Quem sempre vai no Lollapalooza, com certeza já conhece a banda, mas vale lembrar: Of Monsters and Men é uma banda Islandesa que já havia marcado presença no festival há 3 anos. Na apresentação que rolou no último sábado, nós da Nação da Música conversamos com Ragnar Þórhallsson, Arnar Rósenkranz Hilmarsson e Kristján Páll Kristjánsson pouco depois do show deles no Lollapalooza Brasil 2016.
Entrevista: Gabriel Simas / Tradução: Veronica Stodolnik
Leia na íntegra ————————————————————————————————
Notamos que a banda está maior — vocês são em cinco integrantes, mas tem mais pessoas no palco. Foi uma decisão entrar em turnê com mais pessoas em certos lugares e menos em outras? Como isso afeta a música e as apresentações de vocês?
Ragnar: Nós tomamos a decisão de não fazer playback, então precisamos de mais músicos no palco. Desde que entramos em turnê levamos nove pessoas conosco para todos os lugares. Isso faz com que os shows mudem de um para outro. Quando você toca com playback é sempre a mesma coisa, e isso faz com que os shows sejam “mais” ao vivo.
Soa muito mais poderoso. Eu lembro do primeiro show de vocês no Lollapalooza quando vieram para o Brasil pela primeira vez. Eu os vi no Brasil e no Chile, e foi muito legal. Mas hoje foi muito mais impressionante, e realmente soava como música ao vivo de verdade. E já que estamos falando de Lollapalooza, essa é a segunda vez que vocês estão vindo para se apresentar na América do Sul, e também a segunda vez no Lollapalooza. Teve uma grande mudança no número de pessoas que vocês vão tocar para, pelo menos aqui no Brasil. Eu me lembro de ter visto uma plateia muito grande no Chile, e aqui foi menor. Mas hoje o lugar está lotado. Como vocês se sentem sobre o Brasil? Como que é para vocês estarem aqui de novo?
Armar: Voltar para o Brasil foi muito bom. Estávamos falando sobre isso hoje mais cedo; esse foi provavelmente um dos melhores shows que tocamos desse álbum.
R: A gente sempre comentava sobre o nosso último show no Brasil, e queríamos muito voltar pra cá por que ele foi um dos shows mais loucos que fizemos.
A: A plateia é impressionante.
Brasileiros recebem muito disso, bandas sempre falam que tocar aqui é uma experiência incrível. Parece até que todo mundo fala por falar, ou que estava no roteiro da entrevista.
R: A platéia é simplesmente muito diferente de qualquer outro lugar do mundo.
Diferente como?
R: Vocês participam muito mais.
Então é a participação, energia…?
R: Exatamente.
Kristijan: E vocês tem um ritmo muito melhor. Alguém estava falando sobre isso, vocês conseguem manter o ritmo da música, enquanto a maioria das pessoas não (risos).
A: Eles se deixam levar pela música sem levar em conta o que a pessoa do lado está fazendo ou cantando, e só pensam neles mesmos.
Uma coisa que brasileiros são muito bons é em redes sociais. Vocês provavelmente já notaram isso se checam os perfil de vocês.
A: Sim, “Venham para o Brasil” (risos).
Estamos em tudo quanto é lugar. Qual é o tipo de rede social que vocês mais usam? Vocês usam bastante ou só passam por cima das notificações?
R: Eu diria que uso pouco. Tenho Instagram.
A: E ocasionalmente Snapchat.
R: É, e ocasionalmente Snapchat (risos). Nosso Snapchat é ‘helloomam’, se quiserem nos adicionar para nos seguir pelo mundo, essa é a conta que usamos.
E quem toma conta do Snapchat de vocês?
K: Basicamente a Nana.
A: Nós também usamos as vezes, mas é basicamente a Nana.
R: Ela é a mais ativa da banda.
A: Ela ama redes sociais.
K: Enquanto eu…
R: Ele é horrível nisso (risos).
K: Muito horrível (risos).
A: Ele apenas não sabe o que está fazendo.
Então definitivamente não é ele quem está no comando.
A: Ele não sabe usar celular ou computador muito bem.
K: Apenas baixo.
A: Ele não é uma pessoa muito tecnológica (risos).
Vamos falar um pouco sobre moda. Vocês se vestem vocês mesmos ou tem alguém encarregado para isso? Como é feita a escolha do figurino dos shows? Vocês estão sempre muito bonitos e bem arrumados no palco — parece esquematizado, e com certeza está funcionando muito bem. Quem toma conta disso?
R: A gente meio que decide conforme o lugar que vamos tocar, talvez?
A: Às vezes eu uso uma jaqueta que foi feita sob medida para mim por uma stylist que nos vestiu para uma premiação uma vez. Ela nos ajuda as vezes quando fazemos programas de TV tipo Jimmy Fallon e outros do tipo. Nós ficamos com as roupas que ela nos deu e continuamos as vestindo em nossas apresentações.
R: Elas estão bem fedidas. (risos)
Vocês trocam de figurino em todos os shows?
R: É basicamente sempre as mesmas roupas.
Eu gosto muito do padrão que vocês estão seguindo, acho que devem continuar com ele para todos os shows.
R: Nós sempre tocamos com as mesmas roupas.
A: Sempre.
R: A gente se troca logo depois dos shows e não as usamos no dia-a-dia. E mandamos elas para lavar entre apresentações (risos).
A: Vocês não precisam ter medo de nós.
K: Mas as cueca é sempre a mesma (risos).
Vocês pretender ficar o resto da noite para ver outros shows? Vocês tiveram a oportunidade de ver alguém tocando?
R: Talvez Tame Impala, mas acho que eles estão tocando agora. Eles tocaram logo depois da gente ontem também, sempre perdemos os shows deles.
Como estão as expectativas para o show do Rio de Janeiro? Vocês já tocaram lá antes?
A: Não, amanhã será a primeira vez. Seremos o ato principal.
R: Estamos muito empolgados. Da última vez nós tivemos um show extra em São Paulo que foi sensacional. Espero que lá também seja.
Os fãs estão super empolgados, vocês vão precisar de uma barricada (risos).
R: Não, eles são fãs muito incríveis; os queremos muito perto da gente.
Quais são os próximos planos para a banda?
R: Planos… Estamos em turnê até o final de julho, depois eu não sei.
A: Podemos escrever um novo álbum.
Vocês estão em turnê já faz um bom tempo, certo?
R: Um ano, mas acabamos de ter dois meses de férias. Não fizemos nada durante janeiro e fevereiro, estamos nos desenferrujando. Está sendo muito legal.
K: É muito bom poder começar os primeiros shows do ano aqui.
Então agora vocês vão para o Rio de Janeiro, Argentina, e Chile?
R: Exatamente.
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