Entrevistamos Marcelo Perdido sobre novos singles e projetos futuros

MARCELO PERDIDO
Foto: Divulgação

Cantor, compositor, músico e videoartista carioca radicado em São Paulo, Marcelo Perdido faz de sua música uma apropriação da brasilidade e da MPB como uma ponte entre o pop e o alternativo. Suas canções, como o próprio artista define, “são feitas para aqueles que se sentem perdidos”.

A Nação da Música conversou com Marcelo Perdido sobre colaborações com Tiê e Teago, da Maglore, sobre os projetos futuros e muito mais.

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Entrevista por Marina Moia.
————————————– Leia a íntegra:
Marcelo, recentemente você divulgou “Mais”, com participação da Tiê. Como foi o processo criativo desta música?
Marcelo Perdido: Eu escrevi a letra em 2020, re-assistindo um monte de filmes sobre amor, ela tem um pouco de cada filme que vi. Quando fui compor a canção percebi que ela era para a Tiê cantar junto, acho que nossos universos poéticos são parecidos, valorizamos o cotidiano na hora de escrever, ela gostou da canção e aceitou participar.

Como surgiu a parceria entre você e a Tiê e como foi o trabalho em conjunto?
Marcelo Perdido: A Tiê é minha amiga pessoal, já contei com essa amizade em fases bem diferentes da minha vida, momentos difíceis e etc. Ela e seu companheiro, o André Whoong, são do grupo de melhores amigos que tenho. Então é meio natural fazer coisas juntos, tô sempre fazendo vídeos para ela e para ele, nos ajudamos mutuamente sempre, é bem bom.

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Você também trabalhou com o Teago, da Maglore. Como funcionou a parceria entre vocês?
Marcelo Perdido: Eu sou muito fã do Teago e da Maglore, já fomos do mesmo escritório de venda de shows e nos apresentamos na mesma data, íamos nos shows, mas não chegava a ser uma amizade por falta de convivência.

Quando escrevi “carnaval” pensei que poderia chamar Teago para cantar por ele ser de Salvador e eu do Rio, o carnaval de rua é uma coisa muito presente nessas duas cidades desde sempre, então eu sabia que além de cantar maravilhosamente, ele sacaria o sentimento da canção, se apaixonar no carnaval etc. Foi uma delícia.

Você já lançou cinco álbuns solo, sendo que o último “Não tô aqui pra te influenciar” foi considerado um dos melhores do ano pela APCA. Como foi receber essa notícia?
Marcelo Perdido: Foi uma surpresa, o “Não tô aqui…” foi um disco feito realmente no começo da pandemia, para não pirar e com a sombra de uma notícia que me desestabilizou que foi a doença autoimune de minha avó. Ele é um disco de pequenas histórias sobre uma cidade imaginária, que seria o Rio, mas o Rio de Janeiro que eu vivi na infância misturado com coisas que eu devo ter inventado na minha cabeça. É um disco que adorei fazer e esse reconhecimento da APCA veio como um recado: outras pessoas também gostaram do disco.

Os quatro primeiros discos seguiram um conceito, um para cada estação do ano. Nos próximos, você pretende seguir conceitos novamente? Como isso influencia na sua composição?
Marcelo Perdido: Não pretendo, eu me coloquei nessa função de fazer 4 discos no começo da minha carreira para me avaliar como compositor/artista, foi quase que um estágio, uma preparação. Hoje entendo o lugar que estou como artista, os temas que me deixam confortável em escrever e cantar.

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Você tem lançado vários singles, como comentamos no começo da entrevista. O que podemos esperar de Marcelo Perdido para 2022? Mais singles, um disco, turnê…?
Marcelo Perdido: Vou lançar um disco que terá os 3 singles que foram antecipados: Que bom, Carnaval e Mais. Esse disco é mesmo um novo momento em minha carreira, um disco que eu deixo de lado um pouco a sonoridade lo-fi, e abraço um som mais radiofônico e popular. Quero que se possível minha música chegue a mais pessoas mesmo, tanto na internet quanto fora dela… por isso espero sim poder me apresentar algumas vezes ao vivo por aí, mas vai mesmo depender da situação que estivermos em agosto, quando deve sair o disco. Fazer shows tem sido um desafio ainda maior durante a pandemia, mas tenho esperanças de que poderei trabalhar esse disco como ele merece.

Com quem gostaria de colaborar no futuro?
Marcelo Perdido: Eu gostaria de escrever canções que fossem gravadas por cantoras, sempre sonhei com isso, se você é uma artista que está procurando repertório para gravar me escreve.

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Gostaria de mandar um recado aos leitores da Nação da Música?
Marcelo Perdido: Amar e incentivar a música nesse país não tem sido fácil, obrigado todes que saem de casa para ver shows ou que nos levam em seus fones de ouvido por aí, é pensando em vocês que fazemos as canções!

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Marina Moia
Marina Moia
Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.