Entrevistamos Rafa Martins sobre o álbum e a turnê solo “Paisagens”

Rafa Martins
Foto: Divulgação / Dário Matos

O cantor, compositor e produtor Rafa Martins vem se preparando para levar aos palcos a turnê de seu mais recente álbum, que recebeu o título de “Paisagens”. O trabalho, que nasceu durante a pandemia, é o retrato de seu projeto solo e paralelo ao som da banda Selvagens à Procura de Lei.

Embalado por composições intimistas e introspectivas, o disco de Rafa transita entre o o folk, o indie e o soft rock. Em bate papo com a Nação da Música, o cantor contou sobre as suas atuais influências artísticas e sobre a ansiedade em dar início à turnê que começa no dia 10 de junho, em São Paulo.

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Entrevista por Katielly Valadão.
——————————— Leia a íntegra:
Olá, Rafa. Obrigada por falar conosco da Nação da Música! Primeiro de tudo, você está se preparando para voltar aos palcos muito em breve. Como tem sido trabalhar na construção dessa turnê solo e como estão as expectativas em relação a voltar a se apresentar ao vivo?
Rafa: Fala gente, prazer falar com vocês. Desde que lancei o “Paisagens”, fiz 4 shows e agora estão surgindo convites conforme o disco tem se espalhado mais. Vejo o reflexo disso nos ouvintes mensais e acompanhando os dados nos streamings. Tem sido uma caminhada massa, principalmente por ser uma novidade na minha vida como artista.

Nunca tinha me aventurado em nada solo, apenas participando como musico convidado em gravações de outros artistas ou como compositor. Estou curtindo muito esse momento de poder entregar a minha visão de repertório, show, estética nas apresentações.

O seu mais recente álbum, “Paisagens”, tem um tom bem introspectivo e intimista. Como foi o processo de escolha das canções que entraram na seleção final desse projeto e como você diria que elas refletem na identidade desse período que você está vivendo na sua carreira?
Rafa: As músicas do “Paisagens” foram feitas e gravadas durante o isolamento social da pandemia. Elas carregam sim um tom mais introspectivo, até pelo momento e tudo mais, mas vejo que nos shows elas assumem um clima contemplativo e com mais energia junto à banda.

As músicas do “Paisagens” vieram de uma leva de mais ou menos 20 e poucas musicas… não foi fácil selecionar, mas tentei chegar num resultado que contasse uma história tanto nas letras quanto na musica. Algumas outras ficaram de fora, mas podem aparecer a qualquer momento como single.

Rafa, quais têm sido as suas influências artísticas ultimamente? Nessa nova etapa nós podemos encontrar influências externas, de outros artistas, ou tem sido um processo mais interno e, quem sabe, até de autodescoberta?
Rafa: Quando eu tava compondo o disco ouvia bastante folk, tipo Paul Simon e Cat Stevens. Hoje já estou numa sintonia maior com musica brasileira, curtindo muito umas coisas oitentistas do Caetano, por exemplo. Estou afim de explorar novos caminhos musicais, mas sempre fazendo algo que me agrade e que me sinta confortável quando for cantar minhas letras.

Tendo em vista que esse projeto nasceu durante a pandemia, qual você diria que foi o maior aprendizado durante a construção de “Paisagens” e o que mais te orgulha nele?
Rafa: Sem dúvidas, foi um baita desafio fazer tudo sozinho. Acabei gravando todos os instrumentos, embora tenha o Mauricio Takara na bateria e um amigo de infância Daniel no teclado. Acho que nos próximos, vou querer mais gente por perto pra não me sobrecarregar [risos]

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É um caminho muito solitário, mas muito prazeroso. Totalmente diferente da dinâmica de estar numa banda, mas também com suas dores e amores. Sinto muito orgulho quando vejo pessoas compartilhando as musicas, contando o quanto elas estão significativas, compartilhando, postando no Instagram… tudo isso me enche de orgulho e me dá vontade de lançar mais músicas.

Rafa, o Selvagens à Procura de Lei tem muita história contada em forma de música. Como você sente e como você experiencia essa transição entre trabalhar em um coletivo, da banda, e em seguida passar para o solo, pessoal e mais íntimo?
Rafa: Sim! Posso dizer que minha vida tá ali nas musicas dos Selvagens que escrevi, como “Despedida”, “Tarde Livre”, “Mar Fechado”, “Enquanto Eu Passar Na Sua Rua”, “Sede ao Pote”.. são muitas. Se um dia nossa história for contada, a minha vai se misturar pelas letras. No momento, agora em que estou também solo, consigo enxergar mais onde minhas composições podem entrar: se vai pra banda ou pra solo. Faço musica praticamente todo dia, então a fonte está boa pros dois lados.

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Em relação ao repertório das suas apresentações ao vivo, o que o público pode esperar da seleção de canções que vão ser tocadas nos shows?
Rafa: Vou tocar o Paisagens inteiro com a banda, alem de musicas dos Selvagens e uma versão que preparei de Esotérico Gilberto Gil. Vou ter a sorte de ser acompanhado pela Carol Navarro (baixo/voz), Pedro Furtado (bateria) e Davi Serrano (guitarra/teclado).

Tem algo em especial sobre “Paisagens”, sobre a turnê e sobre todo o seu novo trabalho que você gostaria de compartilhar com todo mundo e que eu ainda não tenha te perguntado? Fica à vontade para contar!
Rafa: A turnê está ganhando força junto com o disco, esse ano devo fazer datas no Nordeste, por exemplo. Uma novidade bem massa que tenho pra contar é que tem dois feats programados pra lançar no segundo semestre, dando continuidade ao disco. Tô bem animado!

Para finalizar, você pode deixar uma mensagem para todos os leitores da Nação da Música que vão te acompanhar por aqui?
Rafa: Quem estiver em São Paulo agora na sexta-feira, dia 10/06, vamos no show! Pro restante da galera, me acompanhem nas redes que estou sempre por lá com novidades! @rafaeomartins. Valeu, Nação da Música!

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Katielly Valadão
Katielly Valadão
Jornalista apaixonada por palavras, cultura e entretenimento.