cara, eu gosto de Justin Bieber! Ele me entendeu!’.
Gabriela: Ele me entendeu! (risos)
Thiago: Tipo, ‘ele faz coisas que eu gosto’, é muito legal. O quê mais? Olha, no meu tem Justin Bieber, tem James Arthur, que é um cara que eu adoro também, ele é inglês. Nothing But Thieves, que é uma banda de rock bem foda, Dua Lipa, Justin Bieber eu já falei né, quê mais?
Gabriela: Olha, no meu tem também Flávio Ferrari.
Thiago: Flávio Ferrari, menino muito bom de recife, acabou de lançar uma música com a gente, que a gente compôs junto com ele Tem Jonh Mayer, Daniel Ceasar, vish, tem coisa pra caramba!
Gabi, também sou fã do McFly! (risos)
Gabriela: Ebaaaa! (risos)
Tá, a gente ainda tá dentro do Spotify de vocês, agora pensando como compositores, tem alguma música, ou algumas, que vocês olhem e pensem assim: “nossa, eu queria ter escrito essa música”?
Thiago: Nossa, eu penso isso sempre. Sempre, sempre! Dá uma raiva escutar música boa! Tô zoando. Mas você fala ‘que legal, né? Cacete, eu queria ter escrito isso’. Tem uma pessoa que sempre que eu escuto as músicas eu falo ‘puts, eu gostaria de ter escrito, ou eu escreveria algo nessa onda também’, que é o Vitor Kley. Eu acho que a gente tem muita conexão, a gente escuta as coisas uma do outro e fala ‘mano, é meio que isso aí, né?’.
Gabriela: Eu queria ter escrito “Bem Que Se Quis”. Aliás, a gente regravou ela no “Referências”, e pra mim é um clássico que nunca morre. Queria muito ter escrito ela.
Thiago: Você falou “Bem Que Se Quis”, eu vou dizer “O Amor é o Segredo”, do Vitor, que eu acho linda.
Vocês têm uma plataforma de admiradores bem fiéis, mas agora pra quem está começando a conhecer o MAR ABERTO, pra quem vai começar a ouvir, como vocês se apresentariam e qual vocês diriam que é a essência de vocês?
Gabriela: A gente se apresentaria que nem nosso vídeo do TikTok.
Thiago: É. Oi, eu sou o Thiago, eu sou a Gabi, as nossas músicas tocam direto no supermercado, talvez você já tenha ouvido, pois saiba que somos nós. A gente não quer ficar famoso a todo custo. Se você tivesse assistindo um reality show da nossa vida, você ficaria entediado. Mas se você escutar a nossa música talvez você sinta algo de especial! Então, é isso.
Gabriela: É isso (risos)
Amei. Nosso tempo tá quase acabando, mas a gente pode fazer uma dinâmica agora? A gente inverte de lados, vocês são jornalistas, vocês estão conduzindo essa entrevista. Tem algo que vocês gostariam de falar sobre a nova música, sobre o EP, sobre vocês, enfim, qualquer coisa, e que eu ainda não tenha perguntado?
Gabriela: Olha que legal.
Thiago: Olha que interessante. Olha, puta exercício legal, né?
Gabriela: Ah, muito! Vamos lá, deixa eu pensar…
Thiago: Vai, Gabriela, você é jornalista.
Gabriela: Vai tu, vai tu (risos)
Thiago: Então vamos lá, eu vou fazer uma pergunta aqui ao MAR ABERTO. Como vocês conseguiram manter os aspectos musicais de vocês, jeito de tocar e jeito de cantar num arranjo maior? Mudou alguma coisa? Mudou o seu jeito de tocar o violão, Thi? Mudou seu jeito de cantar, Gabi? Você precisou mudar muito as dinâmicas do que você estava acostumada ou a produção conseguiu abraçar isso?
Gabriela: A produção conseguiu abraçar isso.
Thiago: Conseguiu abraçar isso. Mudou nada.
Gabriela: É aquilo que eu falei, foi muito natural, a gente canta do mesmo jeito.
Thiago: Falando de violão, eu toco um violão percussivo que ocupa muito espaço dentro da música e eu sempre tive muito embate com produtores do tipo ‘puta cara, não faz esse tapping que você faz, corta um pouco disso’, e o Lucas só falou assim ‘mano, esse seu violão eu adorei, vamos nessa’, sabe? Aí a realização pessoal de falar que é meu jeito de tocar, são as minhas músicas, as nossas músicas, e rolou. Foi isso, satisfação total.
Então gente, nosso último minutinho, infelizmente, dessa conversa gostosa. Pra gente finalizar, vocês querem deixar uma mensagem especial para os fãs de vocês e para todos os leitores aqui da Nação da Música?
Gabriela: Nação da Música, muito obrigada por sempre estar do nosso lado. Queremos muito que vocês ouçam nossa música nova, depois vem o EP também, e é isso, estaremos sempre aqui, né?
Thiago: Sempre aqui, fazendo música de coração, do nosso coração, espero que direto pro seu. E é isso. Obrigada Nação, vocês são top! Logo a gente vai estar juntos, pessoalmente.
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