A dupla The Inspector Cluzo veio ao Brasil pela primeira vez e participou do último dia do festival Lollapalooza, que aconteceu em São Paulo.
Formado por Laurent Lacrouts e Mathieu Jorudain, o grupo lançou, no fim de 2018, o álbum “We The People Of The Soil”.
Além da música, os franceses dividem o tempo com seu trabalho numa fazenda que possuem e fazem agricultura orgânica para consumo próprio.
Nós entrevistamos os dois integrantes para saber sobre a vinda ao Brasil, a participação no festival e esse estilo de vida que possuem.
Entrevista por Henry Zatz.
——————————- Leia a íntegra:
Bem-vindos ao Brasil! Vocês acabaram de sair do show que fizeram no Lollapalooza, como foi a experiência?
Nós gostamos muito, porque a plateia estava aqui e interagiu bem com nosso show, batendo palmas, cantando quando a gente pedia, eles estavam compartilhando bastante a energia. Nós estamos muito orgulhosos de estar aqui pela primeira vez, que é nosso 65º país visitado até agora. Então estamos muito orgulhosos e felizes de estar aqui.
O que acharam do Brasil? Corresponde ao que tinham ouvido?
Nós estamos aqui a poucos dias, então não conseguimos ver muito do país mesmo. Por exemplo, nós somos do sul da França, que é diferente do resto. Então é difícil de dizer sobre o Brasil, precisamos voltar para cá com mais calma, porque é muita diversidade por aqui. Não queremos dizer coisas comuns, porque queremos conhecer de verdade, sabemos que todo país tem sua história, seu povo, então é importante ter cuidado antes de falar.
Sobre o Lollapaooza, chegaram a assistir a algum show?
Sim, na sexta-feira nós conseguimos ver alguns shows, como St. Vicent, por exemplo. Aí depois voltamos para fazer o trabalho de divulgação.
E o que vocês gostam de ouvir?
Nós somos amantes da música, num geral. Mas amamos música de coração, músicas que são tocadas com a alma, sem computadores, coisas como Neil Young, Ry Cooder, AC/DC, Frank Zappa, Jimi Hendrix e Rage Against The Machine.
Vocês lançaram um álbum ano passado. Qual a música que vocês mais gostam de tocar em shows?
Nós não temos uma música favorita, mas podemos recomendar “A Man Outstanding In His Field” para as pessoas que querem conhecer um pouco mais sobre nós, porque nós tocamos um rock ‘n’ roll único. Nós temos momentos de muita potência e de tranquilidade na mesma música. Então é uma música muito diversa, é muito boa.
Além de fazerem música, vocês possuem uma fazenda com produção orgânica. Contem um pouco sobre isso, como conseguem alinhar tudo?
Sim, além de fazer música, nós temos uma fazenda que conta com 8,7 hectares. Nós plantamos algumas coisas que nós mesmo comemos, não é uma grande fazenda, mas o propósito é sermos autossustentáveis. Além disso, nós fazemos tudo sozinho que envolve nossa música, como produção e gravação. Nossa ideia é sempre fazer tudo nós mesmos.
E sobre serem responsáveis por tudo na própria carreira musical. Por que optaram por fazer dessa forma? Que dificuldade encontram com isso?
A coisa boa é que a gente é livre, a gente pode fazer o que quiser. A coisa ruim é que temos que trabalhar o tempo inteiro, é um trabalho difícil, mas que vale muito a pena. Claro, é difícil fazer um espaço na indústria da música sem ter alguém te impulsionando, porque normalmente dão preferência para as grandes gravadoras. Então a consequência disso é que, para competir, temos que ser o melhor que podemos, porque partimos de um andar abaixo. Às vezes temos que provar nossa qualidade e nos esforçar em dobro. Mas isso deixa a banda mais livre.
E se vocês fossem responsáveis por montar um festival, quem gostariam de ter como headliners?
Clash, Ry Cooder, Neil Young, Pearl Jam, ACDC, Frank Zapa. Acho que para um dia isso está muito bom.
Poderiam mandar um recado para os leitores da Nação da Música?
Nós somos o Inspector Cluzo e espero que tenham gostado da entrevista com a Nação da Música.
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